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terça-feira, 4 de junho de 2013

Educação: como recuperar o tempo perdido

Ministro da Educação de
Portugal Nuno Crato
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Nuno Paulo de Sousa Arrobas Crato ou apenas Nuno Crato tem 61 anos de idade e assumiu o Ministério da Educação e Ciência de Portugal faz dois anos. Ele é um dos quatro ministros não políticos, independentes e profissionais da área. É professor de matemática e grande divulgador das ciências e detentor de cobiçados prêmios como o European Science Award.

Conhece do assunto, ao contrário de ministros políticos, principalmente brasileiros, amadores, capengas e desprovidos do mínimo conhecimento na área. Nuno é forte crítico da teoria do construtivismo - depois de décadas o construtivismo não passou de mera teoria com resultados catastróficos - que se espalhou entre incautos da Europa e Estados Unidos desde 1980. Segundo Nuno, o construtivismo de hoje (vertente radical das teorias do psicólogo Piaget) é um completo erro. Ela se baseia no fato de que o professor deve ser um mero "facilitador" - no Brasil, mediador - do aprendizado. Um professor, diz Nuno Crato, deve transmitir aos alunos todo conteúdo nos quais se graduou. "É ingênuo acreditar que o estudante vai descobrir tudo sozinho quando julgar interessante" - afirma o ministro português.

Ao mesmo tempo que defende mais autonomia para as escolas, Nuno Crato não abre mão de um ensino rigoroso, lastreado em conteúdos curriculares (Português, Matemática, História, Geografia, Ciências e Inglês), metas, avaliações e mérito. Para o novo ministro o construtivismo - principalmente as vertentes imbecilizadas pelo radicalismo - dão uma noção vaga de "competências" que secundariza o conhecimento.

Agora os alunos portugueses terão avaliações e objetivos cognitivos bem definidos ao contrário do construtivismo que não permite jamais que o professor corrija o erro de um aluno para que ele não se sinta constrangido ou seja que seja avaliado.

Nuno é autor de várias obras, entre elas, "O eduquês em discurso directo: uma crítica da pedagogia romântica e construtivista" e "Desastre no ensino da matemática: como recuperar o tempo perdido", onde pontua críticas, mostra falhas e aponta soluções.

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