quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Bar Abbas, o guerrilheiro judeu


Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

“Que farei de Jesus, que dizeis ser o rei dos judeus? - perguntou Pilatos.
Eles gritaram de novo “crucifica-o!"

Disse-lhes Pilatos: “Mas que mal ele fez?"
Eles, porém, gritaram com mais veemência: “Crucifica-o!”
- Quem devo libertar? Jesus da Nazaré ou Bar Abbas? - perguntou Pôncio Pilatos, o governador rom
ano nas terras da Judéia.
E o povo gritou, em coro; Bar Abbas! E ele foi posto livre e Jesus, condenado.

Mas, quem foi Barrabás?

Segundo a narrativa bíblica, Barrabás (do aramaico Bar Abbas que significa "filho do pai") foi um salteador e assassino que viveu na época de Jesus e, no momento do julgamento da figura mais popular de todos os tempos, entrou para a história cristã como uma figura do mal. No cinema Barrabás é mostrado como um louco desvairado.

Na verdade Barrabás foi um guerrilheiro que lutou contra soldados romanos que dominavam a Judeia e usava a estratégia de assaltos contra as caravanas dos dominadores. Ele nasceu em Jopa, ao sul da Judeia e fazia parte do grupo chamado Zelotes, judeus que lutavam contra Roma. Em Cafarnaum, num dos ataques, um soldado morreu e, por isso, ele foi preso e sua condenação à morte, certa.

Os Zelotes eram grupos de judeus que apostavam na guerrilha para se libertar. Zelote vem de zelo, no sentido de devoção intensa e, para se livrar dos dominadores, morrer ou matar era perfeitamente aceitável. Os Zelotes aguardavam um  Messias libertador mas se decepcionaram quando Jesus recusou a violência dizendo-lhes que "seu Reino não era desse mundo". Simão, um dos 12 apóstolos, era chamado de "o Zelote" provavelmente por fazer parte daquela facção antes de seguir Jesus.

"E havia um chamado Barrabás, que, preso com outros amotinadores, tinha num motim cometido uma morte", diz a passagem em Marcos 15:17. Em Mateus (27:16) é citado como "preso muito conhecido" e em Lucas (23:19) diz que Barrabás foi lançado na prisão "por causa de uma sedição na cidade e também por homicídio". Em João (18:40) ele é "salteador".

A narrativa bíblica demonstra que Pôncio Pilatos, por não encontrar culpa em Jesus prometeu surra-lo e liberta-lo e, diante da insistência do povo que pedia a condenação, recorreu ao argumento de apresentar outro judeu para a escolha do sacrifício na cruz.

Mas, se Pôncio sabia que Barrabás era um guerrilheiro famoso, respeitado pelos judeus e membro da Zelotes, coloca-lo numa disputa direta com Jesus seria absolvição evidente. Sobre Barrabás, após a crucificação de Jesus nada mais é encontrado na literatura cristã.

Anthony Quinn estrelou o filme Barrabas dirigido por Richard Fleischer

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Brasil é único país do mundo que utiliza urnas eletrônicas inauditáveis e obsoletas


Por Marcelo Faria |  Site Ilisp

Um estudo publicado no site do voto eletrônico pelo engenheiro Amilcar Brunazo Filho, coordenador do Fórum do Voto Eletrônico e um dos maiores especialistas em segurança de dados do Brasil, mostra que as urnas eletrônicas usadas nas eleições brasileiras estão ultrapassadas.

Exceto no Brasil, modelos de primeira geração foram abandonados por falta de confiabilidade e absoluta dependência do software. Ou seja: modificações intencionais ou erros não detectados no software podem causar erros não detectados nos resultados da votação. Pior: é impossível para qualquer cidadão auditar a votação. O ILISP traz mais informações sobre todos os modelos de votação presentes no mundo, incluindo o voto eletrônico e o voto em papel, para qualificar o debate sobre o tema. Confira.

A primeira geração (DRE)

País que utiliza: Brasil

Nas urnas de primeira geração, conhecidas por DRE (Direct Recording Electronic), os votos são gravados apenas eletronicamente, sem possibilidade de auditoria por outros meios. Deste modo, a confiabilidade do resultado fica totalmente dependente da confiabilidade do software instalado no equipamento.

