De repente, no Facebook, um amigo de longa data deixou um recado, no mínimo tétrico: condolências à família do Edson Joel. E narrou minha trajetória no rádio (comecei a trabalhar, como locutor, aos 13 anos de idade na rádio em que ele era gerente) e a última vez que me viu.
Quando abri a página e me deparei com o recado fúnebre, ri, no começo. Gargalhei depois. E passei o dia rouco de tanto contar a mesma história das outras vezes que morri.
A primeira foi dramática. Era jornalista em Tupã e comandava o programa Cidade x Cidade, na TV Tupi, no programa do Silvio Santos. Ganhamos 4 fuscas e só saímos do programa porque ocorreu um acidente com o carro que conduzia as meninas da equipe feminina de beleza. Próximo de Agudos, em noite chuvosa e fria, o Galaxie da prefeitura saiu da pista e capotou. As meninas, felizmente, sofreram ferimentos leves. Mas, ao chegar a cidade, a notícia era de que eu tinha saído desta pra melhor.
A segunda morte que sofri foi no Paraguai. O avião caiu. Quando retornei de Assunção fui alertado pela família para "andar pelo centro da cidade, tomar café nos bares populares e contar piada de são paulino" pra que todos soubessem que era eu mesmo e que ainda continuava vivinho, lindo, maravilhoso e humilde. Gozado era ver a expressão das pessoas que me tinham "falecido".
Hoje, morri de novo! Tudo porque o meu sobrinho Thiago postou um recado no Facebook perguntando "então o Joel morreu?", referindo-se a uma crônica que escrevi no meu blog - A Vingança - onde narro como me divirto com os vendedores de telemarketing. Quando insistem em falar com o Edson Joel, chorando, eu digo que ele esta sendo velado mas que podem falar com a viúva. Dai alguém pegou a conversa pela metade "e me matou de vez".
Pra alegria dos que me amam e tristeza dos meus inimigos, continuo vivo. Pra quem não sabe, tenho 50 anos. Mas, juro, quando uso calça jeans e tênis aparento 49. Bom, né? He, he, he!