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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Noruega: vacinar crianças contra covid, só com solicitação dos pais

Pandemia: protocolos sem muito rigor e menos mortos. Vacinar crianças só se os pais pedirem.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza
Atualizado em 04/02/22

Segundo a página no site do Instituto Norueguês de Saúde Pública, a vacina contra Covid-19 será oferecida a crianças de 5 a 11 anos, se houver solicitação dos pais ou responsáveis. Esta vacinação é fornecida de forma voluntária, e não há recomendação geral para vacinar todas as crianças nessa faixa etária.

"As crianças raramente adoecem seriamente, e o conhecimento ainda é limitado sobre efeitos colaterais raros ou efeitos colaterais que podem surgir em um momento distante. Há pouco benefício individual para a maioria das crianças, e o Instituto Norueguês de Saúde Pública não recomendou que todas as crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas. No entanto, concordou que todos os pais e responsáveis podem receber uma vacina para seus filhos. Isso será mais relevante para apenas alguns grupos de crianças", diz o ministro dos Serviços de Saúde e Cuidados, Ingvild Kjerkol.

"Estamos seguindo a recomendação do Instituto Norueguês de Saúde Pública, e as crianças receberão vacinação gratuita se seus pais ou responsáveis solicitarem isso", afirma Kjerkol.

As vacinas são voluntárias e são os pais que devem decidir se querem vacinar seus filhos. O Instituto de Saúde Pública do país pede que os municípios tenham máxima cautela quanto à organização da vacinação nas escolas.

Avaliação e recomendação

Como é senso comum em todo mundo, crianças e adolescentes correm um risco muito baixo de adoecer seriamente com o COVID-19 e, quando contaminadas, seu sistema imunológico é altamente resistente para eliminar ou enfraquecer o vírus. Nesta fase a criança não retransmite para outras crianças ou adultos. A doença raramente resulta em crianças internadas, e o período médio de internação, quando ocorre, é de um dia.

O Instituto Norueguês de Saúde Pública acredita que a eficácia da vacina contra a doença sintomática da variante Omicron é consideravelmente reduzida comparando-se com variantes anteriores. Afirma que ela continua eficaz na prevenção de doenças graves. O informe diz que há limitado conhecimento sobre os efeitos colaterais para a faixa etária de 5 a 11 anos, que exige que seja exercida cautela em termos de escolha da vacinação.

Diz a nota que "por isso, o Instituto Norueguês de Saúde Pública não quer fazer uma recomendação geral para vacinar todas as crianças, mas acredita que tanto a primeira quanto a segunda doses para crianças e adolescentes podem reduzir o risco de doença entre algumas crianças."

O link, a seguir, aponta para a nota, em norueguês: Covid-19: Svar på oppdrag fra Helse- og omsorgsdepartementet - FHI

MENOS MORTOS, SEM LOCKDOWN

Contenção da pandemia sem lockdown
Durante o pico da pandemia, em 2020, a Noruega - com 5.4 milhões de habitantes - não adotou medidas restritivas e o número de mortos foi o menor entre todos os países europeus que adotaram o lockdown. 

Finlândia, Suécia e Dinamarca também não praticaram protocolos rígidos e controlaram a pandemia mantendo a média diária de mortos de menos um por milhão.

Estes países, como a Suécia também, foram "duramente criticados pela imprensa" que tenta minimizar os bons resultados. A estratégia da Noruega e seus vizinhos foi usar testes, rastreamento de contatos e isolamento residencial para manter o nível de infecções baixo, sem restrições rigorosas – concluiu o relatório que apontou aquelas ações ideais para o mundo.

Mas, como explicar que a taxa de mortalidade da Dinamarca, Finlândia e Noruega foram menores ainda que a Suécia, 7,7%? A Dinamarca (1,5%) e a Finlândia (1,0%), na verdade, adotaram políticas muito menos restritivas que as suecas. A Noruega registrou 0% de mortalidade em excesso.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Educação na Finlândia despenca: de primeiro para 12º no Pisa

Método phenomenon learning: estudantes decidem o que aprender

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Por volta do ano de 2000 a Finlândia atingiu seu ápice na educação e passou a ocupar a disputada posição de primeiro lugar no PISA, um programa internacional de avaliação de estudantes mantido pela Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico. A cada três anos o PISA avalia estudantes na faixa dos 15 anos de idade em mais de 73 países. Até 2012 eram 65.

O modelo finlandês, na época, aplicava exames obrigatórios, mantinha supervisores em salas de aula e impunha um programa rígido na formação de professores. Mais tradicional e sem invencionices pedagógicas, a educação finlandesa tornou-se referência mundial.

Mas o processo começou a ser prostituído com ideias formatadas nos mofados ambientes acadêmicos onde prevalecem teorias pedagógicas de concessão total de liberdade aos estudantes que decidem o que querem aprender. O professor, no método denominado "phenomenon learning", não tem mais controle do processo de aprendizagem, agora nas mãos dos alunos. Os defensores do método apostam que os estudantes devem ter papel ativo no planejamento, pesquisa e avaliação do processo.