Máquinas DRE foram usadas em eleições oficiais em 1991 na Holanda, em 1992 na Índia e desde 1996 no Brasil. O modelo brasileiro chegou também a ser usado em alguns países latino-americanos entre 2002 a 2006.A falta de confiabilidade do modelo DRE (ainda utilizado no Brasil) fez com que, a partir de 2004, ele fosse substituído por outros mais evoluídos e confiáveis. De 2004 a 2012, Venezuela, Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Rússia, Bélgica, Argentina, México e Paraguai abandonaram o modelo primeira geração.

Em 2014, a Índia e o Equador também adotaram modelos mais avançados, de maneira que o Brasil é o único país do mundo que utiliza urnas eletrônicas fraudáveis e inauditáveis de primeira geração.

A segunda geração (IVVR)

Países que abandonaram sistemas de primeira geração e passaram à segunda geração: Argentina, Bélgica, Canadá, Equador, EUA (varia de acordo com o estado), Índia, México, Peru, Rússia e Venezuela.

A terceira geração (E2E)
Países que adotaram ou estão testando sistemas de terceira geração: Argentina, Equador, EUA e Israel.
Desde 2008, várias iniciativas começam a apresentar sistemas eleitorais independentes do software e que aprimoravam ainda mais os procedimentos de auditoria, registro do voto, apuração e totalização.Na Argentina (2010) foi apresentada uma cédula eleitora

l com um chip de radio-frequência (RFID) embutido onde, na mesma célula, estão presentes o registro digital e o registro impresso do voto, deixando a urna responsável apenas por gravar ambos os registros, mas não armazená-los. Esse documento é chamado de “Boleta de Voto Electrónico” (BVE) e propicia maior facilidade para eleitores e fiscais de partido auditarem o registro do voto, a apuração e a transmissão dos resultados.

Em 2009, no município de Tacoma Park, nos EUA, foi testado o sistema Scantegrity II, onde o vo to criptografado é impresso e entregue ao eleitor, que pode verificar seu processamento sem revelar o conteúdo do voto. Em Israel surgiu o Wombat, muito parecido com o Scantegrity.

As características comuns de todos esses sistemas de terceira geração são a independência do software e a grande facilidade de auditoria independente, de ponta a ponta. Por esse motivo, os sistemas de 3ª geração são designados “End-to-End verifiability” ou, E2E.

Mesmo com toda a possibilidade de votação criptografada e auditoria, estes sistemas também não estão imunes a falhas. Um vídeo divulgado no final de 2016 mostra, por exemplo, como um aplicativo de celular permite que os votos digitais – registrados no chip – sejam clonados ou tornados inválidos. Ainda assim, o voto impresso na célula seria diferente do voto fraudado, o que possibilitaria a auditoria dos votos e invalidação – ou correta contagem – dos votos fraudados.


O voto pela Internet
País que adota o voto pela Internet: Estônia

A Estônia foi o primeiro país a criar um sistema de votação pela Internet. O governo testou o sistema nas eleições regionais de 2005 e, dois anos depois, o modelo foi usado nas eleições nacionais parlamentares. Em 2015, 30% dos votos para o Parlamento da Estônia foram feitos pela Internet, enquanto o restante dos votos são feitos em papel.Cada cidadão possui um cartão de identidade dotado de microchip que dá acesso ao site de votação. Isso permite a um estoniano votar, literalmente, de qualquer lugar do mundo. Outra possibilidade teórica possível, mas ainda não implantada na prática, é o voto por meio da Blockchain, a rede distribuída e auditável do Bitcoin.

O voto em papel
mapa-mundi-sistemas-votacao
Na ampla maioria dos países do mundo, a votação ainda é feita em papel: em boa parte da América Latina e da América Central, na ampla maioria da Europa e Ásia, e em toda África e Oceania. Alguns países tentaram adotar os modelos de urna eletrônica de primeira geração e os rejeitaram por problemas de confiabilidade e transparência: Alemanha, Holanda, Irlanda, Inglaterra e Paraguai.

