Pandemia: protocolos sem muito rigor e menos mortos. Vacinar crianças só se os pais pedirem. |
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza
Atualizado em 04/02/22
"As crianças raramente adoecem seriamente, e o conhecimento ainda é limitado sobre efeitos colaterais raros ou efeitos colaterais que podem surgir em um momento distante. Há pouco benefício individual para a maioria das crianças, e o Instituto Norueguês de Saúde Pública não recomendou que todas as crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas. No entanto, concordou que todos os pais e responsáveis podem receber uma vacina para seus filhos. Isso será mais relevante para apenas alguns grupos de crianças", diz o ministro dos Serviços de Saúde e Cuidados, Ingvild Kjerkol.
"Estamos seguindo a recomendação do Instituto Norueguês de Saúde Pública, e as crianças receberão vacinação gratuita se seus pais ou responsáveis solicitarem isso", afirma Kjerkol.
As vacinas são voluntárias e são os pais que devem decidir se querem vacinar seus filhos. O Instituto de Saúde Pública do país pede que os municípios tenham máxima cautela quanto à organização da vacinação nas escolas.
Avaliação e recomendação
Como é senso comum em todo mundo, crianças e adolescentes correm um risco muito baixo de adoecer seriamente com o COVID-19 e, quando contaminadas, seu sistema imunológico é altamente resistente para eliminar ou enfraquecer o vírus. Nesta fase a criança não retransmite para outras crianças ou adultos. A doença raramente resulta em crianças internadas, e o período médio de internação, quando ocorre, é de um dia.
O Instituto Norueguês de Saúde Pública acredita que a eficácia da vacina contra a doença sintomática da variante Omicron é consideravelmente reduzida comparando-se com variantes anteriores. Afirma que ela continua eficaz na prevenção de doenças graves. O informe diz que há limitado conhecimento sobre os efeitos colaterais para a faixa etária de 5 a 11 anos, que exige que seja exercida cautela em termos de escolha da vacinação.
Diz a nota que "por isso, o Instituto Norueguês de Saúde Pública não quer fazer uma recomendação geral para vacinar todas as crianças, mas acredita que tanto a primeira quanto a segunda doses para crianças e adolescentes podem reduzir o risco de doença entre algumas crianças."
O link, a seguir, aponta para a nota, em norueguês: Covid-19: Svar på oppdrag fra Helse- og omsorgsdepartementet - FHI
MENOS MORTOS, SEM LOCKDOWN
Durante o pico da pandemia, em 2020, a Noruega - com 5.4 milhões de habitantes - não adotou medidas restritivas e o número de mortos foi o menor entre todos os países europeus que adotaram o lockdown.
Finlândia, Suécia e Dinamarca também não praticaram protocolos rígidos e controlaram a pandemia mantendo a média diária de mortos de menos um por milhão.
Estes países, como a Suécia também, foram "duramente criticados pela imprensa" que tenta minimizar os bons resultados. A estratégia da Noruega e seus vizinhos foi usar testes, rastreamento de contatos e isolamento residencial para manter o nível de infecções baixo, sem restrições rigorosas – concluiu o relatório que apontou aquelas ações ideais para o mundo.
Mas, como explicar que a taxa de mortalidade da Dinamarca, Finlândia e Noruega foram menores ainda que a Suécia, 7,7%? A Dinamarca (1,5%) e a Finlândia (1,0%), na verdade, adotaram políticas muito menos restritivas que as suecas. A Noruega registrou 0% de mortalidade em excesso.