Sala tradicional em escola da Finlândia

Para Marjo Kyllonen, um tipo de secretário da educação de Helsinque, "o método tradicional que divide matérias diferentes não está preparando as crianças para o futuro". Segundo ele "as crianças, no futuro, precisarão de uma capacidade de pensamento transdisciplinar, olhar os mesmos problemas a partir de perspectivas diferentes e usando ferramentas diferentes". Na verdade os professores perderam o controle sobre seus cursos e concedeu-se liberdade para que os estudantes "digam o que querem aprender".

A implantação do "phenomenon learning" já tem 3 anos mas as ideias vem sendo implantadas, de verdade, faz uma década. Neste período a Finlândia caiu na avaliação do PISA.

Estudantes criticam o método, embora considerem diferente e divertido. "Espero que isso não dure o ano inteiro porque o método tradicional cumpre bem sua função" - disse um aluno de Hensinque.

Depois da introdução de novos processos na educação do país (fim da avaliação, por exemplo) a Finlândia despencou na avaliação internacional: de primeiro  lugar em 2000, despencou para o 12º (matemática) em 2013.

PISA 2012
Desempenho dos países em matemática


1. Xangai (China) 613 pontos
2. Cingapura 573 pontos
3. Hong Kong (China) 561 pontos
4. República da China 560 pontos
5. Coreia 554 pontos
6. Macau (China) 538 pontos
7. Japão 536 pontos
8. Liechtenstein 535 pontos
9. Suíça 531 pontos
10. Holanda 523 pontos
11. Estônia 521 pontos
12. Finlândia 519 pontos

13. Polônia 518 pontos
14. Canadá 518 pontos
15. Bélgica 515 pontos
16. Alemanha 514 pontos
17. Vietnã 511 pontos
18. Áustria 506 pontos
19. Austrália 504 pontos
20. Irlanda 501 pontos

(O Brasil classificou-se em 58º lugar, entre 65 países avaliados em matemática)

PISA 2012
Desempenho dos estudantes em leitura

1. Xangai(China)  570 pontos
2. Hong Kong (China) 545 pontos
3. Cingapura   542 pontos
4. Japão   538 pontos
5. Coreia   536 pontos
6. Finlândia   524 pontos
7. Canadá   523 pontos
8. República da China  523 pontos
9. Irlanda   523 pontos
10. Polônia   518 pontos
11. Estônia   516 pontos
12. Liechtenstein  516 pontos
13. Austrália   512 pontos
14. Nova Zelândia  512 pontos
15. Holanda    511 pontos
16. Macau (China)  509 pontos
17. Suíça    509 pontos
18. Bélgica   509 pontos
19. Vietnã   508 pontos
20. Alemanha   508 pontos

(O Brasil classificou-se em 55º lugar, entre 65 países avaliados em leitura)

PISA 2012
Desempenho dos alunos em ciências

1. Xangai (China) 580 pontos
2. Hong Kong (China) 555 pontos
3. Cingapura   551 pontos
4. Japão   547 pontos
5. Finlândia   545 pontos
6. Estônia   541 pontos
7. Coreia    538 pontos
8. Vietnã   528 pontos
9. Polônia   526 pontos
10. Liechtenstein  525 pontos
11. Canadá   525 pontos
12. Alemanha   524 pontos
13. República da China 523 pontos
14. Holanda   522 pontos
15. Irlanda   522 pontos
16. Macau (China)  521 pontos
17. Austrália   521 pontos
18. Nova Zelândia   516 pontos
19. Suíça    515 pontos
20. Eslovênia    514 pontos

(O Brasil classificou-se em 59º lugar, entre 65 países avaliados em ciências)

terça-feira, 26 de março de 2013

Finlândia em primeiro na competição internacional de educação. O Brasil, em último.

Somente nos primeiros anos os alunos finlandeses são poupados de avaliações:
depois competem para vencer

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Um dos mais importantes levantamentos sobre educação no mundo, realizado pela Editora Pearson, do grupo da revista The Economist, acaba se ser publicado. O Brasil ficou em último, ao lado do México e Indonésia. A Finlândia ficou em primeiro. De novo. Os alunos finlandeses tem sido os primeiros colocados em competições internacionais quando se avalia matemática, ciências, compreensão e redação.

Todos, sem distinção, tem direito ao mesmo ensino nas escolas que são públicas. bem estruturadas e também oferecem os serviços médicos e dentárias e alimentação. O foco está nos alunos - ao contrário dos brasileiros, os jovens finlandeses estão interessados em aprender - que podem dispor de um professor particular para reforço. Os alunos são competitivos mas, nos primeiros anos, são poupados de avaliações. Apenas no começo. E são incentivados a participar, sugerir, falar. Mas eles, ao contrário da clientela escolar brasileira, trazem uma grande bagagem cultural transmitida por uma família melhor estruturada. A população está satisfeita com o retorno dos impostos - 50% do PIB - com boas escolas, saúde pública e segurança.

Aqui a educação é conduzida por políticos profissionais e amadores na educação com foco em resultados eleitorais e não na qualidade educacional. A irresponsabilidade na condução da educação já vem de décadas e a tradição da incompetência é mantida. Não é por acaso que Mercadante virou o Ministro Miojo. Além do fiasco do Enem - correções de provas sem rigor para facilitar aprovações - o Brasil amarga a última colocação em qualidade na educação neste novo levantamento internacional. Estamos na rabeira. 



E a realidade das salas de aulas no Brasil: um sistema falido