De acordo com a decisão do Tribunal Constitucional Federal alemão, o qual baniu as urnas eletrônicas do país em 2009, as eleições devem permitir que qualquer cidadão averigue a contagem de votos e a regularidade do pleito sem possuir conhecimentos especiais, algo que as urnas eletrônicas de primeira geração impedem que aconteça.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Primeira fórmula da Coca-Cola continha cocaína

Por Edson Joel Kamakura de Souza
Atualizado em 3 de Janeiro de 2022
A fórmula da Coca-Cola ainda contém extrato da folha da coca descocainizado.

A Coca-Cola, quando foi criada em 1869 como um tônico revigorante, continha 60 miligramas de cocaína em cerca de 240 mililitros de bebida. Além da droga extraída da folha de coca, o tônico continha álcool. Esta formula foi desenvolvida pelo farmacêutico americano John Stith Pemberton para aliviar suas dores decorrentes de ferimentos durante a guerra civil. Ele denominou a bebida com o nome de French Wine Coca, literalmente  vinho francês de cocaína).

A informação está no livro “Christ to Coke” (De Cristo à Coca), do professor de História da Arte, da Universidade de Oxford, Martin Kemp. O autor analisa a história de marcas famosas que permanecem no mercado, uma delas, a Coca-Cola.

O extrato retirado das folhas de coca, naqueles anos, não era considerado droga viciante e muito menos ilegal mas um fármaco capaz de produzir sensação de alívio e bem estar. Este potente estimulador do sistema nervoso já era consumido por índios americanos e suas folhas mastigadas por nativos latino americanos.

Curiosamente o governo da época se preocupou com o álcool no xarope e pressionou sua retirada. Em 1885 Pemberton substituiu o álcool por noz de cola e xarope de açúcar. Só em 1886 é que a bebida foi batizada com o nome Coca-Cola, resumo dos seus principais ingredientes: cocaína e noz de cola.

Vendida como "tônico ideal para o cérebro", a Coca-Cola passou a ser engarrafada em 1894 sob controle da Asa Candler que comprou a fórmula do seu criador. O extrato de cocaína (isolado por um químico alemão e utilizado para tratamento de histeria, asma e até como anestésico local) teria sido retirado da fórmula em 1905 e substituído por cafeína.

Em 1909 a fábrica de Atlanta foi invadida pela polícia federal Americana sob acusação de utilizar em sua fórmula produto - a cafeína - prejudicial à saúde. Processada por isso a Coca-Cola comprometeu-se reduzir pela metade a quantidade de cafeína na bebida e não utilizar crianças em sua propaganda.

Mas, ainda, a Coca-Cola contém extrato da folha da coca descocainizado.

Ainda nas décadas de 50 e 60 suspeitava-se da capacidade da bebida criar dependência química pela presença de cocaína, fato negado pela empresa. A Coca-Cola, quando instada sobre a famosa fórmula secreta do produto, limita-se a apresentar a composição básica do produto: a Coca original contém água gaseificada, açúcar, extrato de noz de cola, cafeína, corante caramelo IV, acidulante ácido fosfórico e aroma natural. Cada 200ml contém 85kcal e 10mg de sódio.

A empresa está convidada a manifestar-se por esta página.

Publicidade do Vinho Francês de Coca: a refrescância para o corpo e cérebro
era anunciado como cura para o vício da morfina e ópio. Esta era a
fórmula original da Coca-Cola, nome adotado em 1886.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Coca Cola dos americanos é diferente da bebida brasileira

Coca Cola do Brasil tem 67 vezes mais 4-metil imidazol (4-MI) que a bebida fabricada nos Estados Unidos

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

No Estado da Califórnia, Estados Unidos, o corante caramelo IV, utilizado pela Coca Cola para dar cor e sabor à bebida (contém o ingrediente 4-metil imidazol (4-MI) é considerado cancerígeno. Os estudos foram desenvolvidas por um grupo de defesa do consumidor do estado californiano cujas leis consideram o produto químico, em determinadas quantidades, altamente prejudicial à saúde. Para evitar ter que colocar no rótulo a advertência de que "este produto contém ingredientes considerados cancerígenos", a Coca e a Pepsi reduziram a quantidade do ingrediente.

