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quarta-feira, 30 de julho de 2014

PMDB: o aliado do caos

Michel Temer: presidente do PMDB

O PMDB, que um dia foi um partido de luta pela democracia, já colecionou em suas fileiras nomes de políticos éticos e de respeito. Ulysses Guimarães foi um deles. Hoje transformou-se no mais fisiologista, entre todos, e principal responsável pela sustentação de um governo autoritário e corrupto, comandado por uma prostituta política que criou 39 ministérios para abrigar a sanha desavergonhada dos partidos apoiadores.

O nome maior do partido hoje é Michel Temer, o rei da corda bamba. Especializado em colar-se no poder, Temer habituou-se no humilhante processo de engolir sapos. Por exemplo, quando Dilma pregava o plebiscito, Temer dizia que era inviável. Publicamente Dilma jogou um caminhão de melancias sobre o "corajoso constitucionalista" e Temer recuou, covardemente e, rapidamente, soltou uma nota afirmando que era a favor do plebiscito desde criancinha. 

Como MDB, Movimento Democrático Brasileiro, fundado em 1966 para se opor ao regime militar instaurado em 1964, o partido acolheu comunistas do PCB e PCdoB, dissidentes do PSD e PTB. O MDB tinha ideologia, tinha um norte.

Mas, em 1980, com a sigla alterada para PMDB, o partido transformou-se num ônibus sem destino lotado com passageiros sem ideais. Um saco de gatos. Um partido que faz qualquer negócio, desde que permaneça no poder.

Principal aliado do PT num desastrado governo que aplaude ditaduras e assiste posse de defunto na presidência de um país, o PMDB ainda carrega a oportunidade de se transformar no salvador de uma nação se elegesse como prioridade a defesa da democracia no lugar do seu fisiologismo vergonhoso.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

PMDB tem a chance de tornar-se um partido sério

Para a plateia

Luiz Garcia, O Globo

A recente agitação nas ruas, apesar do mau comportamento de uma minoria — o que parece ser infelizmente inevitável —, despertou nos políticos brasileiros, cujo instinto de sobrevivência é reconhecidamente notável, o desejo de convencerem a opinião pública de que, como ela, também se preocupam em melhorar o desempenho da administração pública.

Isso explica a recente crítica do PMDB ao governo federal. Na última terça-feira, a Executiva Nacional do partido, depois de três horas de discussão, divulgou uma nota com críticas tão pesadas quanto surpreendentes à administração da presidente Dilma Rousseff.

O PMDB chegou a sugerir que ela reduza o número de ministérios, para enxugar a máquina do governo e reduzir os seus gastos. O vice-presidente Michel Temer participou da reunião e se esforçou, sem êxito algum, para baixar o tom das críticas à administração de Dilma.

Outros aliados do governo, como Amauri Teixeira, vice-líder do PT na Câmara dos Deputados, acusaram o PMDB do feio pecado de adotar o discurso da oposição. O senador petista Jorge Viana, por exemplo, reconheceu que existe um gigantismo no governo — mas acrescentou que “muitos jogam para a plateia”.

Na verdade, muitos observadores diriam, com razão, que a plateia realmente preferiria menos ministérios e mais ações concretas de verdadeiro interesse público.

O PMDB pode estar agindo de forma oportunista, mas certamente procura, pelo menos, ter o aplauso da opinião pública — inclusive dos eleitores que não costumam votar nele. O novo — alguns diriam novíssimo — discurso do partido vai ao encontro do que pensa a fatia do eleitorado que não costuma votar em candidatos aliados do PT.

Pode dar certo com essa guinada, principalmente — talvez exclusivamente — junto aos cidadãos que enxergam no gigantismo da máquina do governo um dos seus defeitos, talvez o mais grave deles.

Mas a nova atitude do partido pode também ser vista como puro oportunismo. A resposta da opinião pública talvez tenha essa opinião, concordando com os petistas que acusam o PMDB de “jogar para a plateia”.

Em geral, como provam diversos episódios da história política do país, o eleitor brasileiro costuma saber a diferença entre posições políticas sinceras e guinadas que têm cheiro de manobras, supostamente sinceras, quando, na verdade, não passam de tentativas de ir ao encontro do que pensa a maioria do eleitorado.