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quinta-feira, 21 de abril de 2016

Quanto custa ser entrevistado pelo Jô Soares?

O que você pensa quando Jô Soares entrevista o autor de um livro? Que ele é um homem letrado que adora divulgar cultura? Cada entrevista custa milhões e quem paga são as editoras.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Você sabe quanto custa para veicular um comercial de 30", em rede nacional, na novela Velho Chico, da rede Globo? Exatos R$ 715.000,00, por inserção. Por cada comercial veiculado. Os grandes anunciantes pagam porque o retorno vem.

No Jornal Nacional, R$ 708.000,00, com um descontozinho de uns 5%. No Bom Dia Brasil, cujo universo de audiência é menor, porém eficaz no seu target, é bem mais barato: R$ 85.400,00, cada inserção. No Programa do Jô Soares, cada comercial de 30" custa R$ 72.000,00. Exceto nos intervalos do Jornal Nacional - que só aceita 30" - o formato de 15", tem coeficiente de 0,50 no período matutino e vespertino, até as 17 horas, com exceções do Globo Esporte e Jornal Hoje.

Este é o mundo profissional da televisão.

Existem outros formatos de anúncios. O merchandising é muito utilizado e o telespectador, geralmente, nem percebe que está consumindo. A exposição ou degustação de produtos por uma atriz, numa ação dentro de uma novela, é muito comum, porém, perceptível. Ela toma uma bebida e faz um comentário descontraído do tipo "que delícia". A atriz que atuou recebe um belo cachê (o valor depende de quanto é famosa) e a emissora leva seu naco maior, claro, que pode variar dependendo do programa.

Mas tem "anúncio" disfarçado que a maioria da audiência não identifica.

Por exemplo, o que você pensa quando Jô Soares entrevista o autor de um livro? Que ele é um homem letrado que adora divulgar cultura? Que tudo não passa de humor quando o entrevistado mostra uma toalha pendurada no pênis e narra peripécias sexuais? Neste segundo caso, mesmo que o nome Viagra não tenha sido citado na "divertida" entrevista, o laboratório Pfizer pagou uma bela grana pela propaganda do azulzinho.

As editoras são grandes clientes da Globo. A emissora explora bem o perfil do programa do Jô para divulgação de seus títulos, um mercado bilionário. Faça as contas: um bom livro vende 800.000 cópias rapidamente. Multiplique por um preço razoável de R$ 35,00 cada e veja o volume do negócio. Porque a Globo faria de graça? Muito menos o Jô. A editora fatura, a emissora também. Jô recebe sua parte como cachê, normalmente 20%. Estamos falando de merchandising que podem custar um ou dois milhões ao cliente. Isso é ação publicitária para vender produtos ou serviços. Você compra se achar conveniente.

Mas, quando se tenta vender ideologia e o futuro de uma pátria colocando-se em jogo a liberdade de uma nação, para uma maioria, é alta traição. Mas, como Jô, dezenas de "artistas" fisgaram altos cachês para dar uma piscada simpática a uma senhora que levou o país ao caos, tem sérios problemas mentais e é manipulada por um bufão populista, envolvido em corrupção e, talvez, assassinato.

No marketing político o merchandising é exaustivamente e abusadamente utilizado. Esta comunicação gera empatia com o candidato e cria sentimentos positivos se a ação for bem executada. Camufladamente pessoas influentes pagas com cachês altíssimos dão testemunhos a favor de um concorrente. O eleitor se convence.

A entrevista com Dilma Rousseff, foi o que? Jornalismo? Não mesmo. Foi merchandising, negociado pelo hoje encarcerado João Santana, especialista no uso destas técnicas. Durante esse festival de asneiras, o gordo vomitava um "é verdade", quase sem respiração, assinalando concordância com a trágica e cômica explanação de Dilma sobre a bíblia e outros temas. Patético! Doente e sem crédito, Jô sairá de cena no final do ano. 

E por que Wagner Moura, que surgiu do nada, testemunharia em defesa de um governo corrupto, vândalo e prostituto político com confesso interesse de controlar a imprensa? O que levaria alguém, que se supõe melhor informado, apoiar uma causa indefensável contrariando a vontade das ruas? Por cachê, tal e qual se paga pra um artista que vende carne, sabonete ou cerveja em anúncios de revistas, jornais e televisão.

Considerando que a maioria nessa área está falida, qualquer valor é bem vindo. Um bom cachê pode chegar entre 100 mil a 800 mil pra se anunciar um bom produto, em rede nacional. Mas se envolver politicamente, como no caso de Moura e outros, a verba pode chegar entre um e 10 milhões. Mas receber "apoio" da classe artística melhora o nível de aceitação do governo? As ruas tem mostrado que é dinheiro jogado fora. Mas, considerando que o dinheiro saiu da corrupção, tanto faz tentar.