O jornal digital G1 anunciou em 2012 que o alerta poderia provocar alteração na fórmula da bebida, admitida pelo fabricante que, apesar de considerar a bebida saudável, considerou possível reduzir a quantidade do corante caramelo IV no Brasil. Comparando-se a fórmula da bebida fabricada aqui com o produto americano, a fabricante brasileira adiciona 67 vezes mais 4-metil imidazol (4-MI).

A melhor defesa da Coca Cola brasileira é afirmar que "está de acordo com as normas da Anvisa" que aceita até 200 mg/kg.

"A substância mostrou-se tóxica para ratos e camundongos na concentração de 360 mg/kg" disse o toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Segundo ele o corante caramelo IV está relacionado com câncer no sangue, câncer de pulmão e esôfago.

"A substância representa ameaça à saúde pública e deveria ser retirado pelas indústrias " disse Michael Jabocson, diretor do Centro pela Ciência de Interesse Público, da Califórnia. A FDA, Autoridade Europeia de Saúde Alimentar e a Saúde Canadá consideram o corante caramelo seguro.

No Brasil, a fabricante da bebida diz que a Coca original contém água gaseificada, açúcar, extrato de noz de cola, cafeína, corante caramelo IV, acidulante ácido fosfórico e aroma natural. Cada 200ml contém 85kcal e 10mg de sódio.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Cuba, antes e depois da "revolucion" segunda parte


Cuba, antes da revolução de Fidel: indicadores econômicos invejados por Japão, Irlanda, Áustria, Espanha e Itália. Trabalhadores cubanos tinham renda per-capita próxima dos britânicos.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Cuba, antes da revolução comunista, em 1959, era um país que causava inveja ao mundo. Sua renda per-capita era próxima dos britânicos, menor taxa de analfabetismo na América Latina, maior número de médicos entre os povos ibero-americanos, excelentes hospitais, garantias trabalhistas, salário mínimo e autonomia universitária já existiam em Cuba por volta de 1937. Na década de 50 Cuba, elegeu o primeiro presidente negro. Havana possuía toda tecnologia possível como tv em cores, rádios, cinemas, transporte público e a maior taxa per capita de carros da américa.

O socialismo não funcionou na ilha que se desmanchou em ruínas. Vejam alguns indicadores antes e depois, que impressionam. As fontes mais pesquisadas são ONU e Unesco.

EDUCAÇÃO

Em 1956 a ONU reconhecia Cuba como o país ibero-americano com o menor índice de analfabetismo. Naquela data mais de 76% da população já era alfabetizada. A infraestrutura educacional cubana que permitiu esses resultados foi implantada 30 anos antes da chegada do comunismo na ilha.

Hoje as escolas estão falidas e até o "lanche obrigatório", quando é oferecido pelo governo, é recusado pelas crianças. Os pais levam comida de casa (que passam pelas cercas) que geralmente é repartida com os professores. Os pais tem que pagar pelos materiais escolares, lâmpadas, consertos de carteiras, mesas e quadro negro. O índice de alfabetização "informado pelo governo" é de 99%. Cuba não participa e nem autoriza o PISA - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - colher informações no país sobre educação. Em países sob ditadura "prevalecem os números oficiais". Um professor cubano recebe pouco mais de 10 dólares... por mês.

MÉDICOS

Na década de 50 Cuba já detinha o maior número de médicos per-capita, entre países ibero-americanos formados em modernas universidades. Em 1957 a ONU fez esse reconhecimento. Havia um médico para cada 980 habitantes, taxa que perdia apenas para a Argentina.

As atuais universidades cubanas são desequipadas e a infraestrutura, herdada pela revolução, não foi mantida. Em Cuba um médico ganha pouco mais de 60 dólares mensais (aumento anunciado em março de 2014) e o governo comunista "exporta" os serviços de médicos para outros países e fica com 70% do salário pago. O médico não pode levar sua família para o país de trabalho. É a garantia do governo que ele não fuja. Uma enfermeira ganha 37,6 dólares mensais.

