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domingo, 19 de janeiro de 2014

Proibir armas de brinquedo resolve?


Com a justificativa de que as armas de brinquedos são utilizadas na prática de crimes, os deputados paulistas promulgaram uma lei que proíbe sua fabricação e venda, sob pena de multa. O autor é o deputado André do Prado, do Partido da República. Isso, porém, já está previsto no Estatuto do Desarmamento, uma lei federal de 2003. Cerca de 40% das armas apreendidas pela polícia na capital paulista, em 2012, 40% eram de brinquedos. O Instituto Sou da Paz comemora como resultado da implantação do Estatuto. Mas não explica porque os crimes, inclusive de mortes, aumentaram no mesmo período.

Os políticos, diante de um quadro de extrema violência no país, só tem uma saída para mascarar a incompetência de seus governos: programas de desarmamento - outra falácia - e leis inócuos, como a proibição da fabricação de armas de brinquedos. Mas a base do problema continua intacta.

Em em 2010 foram 36 mil mortos catalogados como vítimas de armas de fogo, no Brasil, um número quase 4 vezes maior que as mortes nos Estados Unidos (9.960 no mesmo período). Mas tem outro detalhe: os americanos tem 295 milhões de armas contra 15 milhões no Brasil. Mata-se no Brasil 19,3 pessoas para cada 100 mil habitantes. Nos Estados Unidos, 3,2 mortos para cada grupo de 100 mil. A Venezuela, o país mais violento do mundo, este índice é de 39.

As campanhas de desarmamento no Brasil - demagogia dos governantes populistas diante de um quadro gravíssimo - recolheram, até então, 620 mil armas. Não há motivos para otimismo enquanto os responsáveis pela politica de segurança continuarem acreditando em bobagens como estas.

Desarmar civis não resolve
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