Método phenomenon learning: estudantes decidem o que aprender |
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza
Por volta do ano de 2000 a Finlândia atingiu seu ápice na educação e passou a ocupar a disputada posição de primeiro lugar no PISA, um programa internacional de avaliação de estudantes mantido pela Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico. A cada três anos o PISA avalia estudantes na faixa dos 15 anos de idade em mais de 73 países. Até 2012 eram 65.
Por volta do ano de 2000 a Finlândia atingiu seu ápice na educação e passou a ocupar a disputada posição de primeiro lugar no PISA, um programa internacional de avaliação de estudantes mantido pela Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico. A cada três anos o PISA avalia estudantes na faixa dos 15 anos de idade em mais de 73 países. Até 2012 eram 65.
O modelo finlandês, na época, aplicava exames obrigatórios, mantinha supervisores em salas de aula e impunha um programa rígido na formação de professores. Mais tradicional e sem invencionices pedagógicas, a educação finlandesa tornou-se referência mundial.
Mas o processo começou a ser prostituído com ideias formatadas nos mofados ambientes acadêmicos onde prevalecem teorias pedagógicas de concessão total de liberdade aos estudantes que decidem o que querem aprender. O professor, no método denominado "phenomenon learning", não tem mais controle do processo de aprendizagem, agora nas mãos dos alunos. Os defensores do método apostam que os estudantes devem ter papel ativo no planejamento, pesquisa e avaliação do processo.
Para Marjo Kyllonen, um tipo de secretário da educação de Helsinque, "o método tradicional que divide matérias diferentes não está preparando as crianças para o futuro". Segundo ele "as crianças, no futuro, precisarão de uma capacidade de pensamento transdisciplinar, olhar os mesmos problemas a partir de perspectivas diferentes e usando ferramentas diferentes". Na verdade os professores perderam o controle sobre seus cursos e concedeu-se liberdade para que os estudantes "digam o que querem aprender".
A implantação do "phenomenon learning" já tem 3 anos mas as ideias vem sendo implantadas, de verdade, faz uma década. Neste período a Finlândia caiu na avaliação do PISA.
Estudantes criticam o método, embora considerem diferente e divertido. "Espero que isso não dure o ano inteiro porque o método tradicional cumpre bem sua função" - disse um aluno de Hensinque.
Depois da introdução de novos processos na educação do país (fim da avaliação, por exemplo) a Finlândia despencou na avaliação internacional: de primeiro lugar em 2000, despencou para o 12º (matemática) em 2013.
PISA 2012
Desempenho dos países em matemática
1. Xangai (China) 613 pontos
2. Cingapura 573 pontos
3. Hong Kong (China) 561 pontos
4. República da China 560 pontos
5. Coreia 554 pontos
6. Macau (China) 538 pontos
7. Japão 536 pontos
8. Liechtenstein 535 pontos
9. Suíça 531 pontos
10. Holanda 523 pontos
11. Estônia 521 pontos
12. Finlândia 519 pontos
13. Polônia 518 pontos
14. Canadá 518 pontos
15. Bélgica 515 pontos
16. Alemanha 514 pontos
17. Vietnã 511 pontos
18. Áustria 506 pontos
19. Austrália 504 pontos
20. Irlanda 501 pontos
(O Brasil classificou-se em 58º lugar, entre 65 países avaliados em matemática)
PISA 2012
Desempenho dos estudantes em leitura
1. Xangai(China) 570 pontos
2. Hong Kong (China) 545 pontos
3. Cingapura 542 pontos
4. Japão 538 pontos
5. Coreia 536 pontos
6. Finlândia 524 pontos
7. Canadá 523 pontos
8. República da China 523 pontos
9. Irlanda 523 pontos
10. Polônia 518 pontos
11. Estônia 516 pontos
12. Liechtenstein 516 pontos
13. Austrália 512 pontos
14. Nova Zelândia 512 pontos
15. Holanda 511 pontos
16. Macau (China) 509 pontos
17. Suíça 509 pontos
18. Bélgica 509 pontos
19. Vietnã 508 pontos
20. Alemanha 508 pontos
2. Hong Kong (China) 545 pontos
3. Cingapura 542 pontos
4. Japão 538 pontos
5. Coreia 536 pontos
6. Finlândia 524 pontos
7. Canadá 523 pontos
8. República da China 523 pontos
9. Irlanda 523 pontos
10. Polônia 518 pontos
11. Estônia 516 pontos
12. Liechtenstein 516 pontos
13. Austrália 512 pontos
14. Nova Zelândia 512 pontos
15. Holanda 511 pontos
16. Macau (China) 509 pontos
17. Suíça 509 pontos
18. Bélgica 509 pontos
19. Vietnã 508 pontos
20. Alemanha 508 pontos
(O Brasil classificou-se em 55º lugar, entre 65 países avaliados em leitura)
PISA 2012
Desempenho dos alunos em ciências
2. Hong Kong (China) 555 pontos
3. Cingapura 551 pontos
4. Japão 547 pontos
5. Finlândia 545 pontos
6. Estônia 541 pontos
7. Coreia 538 pontos
8. Vietnã 528 pontos
9. Polônia 526 pontos
10. Liechtenstein 525 pontos
11. Canadá 525 pontos
12. Alemanha 524 pontos
13. República da China 523 pontos
14. Holanda 522 pontos
15. Irlanda 522 pontos
16. Macau (China) 521 pontos
17. Austrália 521 pontos
18. Nova Zelândia 516 pontos
19. Suíça 515 pontos
20. Eslovênia 514 pontos
(O Brasil classificou-se em 59º lugar, entre 65 países avaliados em ciências)