Mostrando postagens com marcador armas de fogo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador armas de fogo. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

O massacre de policiais continua

Nos Estados Unidos morrem 64 policiais por ano. No Brasil, 500.
O que os governantes fazem?

Por Edson Joel Hiran Kamakura de Souza

Em média, entre 1980 a 2014, 64 policiais morreram por ano, em serviço, nos Estados Unidos. O país tem 363 milhões de habitantes e mais de 290 milhões de armas. A venda de arma é permitida. Porém, o número de mortos por armas de fogo nos Estados Unidos - cerca de 10 mil/ano - está muito longe dos quase 40 mil no Brasil onde a venda é rigidamente controlada para civis. Mas os criminosos estão mais equipados que a polícia.

Em 2014 ocorreram 51 mortes de policiais e, destes, 46 em incidentes com armas de fogo. Os demais foram atropelados de propósito e um perdeu a vida durante uma briga.

No Brasil a média chega a 500 policiais mortos por ano. Em todo Brasil, nos 5 primeiros meses de 2017, foram contabilizados 248 mortos. Em 2016 foram 477 mortos no ano. Até agosto de 2017, somente no Rio de Janeiro, 100 policiais tinham sido mortos na troca de tiros com bandidos. A média de mortos de policiais no Rio de Janeiro, nos últimos 22 anos, foi de 140 por ano, totalizando 3.087.

Entre os anos de 2009 e 2013 a polícia militar e civil mataram 11.197 pessoas. Neste mesmo período morram 1.770 policiais. Significa afirmar que a criminalidade aumentou e não que a polícia tornou-se mais violenta dentro da sua arquitetura institucional. Neste mesmo período os gráficos apontam para o crescimento do crime organizado no país na mesma proporção que as "autoridades" brasileiras desarmavam os civis.

Armas nas mãos de bandidos

Em em 2010 foram 36 mil mortos catalogados como vítimas de armas de fogo, no Brasil, um número quase 4 vezes maior que as mortes nos Estados Unidos (9.960 no mesmo período). Mas tem outro detalhe: os americanos tem 295 milhões de armas contra 15 milhões no Brasil, a maioria nas mãos de bandidos. Mata-se no Brasil 19,3 pessoas para cada 100 mil habitantes. Nos Estados Unidos, 3,2 mortos para cada grupo de 100 mil. A Venezuela, o país mais violento do mundo, este índice é de 39.

Partidos e crime organizado

A tentativa de reduzir a ação da polícia, desarma-la ou extingui-la é pensamento ideológico que objetiva conquistar os votos dos fora da lei e seus familiares e calar a classe média responsável pela movimentação da economia nacional. Políticos de esquerda associados à marginalidade - bolsas que contemplam familiares de presos - querem a contra partida eleitoral, seus votos.

Não há esperança de mudanças no país que assiste ao massacre anual de policiais sem se mover de forma a exigir do quadro político e dos comandantes da polícia, políticas de combate à violência e suporte para que seus soldados não sejam dizimados.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Desarmar civis não resolve o problema da violência no Brasil


Porque não desarmam bandidos?
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Você sabia que o Brasil é está entre os países que mais se mata com armas de fogo? Nos últimos 30 anos ocorreram, em média, 36,3 mil mortes anuais. Isso é, muito mais que os 20 mil mortos ao ano durante os 27 anos de conflito na Angola e dos 25 mil mortos por ano na Chechênia, entre 94 e 96. Mais ainda que os 13 mil mortos na Guerra do Iraque, segundo dados da BBC Brasil.

Somente em 2010 foram 36 mil mortos catalogados como vítimas de armas de fogo. Esse número chega a ser quase 4 vezes mais que as mortes relatadas, por exemplo, nos Estados Unidos (9.960 no mesmo período).

Um detalhe que ressalta aos olhos é que os americanos, que não fazem restrição a venda de armas, tem próximo de 295 milhões de armas contra 15 milhões no Brasil que faz grandes restrições ao comércio, como registro e análise de antecedentes criminais do interessados em se armar.

Então, como explicar que menos armas no Brasil matam mais que nos Estados Unidos?

No Brasil os bandidos não foram desarmados e continuam impunes, fazendo vítimas. E quando a polícia os confronta e mata, é acusada de excessos. Os que morrem são, na maioria, trabalhadores. Ou bandidos na guerra por domínio de áreas. Basta citar o caos no Rio de Janeiro onde policiais são caçados e assassinados diante da complacência criminosa dos que se dizem autoridades.

Entre os americanos são 3,2 mortos com armas de fogo para cada 100 mil habitantes contra 19,3 do Brasil. Somente a Venezuela tem índices piores que o brasileiro, na América latina: 39. Na Venezuela opera a impunidade, esta sim, a arma violenta que mais causa mortes em todo o mundo.

As campanhas de desarmamento no Brasil - demagogia dos governantes populistas diante de um quadro gravíssimo de insegurança - recolheram, até então, 620 mil armas. Não há motivos para otimismo enquanto os responsáveis pela politica na área continuarem acreditando em desarmar somente os civis enquanto os criminosos permanecem intocáveis, bem armados, assaltando e matando.

Cultura da violência ou leis frouxas que dificilmente levam um homicida para a cadeia? Certamente a segunda opção temperada pela impunidade, punição branda e progressão de penas, além de um estatuto que se tornou a licença para que crianças e adolescentes matem, sem culpa no cartório.