San Miguel Molina Cobas, o aluno proscrito e expulso da Universidade de Ciências Médicas de Santiago de Cuba.
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O “grande êxito” do sistema de saúde cubano deve-se apenas à propaganda oficial. Segundo María Werlau, diretora da excelente organização Archivo Cuba, criado pelo Dr. Constantine Menges, “a saúde em Cuba é péssima para o cidadão por falta de recursos. Existe um apartheid que favorece a elite governante e os estrangeiros que pagam em dólar e euros, enquanto nega-se atenção médica aos presos e alguns dissidentes por motivos políticos”.
Também o Dr. Darsi Ferrer, um médico cubano refugiado político nos Estados Unidos desde 2012, assegura que o sistema de atenção primária, aquela da qual os cubanos que foram importados para o Brasil se ufanam tanto, “está praticamente desarticulado, os consultórios estão vazios, seus profissionais foram enviados às lucrativas missões internacionais, sobretudo na Venezuela”, e eu acrescento, agora também ao Brasil. Berta Soler, líder das Damas de Branco que é técnica em microbiologia, trabalhou até 2009 no hospital América Arias de El Vedado, hoje “semi-fechado”. Ela afirma que “a saúde não é gratuita: isso é um mito. Às vezes os profissionais sugerem que se peça os medicamentos aos familiares no exílio” porque não se encontram nas farmácias.
Bem, voltei a falar neste assunto porque essas denúncias feitas pelo estudante do 2º ano de medicina, da Universidade de Ciências Médicas de Santiago de Cuba, San Miguel Molina Cobas, renderam-lhe a expulsão não só desta faculdade, mas de qualquer universidade existente em Cuba. Hoje ele é um proscrito, que foi execrado em sessão especial dentro da universidade, onde participaram o reitor, alunos, funcionários e até agentes do MinInt num grande linchamento moral, cujo vídeo apresentarei em minha palestra amanhã, no auditório do Hospital Maria Lucinda em Recife e depois aqui no blog.
Assistam ao vídeo e entendam porquê a maravilha da medicina cubana é um mito macabro. Fiquem com Deus e até a próxima!
Comentários e traduções: G. Salgueiro
Comentários e traduções: G. Salgueiro