HOSPITAIS

Antes da revolução Cuba detinha modernos hospitais e excelência nos tratamentos médicos de internação. Na década de 50 existiam uma cama hospitalar para cada 190 habitantes, taxa altíssima em todo mundo. A taxa mortalidade anual em Cuba (5,8 mortes anuais por 1000 habitantes) era menor que a dos Estados Unidos (9,5) e Canadál (7,6) naquela período. A taxa de mortalidade infantil era uma das mais baixas do mundo: 3,76.

Os hospitais da "revolucion" são os mesmos mas, são sujos, mal conservados e os pacientes são obrigados a levar roupa de cama, produtos de higiene pessoal e para limpeza dos banheiros, material hospitalar como injeções, gases, material cirúrgico e até medicamentos. O maior hospital e mais bem equipado atende "estrangeiros" e membros da alta cúpula governamental.

Cuba, em 1956: indicadores
econômicos expressivos.
TURISMO

A ilha cubana foi um enorme centro turístico com moderníssimos hotéis e serviços igualados aos dos norte americanos. e franceses. Como Havana transformara-se num paraíso para turistas, a tecnologia chegava fácil e rápido à ilha, como ar condicionado central no Hotel Riviera, muito antes de chegar ao Brasil, por exemplo e em muitos países europeus.

Hoje os principais atrativos do turismo cubano são as belezas naturais e a prostituição. Não existe infraestrutura hoteleira.

ECONOMIA

Antes, Cuba detinha uma economia de fazer inveja ao mundo. Na década de 50 chegou a ocupar a segunda 
posição em renda per-capita entre países do centro e sul da América, maior que a Itália e mais que o dobro da Espanha e causava inveja a Áustria, Irlanda e Japão. Por volta de 57 a paridade dólar/peso cubano era 1 por 1.

Hoje, o salário de um cubano não passa de 20/30 dólares e seus cidadãos vivem da venda de charutos roubados das fábricas estatais, da venda de produtos proibidos no mercado negro ou de pequenos negócios. Restaurantes populares caseiros foram permitidos faz 8 anos. Os restaurantes oficiais são gerenciados pelo governo, como os táxis e a venda de sorvetes. Mas a sobrevivência de muitos vem da "FÉ, como dizem os próprios cubanos: Família no Exterior. A entrada de dólares de cubanos que se asilaram em Miami, por exemplo, sustenta milhares de residentes na ilha. Porteiros e taxistas ganham mais que médicos porque "pegam" gorjetas em dólares.
  

O Capitólio cubano e todos os prédios em concreto armado, foram construídos antes de Fidel e sua revolução. Hoje Havana é um amontoado de lixo e prédios desabando.

TECNOLOGIA E AVANÇO SOCIAL

A jornada de trabalho de 8 horas, salário mínimo e autonomia universitária já existiam em Cuba por volta de 1937. Não foi obra do socialismo. A TV em cores, que no Brasil chegou na década de 70, já existia em Cuba no ano de 1958. Cuba tinha o quinto maior número de tvs no mundo. A ilha já tinha mais de 160 emissoras de rádio nas décadas de 50/60, mais de um milhão de rádios receptores e mais de 350 salas de cinema. A primeira estação de rádio foi fundada em 1922.

Os cubanos, hoje, só podem assistir canais de tv e rádio controlados pelo sistema. Existe apenas um jornal oficial - o Granma - e os jornalistas são contratados pelo governo.

ALIMENTAÇÃO

Cuba, antes da revolução, foi segundo colocado na America Latina no consumo calórico per-capita diário. A ilha, antes da revolução, era a terceira maior produtora de arroz nas Américas Central e do Sul.

Hoje seus cidadãos vivem de cotas de alimentos insuficientes para o sustento das famílias que tem que recorrer a "práticas ilegais" para sobreviver. Inclusive prostituição. Quase 80% dos alimentos são importados porque as "fazendas coletivas" não conseguem bons resultados. O arroz vem do Vietnã.

