domingo, 24 de março de 2013

Malala e o miojo brasileiro

Esta menina chama-se Malala Yousafzai, paquistanesa de 15 anos de idade que levou um tiro na cabeça disparado por um talibã - muçulmano ultra radical - porque ela se engajou numa campanha para que as meninas muçulmanas do país pudessem estudar.

Malala, sob nome falso, montou um blog e escreveu para a BBC de Londres contando sua vida sob o regime talibã que forçou o fechamento das escolas na região, principalmente para meninas.

Levada para a Inglaterra a garota se recuperou e voltou as aulas, numa escola londrina.

No Brasil toda criança tem que estar na escola, por lei. A maioria vai, obrigada, mas ninguém está interessada em aprender. Numa sala de aula, entre 35 alunos, em média, no ensino médio público, apenas 5 avançarão e conseguirão, efetivamente, aprender. Mas a maioria passara de ano, porque o sistema de progressão continuada obriga. Estes alunos fecharão seu ciclo sem ler, escrever e compreender.

Mas saberão fazer um miojo. Para os indigentes mentais que elaboraram a moderna pedagogia, já será uma grande conquista.

Nossos jovens parecem ser tão distantes da realidade e, embora dispondo de possibilidades e chances de aprenderem - oportunidades raras para crianças como Malala - apostam na desnecessidade de estudo. Afinal, estudar pra que se a lei obriga "passar de ano"? Estudar pra que se tem bolsa família que não exige nada em troca, exceto votar nos novos coronéis da política liderados por pseudo progressistas?