Lula não pode aparecer em público que é alvo de xingamentos, Dilma sequer se expõe em eventos esportivos onde a vaia é geral. O que fazer? Quem respondeu "dar verba para torcidas organizadas" em troca de "apoio" a Dilma, acertou! O governo petista não tem ideologia, na verdade. Tem marketing sujo, aquele que usa de mentiras para eleger inelegíveis.

Por cachê pago pelo PT artista de novela até cospe, quando confrontados. Foi o caso de José de Abreu contra um casal em um restaurante que repetiu o gesto já praticado pelo deputado Jean Wyllys. Além de burros, são sujos.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Um gordo sem audiência, sem ética e sem vergonha

Cheio de ego, sem graça e humilhado pelo Ibope: Jô se arrasta num programa que
busca gente na rua para lotar sua plateia

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Pelo seu Twitter, certo dia, Gisele Bündchen deixou escapar que estava fazendo a Dieta Dukan e os resultados eram ótimos. Curiosamente, na mesma época, a princesa Kate Middleton, também. E as mulheres de todo mundo aderiram à moda dessa dieta, um riquíssimo negócio do ex-médico francês Pierre Dukan que gira bilhões de dólares.

Oras, por que elas fariam isso? Por cachê. Cachê altíssimo, pago em milhões e em dólares por merchandising do produto. Negócios. Cassaram o título de médico de Dukan, muitas mulheres que fizeram a dieta foram parar nas mesas cirúrgicas com graves problemas renais e o autor da dieta, bem, ele ficou muito mais rico e famoso. Para vender um produto o merchandising é um bom caminho.

E, de repente, você lê um artigo na Folha de São Paulo, de Fernanda Torres, 
apoiando a permanência de Dilma na presidência sob a alegação do medo: quem sucederá Dilma não pode ser pior que ela?

Ou Jô Soares, antes um "defensor" das liberdades, agora apoiando o PT, sabidamente um partido corrupto em todas as formas e meios que busca calar a imprensa e que praticou o maior estelionato eleitoral na história deste país, negado por ele. Porque fariam isso? Por dinheiro, claro, pago pelo PT para tentar melhorar a imagem da presidente. Coisa do marqueteiro da Dilma. 


Bem, Jô Soares está velho, muito doente e em fim de carreira - sua audiência na Globo despencou - e o cachê pago pelo PT vai lhe garantir um futuro material razoável. Quanto a Folha, certamente pegou a gorda fatia da verba e sua colunista, Fernanda, outro bom pedaço do dinheiro que veio, certamente, da corrupção. Sabidamente o movimento é mais de propaganda que de ideologia política. É marketing puro.

Imbatível desde 2000, quando estreou na Globo, o programa do Jô tem sido frequentemente ultrapassado pela concorrência. No começo de maio, durante a apresentação do bloco As Meninas do Jô, ele permaneceu em terceiro lugar com 3,7 pontos batido pela Câmera Record, em primeiro, com 6 e Danilo Gentili com 4,2 no SBT. Já teria sido comunicado que o programa sairá da grade da emissora em 2016. Não foi ele que pediu pra sair.


Difícil é aceitar que "artistas" como Fernanda e Jô negociem suas aposentadorias no momento em que o brasileiro corre o risco de perder suas liberdades e o país cair numa ditadura, como a Venezuela.

A posição simpática de Jô Soares por Dilma não vai agregar nada em favor da estelionatária política porque, pelo que se observa da reação popular, ele não convence como formador de opinião. Jô é apenas um gordo sem audiência, sem ética e sem vergonha.

PS: A audiência do programa foi de 6,7 pontos (share de 23,8%) durante a entrevista com a presidente Dilma Rousseff, segundo dados do Ibope, na grande São Paulo. Os números consolidados podem ser alterados. O SBT, com Danilo Gentili, ficou com 4,4 pontos ,a Record, 2,7 e Band 0,9.

Segundo especialistas, a audiência foi muito menor que a esperada diante de tamanha repercussão. Considera-se que grande parte dela foi dado pelos anti-petistas que bateram panelas durante a entrevista. Jô passou o programa "levantando a bola" para as respostas de Dilma que usou o espaço para defender os ajustes econômicos implantados pelo presidente Joaquim Levy.

PS 2: No último dia 27, contrariando o bom senso e os fatos, o apresentador saiu e defesa de José Abreu, ator que cuspiu num casal, num restaurante, com quem travara uma discussão política. Para Jô, há um ambiente de impaciência no Brasil. Ele defende o ator, conhecido petista, pelo direito de ter opinião e condena o casal pelo mesmo motivo?

PS3: Em agosto de 2016 o programa do Jô perde audiência para o Programa do Porchat, na TV Record. No Rio, a audiência de Porchat é maior ainda. No começo do ano a Rede Globo anunciou a aposentadoria do apresentador.

PS4: Em dezembro de 2016 Jô apresentou seu último programa na Rede Globo. Ele já tinha afirmado que por ele continuaria mas a decisão foi da emissora.


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