TECNOLOGIAS E CONQUISTAS

Por volta de 1829, Cuba já se utilizava de máquinas e barcos à vapor. A ferrovia foi instalada em 1837. Telefonia sem interferência de telefonistas foi implantada em Cuba muito antes que nos países latino-americanos. Em 1959 a taxa era de 2,6 telefones para cada 100 habitantes. Em 1918 o país já concedia o divórcio que só chegou ao Brasil quase 60 anos depois.

Outras estatísticas continuaram praticamente inalteradas após a revolução. Dados de 1959 mostram que o país tinha uma taxa de 2,6 telefones para 100 habitantes, e esta era a maior taxa de toda América Latina. Dados coletados em 1995 mostraram, incrivelmente, uma taxa de apenas 3 linhas de telefone para cada 100 habitantes do país.

Em 1995, 36 anos depois, a taxa de telefones "subiu" para 3 linhas. O atraso em Cuba, hoje, é tão grande que a internet doméstica é proibida e só em 2013 é que foram instaladas lan house em Havana, cuja navegação é controlada pelo sistema. O transporte coletivo utiliza caminhões com carrocerias adaptadas.

Na ONU a confissão pública dos crimes: "fuzilamos e continuaremos fuzilando" - diz Guevara.

LIBERDADE

A democracia cubana elegeu, na década de quarenta, seu primeiro presidente negro, fato que só ocorreu nos Estados Unidos 68 anos depois. Cuba detinha uma constituição considerada avançadíssima para a época como reconhecer o direito do voto das mulheres, igualdade de direitos entre sexos e raças e direitos trabalhistas.

Havia cerca de 70 jornais circulando pela ilha (101 jornais para cada grupo de 1000 habitantes), evidências de boa alfabetização e liberdade individual na era pré-revolução. A revolução manteve baixo o índice de analfabetismo mas, proibiu os jornais. Existe apenas uma publicação oficial.

Porém, apesar de próspera, corrupção, racismo, desigualdades sociais e censura contra opositores eram comuns no país no período de Fulgêncio Batista.

Desde 1959, quando venceu a revolução castrista, não há liberdade individual ou de imprensa em Cuba. As desigualdades sociais - comuns na maioria dos países, naquele período - levaram Fidel Castro liderar uma guerrilha contra Fulgêncio Batista, derrubado em janeiro de 1959.

As promessas da "revolucion" eram de fartura e igualdade. Castro tomou o poder, acabou com as eleições, implantou uma ditadura violenta, matou mais de 120 mil cubanos opositores (Che Guevara discursou na ONU e afirmou que os fuzilamentos no "paredon" continuariam).

Ele destruiu a economia do país. O comunismo cubano foi sustentado pela URSS, até falir em 1989. Sem a ajuda soviética, Cuba definhou mais rapidamente. Organismos internacionais de Direitos Humanos constantemente denunciam o regime cubano de cercear a liberdade de imprensa e manifestações da oposição. Existem presos políticos nos cárceres cubanos. Sair do país, sem autorização, significa morte. Milhares conseguiram burlar a vigilância e fugiram para os Estados Unidos. Centenas morreram, muitos fuzilados. O único jornal do país, o Granma, mantém o estilo triunfalista das "conquistas da revolução" e reprodução de longos discursos dos líderes comunistas.

País pobre, formado por maioria negra, as desigualdades permaneceram: fartura só para membros do governo que podem adquirir comida e bens de luxo enquanto o povo vive de ração de alimentos e sem infraestrutura. A corrupção, como em todo regime socialista, aumentou entre membros do governo. O serviço público é péssimo e seus agentes praticam o "sociolismo" - palavra comum entre cubanos para se referir ao pagamento de propinas para se obter algum benefício do governo.

RENDA PER-CAPITA

Na década de 50 a renda per-capita média de um cubano era equivalente a 11.300 dólares anuais (atualizado para dólar atual), pouca menor que os 11.800 dólares do trabalhador britânico, na época.

O socialismo cubano não conseguiu nem mesmo produzir o suficiente para se sustentar buscando ajuda dos comunistas da extinta URSS. Os indicadores econômicos cubanos são nulos. O crescimento da sua economia é baixíssima, próxima a de muitos países africanos. Russos chineses e vietnamitas, por exemplo, adotaram o capitalismo e conseguiram excelentes resultados econômicos melhoramento a qualidade de vida do povo.

