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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Os discursos de Lula são falsos como a platéia que aplaude

Ele sabe que suas mentiras não convencem nem a plateia comprada com mortadela. Seu discurso acabou.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Os discursos de Lula estão se esgotando. A ladainha, repetida centenas de vezes, é a mesma: "a elite perversa me odeia porque ajudei os pobres, acusação sem provas, sou inocente, a culpa é da Globo, foi a Marisa que alugou, o sítio não é meu... eu não sei... eu não vi... eu não ouvi...

A plateia que ouve e aplaude veste camisetas e portam bandeiras. É claque de auditório, pessoas pagas para aplaudir, rir ou chorar, conforme o comando. O PT sabe que não mobiliza massas, mas paga algumas centenas para ameaçar juízes e impressionar a mídia com cara feia e badernas. O papel de bobo da corte fica para o advogado que não constrói argumentos jurídicos mas acusações contra magistrados para impressionar. Não convence, não emociona.


A estratégia é a mesma: defender-se acusando, mentindo, camuflando, confundindo e acreditando que o povo se levantará para defende-lo. Ele próprio já percebeu que seus discursos inflamados não convencem porque são falsos como sua plateia contratada. Terminado o evento, condenado ou não, independente do resultado, todos levantam as barracas e vão pra casa, com o cachê no bolso. Não há ideologia, mas pão com mortadela.

Ao deixar Porto Alegre com 12 anos, em regime fechado, com 3 votos a zero por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o advogado de Lula apresentará seus recursos aos mesmos magistrados que sentenciaram seu cliente. A autorização do colegiado para recolhe-lo à cela já está dada. Em dois meses o ex-presidente pode ser recolhido ao cumprimento da pena e, enquadrado na Lei da Ficha Limpa - sancionada por ele mesmo, quando presidente - não poderá se candidatar.

Para aumentar a tragédia, Sérgio Moro deve condena-lo no processo do Sítio de Atibaia, que a defesa alega não ser dele apesar de ter visitado o local mais de 100 vezes, com a família e a corte e ter recebido reformas da OAS e Odebrecht conforme centenas de provas, materiais, depoimentos e evidências que vieram das empreiteiras corruptas. O sítio está em nome de sócios do filho, também envolvido com a Lava Jato. O sítio é resultado da promiscuidade do petista na relação com fornecedores igualmente corruptos.

Lula envolvido em 13 casos, 80 milhões de propinas, 3 mil evidências e farta documentação que qualquer curioso poderá analisar nos processos.

A lista de acusados e condenados pela Lava Jato é imensa e envolve ministros, senadores, deputados, marqueteiros ligados ao PT e diretamente a Lula. Durante o governo do ex-presidente e sua sucessora são dezenas de falcatruas denunciadas. A maioria já recebeu e cumpre ou cumpriu condenação. O discurso vitimista de Lula acabou.

Triplex

O ex-presidente foi condenado por Sérgio Moro a 9 anos e seis meses (sentença reformada para 12 anos e um mês, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Lula recebeu propina de Leo Pinheiro (condenado a 10 anos e oito meses nesta ação) da construtora OAS, no valor de 2,43 milhões (tríplex no Edifício Solaris, no Guarujá, benfeitorias, móveis) trocados por contratos com a Petrobras.

Instituto Lula

Neste processo Lula é acusado por receber, como propina da Construtora Odebrecht, imóvel onde abrigaria o Instituto Lula, no valor de R$ 12,42 milhões, valores recuperados em 8 contratos acordados entre Petrobras e a construtora. As negociações foram intermediadas por Antônio Palocci, então ministro do governo Lula. Nesta ação, além de Lula, estão envolvidos Palocci - que fez acordo com a justiça - Marcelo Odebrecht, Paulo Melo, Demerval Galvão, Roberto Teixeira e Glaucos Costa Margues.

Atibaia

Lula é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção passiva neste processo que envolve Marcelo Odebrecht, OAS e Schahin que bancaram as reformas no sítio. Conforme confissão de José Carlos Bunlai ele pagou R$ 150,5 mil, a Odebrecht R$ 700 mil e OAS R$ 170 mil. Neste processo são denunciados, também, "Leo" Pinheiro, Marcelo Odebrecht, Costa Marques, Bunlai, Roberto Teixeira e três outros além de Fernando Bittar, este último sócio do filho de Lula e "dono" do sítio.

Obstrução de Justiça

O ex-senador Delcídio Amaral, além de Lula, também é réu nesse processo que corre no Distrito Federal. Delcídio foi preso ao tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-presidente da Divisão Internacional da Petrobras, preso pela Lava Jato. Em nome de Lula, o senador ofereceu dinheiro e uma rota de fuga para evitar a prisão. No acordo com a justiça Delcídio denunciou Lula como autor da trama.

Obras em Angola

O ex-presidente sofre acusação de corrupção e tráfico de influência. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos diz que a Odebrecht corrompeu governantes de Angola com US$ 50 milhões em troca de contratos de US$ 260 milhões. O dinheiro para as obras e propina saíram do BNDS - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - por influência de Lula.


Aviões Suecos

A Justiça Federal de Brasília acusa Lula por tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso da compra de 36 caças suecos no período de Dilma Rousseff, envolvendo cerca de R$ 17,5 bilhões. Luis Cláudio, filho do ex-presidente, também é acusado.

Medidas provisórias

Este processo, onde Lula é acusado de beneficiar montadoras de automóveis, Mitsubishi e Caoa teriam oferecido R$ 6 milhões para o ex-presidente e ao ex-ministro Gilberto Carvalho. A MP prorrogava incentivos fiscais para montadoras instaladas no norte, nordeste e centro oeste.

Organização Criminosa

Os ex-presidentes Luiz Inácio, Dilma Rousseff e os ex-ministros Antônio Palocci, Guido Mantega, Paulo Bernardo além de Edinho Silva, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e senadora Gleisi Hoffmann, foram denunciados ao STF por organização criminosa.

Obstrução de Justiça 2

A nomeação de Lula como Ministro da Casa Civil, em 2016, segundo a PGR, foi uma tentativa de obstruir a justiça porque o cargo poderia dar foro privilegiado. Dilma e Aloizio Mercadante são envolvidos neste caso. A PF flagrou a conversa de Dilma e Lula quando combinavam a entrega de documento de nomeação que seria enviada pelo "Bessias", caso a polícia chegasse antes para prende-lo.