quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Semáforos sincronizados

Parar e sair consome mais combustível
e polui mais, além da irritação.
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Semáforos sem sincronização mais causam problemas do que ajudam. Motoristas se irritam com os chamados ciclos curtos porque param a cada quarteirão.

Frenar e sair é o processo que mais causa consumo de combustível e poluição. Com semáforos sincronizados e com ciclos maiores, o motorista pode andar, em velocidade compatível, maiores distâncias, poluindo e consumindo muito menos. Os modelos matemáticos de otimização de tráfego semaforizado são muitos e são complexos. De uma forma mais simplista, porém, é possível explicar.

COMO SE FAZ?

Para se descobrir o ciclo ideal num cruzamento, baseia-se em alguns fatores, como o fluxo de veículos, por minuto, lombadas, carros estacionados ao longo da vida e largura da rua. Ciclo é o tempo que o semáforo faz numa volta completa nas três cores.

Quanto maior for o tráfego no cruzamento, maior será o ciclo. Decidido o ciclo ideal, busca-se distribuir o tempo verde. Ele será muito maior se o congestionamento for grande num dos lados. Após, procura-se fazer a sincronização entre demais cruzamentos. O ideal é criar o que se chama de "onda verde", onde carros possam "andar um espaço maior", sem interrupção, evitando-se o "para e sai".

EVOLUÇÃO DOS SEMÁFOROS

Primeiros semáforos com o aspecto dos
atuais, 1914 - Cleveland
O modelo de semáforo que conhecemos hoje surgiu em 1914, no começo da primeira guerra mundial, em Cleveland, Estados Unidos. Mas o primeiro no mundo foi instalado na cidade de Westminster, bairro de Londres, em 1868. Mais recentemente surgiram os digitais. Alguns fabricantes de carros introduziram tecnologia que permite ao motorista saber, pelo seu painel, quando o semáforo ficará verde.

Países primeiro mundistas instalam semáforos inteligentes que usam sensores no asfalto que calculam em tempo real o fluxo de cada lado, permitindo ajustar o verde no tempo correto.