HABITAÇÃO E TRANSPORTE

Todos os prédios existentes hoje em Cuba foram construídos no período pré-revolução, com excelente infra estrutura. Pós Fidel pouca coisa foi acrescentada. Cuba possuía uma excelente frota de ônibus e "bondes" e tinha a segunda maior frota de carros da América Latina - 24 veículos para cada mil habitantes -atrás apenas da Venezuela, na época.

A população vive em prédios cedidos pelo governo, gratuitamente. São construções antigas, destruídas pelo tempo, sem o mínimo conforto e segurança. Todos os planos socialistas de habitação, falharam. O transporte público é adaptado, improvisado e inseguro. Visitantes riem quando se deparam com os "ônibus" cubanos trafegando por Havana. A frota de carros é antiga, sem peças e com muitas adaptações. Hoje, por conta da idade dos velhos carros americanos, transformaram-se em "atração turística".



Falta de peças de reposição e a improvisação no transporte público

RACISMO

A população cubana é de maioria negra, ascendente de escravos trazidos da África. O racismo no período pré-revolução era real. Os brancos dominavam as áreas da economia e governo restando aos negros trabalhos subalternos.

Com a revolução de Castro, o racismo, que já existia, consolidou-se em Cuba. Considere que o ícone Che Guevara, conforme afirmam seus ex-companheiros de guerrilha, odiava negros e os chamava de indolentes e preguiçosos. Os brancos, que já eram mais ricos e influentes antes da revolução, continuaram com os melhores salários e melhores habitações. Membros brancos do governo tem autorização para adquirir carros novos enquanto os negros disputam a compra dos antigos carros americanos das décadas de 40 e 50.

TRABALHO E SALÁRIO

Em 1958 o desemprego entre cubanos era de 7%, a menor taxa na América Latina. O salário no país estava em torno de 6 dólares por hora na indústria - 8º melhor salário mundial - e 3 dólares na agricultura, a 7ª melhor do mundo, suficientes para sustentar a família.

Em 2014 o jornal Granma anunciou um aumento de mais de 150% para os médicos, saltando de 25 para 64 dólares/mês. Oficialmente o salário médio do trabalhador cubano é de 29 dólares. Os "dados oficiais" não são nada confiáveis num país que não permite monitoramento de suas contas por organismos internacionais.

BLOQUEIO

Em 1960, após atritos com os revolucionários no poder por causa de refinarias americanas em solo cubano, Dwight Eisenhower, presidente americano, impôs bloqueio comercial ao país excetuando alimentos e medicamentos. Quando Cuba declarou-se marxista - até então Fidel dizia que a revolução era humanista, não comunista - em plena guerra fria, John Kennedy conseguiu aprovar no congresso um bloqueio comercial mais pesado. Mas desde 2000 os agricultores americanos negociam com Cuba.

Barack Obama, desconsiderando presos políticos e denúncias constantes de quebra dos direitos humanos e falta de liberdade individual e de imprensa, "reatou" relações com a ilha.

O governo comunista aproveitou-se para promover grande campanha mundial contra o bloqueio, sem sucesso. Todas as justificativas para o declínio cubano passa por essa linha. Mesmo com apoio financeiro irrestrito da URSS, a agricultura coletiva e a indústria de Cuba nunca avançaram. O déficit na balança comercial cubana é gigantesco: importa mais do que vende. A agricultura coletiva não produz e seu único produto de maior sucesso é o açúcar. A produção industrial é irrelevante. A estatização industrial teve os mesmos resultados que União Soviética, China e Vietnã: fracasso total. Isso explica bem a falência do socialismo no mundo.

Sem mecanização - "porque as máquinas tiram o trabalho do homem" - a produção agrícola é baixa e não representa muito no caixa da ilha. Pior de tudo isso é que a falta de manutenção das usinas açucareiras provocam quedas gigantescas na produção.

Veja como era Cuba antes da "Revolucion" de Fidel Castro.
Esta e as fotos abaixo mostram a decadência socialista: Cuba, hoje.