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segunda-feira, 16 de julho de 2018

A Croácia, além do futebol



Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O mundo conheceu a Croácia pelo seu futebol na Copa do Mundo e uma das características da equipe foi sua garra e determinação. De onde veio esse futebol? Aliás, o que é a Croácia?

A Croácia surgiu, como reino, no ano de 925 e durou até o começo do século XI quando passou a ser governada por líderes húngaros. Por volta de 1530 fez parte do império romano/germânico e libertou-se do império austro-húngaro em 1928 incorporando-se a Iugoslávia.

Durante a Segunda Grande Guerra a Iugoslávia foi tomada por Hitler que permitiu a ascensão das milícias nacionalistas da Uastse, na Croácia. Esse grupo radical objetivava purificação étnica e mataram 300 mil sérvios, ciganos e judeus durante os 5 anos do conflito mundial. A Croácia é um país com 4 milhões e 100 mil habitantes, mais de 85% católicos romanos e seu IDH é muito elevado: 827 (45º lugar no mundo). Sua língua é o croata, um idioma eslavo que utiliza o alfabeto latino. A capital é Zagreb.

Os croatas conquistaram sua independência em 1991 e estão na mesma região da Bósnia e Herzegovina, Montenegro, Sérvia, Eslovênia, Macedônia e Kosovo. Estes países também faziam parte da antiga República Socialista Federativa da Iugoslávia, (Europa Central até os Bálcãs) formada por várias etnias, quatro idiomas e três religiões.

Até 1948 a Iugoslávia seguia a linha comunista da extinta União Republicana Socialista Soviética. O ditador do país, Josip Broz Tito (que era Croata), rompeu com a linha de Josef Stalin recusando sujeitar-se ao comando soviético. Tito, (morto em 1980) durante 40 anos, manteve certa paz entre Croatas e Sérvios, maioria na região.

Mas quando caiu o Muro de Berlin (1989) e ocorreu o fim da URSS (1991) os ventos da liberdade também sopraram sobre as repúblicas que compunham a Iugoslávia e, rapidamente, gritaram suas independências. O Partido Comunista da Iugoslávia acabou em 1990 quando eslovenos e croatas deixaram o congresso - contrariando os sérvios - que discutia o futuro da liga. A Sérvia considerou-se sucessora da extinta Iugoslávia e lutou contra os grupos que se declararam independentes e isso provocou uma das guerras mais violentas da Europa pós Segunda Guerra Mundial, principalmente na Bósnia, formada por Sérvios e Croatas.

A nova geografia política veio acompanhada de grande pobreza, ódio étnico, diferenças religiosas e forte presença do crime organizado.