terça-feira, 26 de março de 2013

Finlândia em primeiro na competição internacional de educação. O Brasil, em último.

Somente nos primeiros anos os alunos finlandeses são poupados de avaliações:
depois competem para vencer

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Um dos mais importantes levantamentos sobre educação no mundo, realizado pela Editora Pearson, do grupo da revista The Economist, acaba se ser publicado. O Brasil ficou em último, ao lado do México e Indonésia. A Finlândia ficou em primeiro. De novo. Os alunos finlandeses tem sido os primeiros colocados em competições internacionais quando se avalia matemática, ciências, compreensão e redação.

Todos, sem distinção, tem direito ao mesmo ensino nas escolas que são públicas. bem estruturadas e também oferecem os serviços médicos e dentárias e alimentação. O foco está nos alunos - ao contrário dos brasileiros, os jovens finlandeses estão interessados em aprender - que podem dispor de um professor particular para reforço. Os alunos são competitivos mas, nos primeiros anos, são poupados de avaliações. Apenas no começo. E são incentivados a participar, sugerir, falar. Mas eles, ao contrário da clientela escolar brasileira, trazem uma grande bagagem cultural transmitida por uma família melhor estruturada. A população está satisfeita com o retorno dos impostos - 50% do PIB - com boas escolas, saúde pública e segurança.

Aqui a educação é conduzida por políticos profissionais e amadores na educação com foco em resultados eleitorais e não na qualidade educacional. A irresponsabilidade na condução da educação já vem de décadas e a tradição da incompetência é mantida. Não é por acaso que Mercadante virou o Ministro Miojo. Além do fiasco do Enem - correções de provas sem rigor para facilitar aprovações - o Brasil amarga a última colocação em qualidade na educação neste novo levantamento internacional. Estamos na rabeira. 



E a realidade das salas de aulas no Brasil: um sistema falido