sábado, 10 de março de 2018

Walmart e Hiper Varejo vendem pneus vencidos

Pneus vendidos por Walmart e entregues por Hiper Varejo: vendidos como novos mas com validade vencida. Pesquisa no Reclame Aqui mostra que Walmart e outras empresas tem práticas semelhantes.  

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Muitos leitores se surpreenderão quando souberem que pneus tem prazo de validade. Pior, acabarão descobrindo que os pneus que compraram na semana passada estão vencendo ou vencidos. E, neste caso, correndo sério risco de acidentes. Não estamos falando de garantia de fábrica (a fábrica repõe o pneu com defeito de fabricação), mas da segurança natural do produto.

O prazo de validade da segurança de um pneu, usado ou não, é de 5 anos para a maioria dos modelos. Após esse período a borracha perde suas propriedades e provoca a soltura do cinto de aço da estrutura do pneu. Os riscos de acidentes são enormes. Muitos "acidentes inexplicáveis" podem ser esclarecidos se o perito observar a data de fabricação dos pneus do carro envolvido. Se o cinto de aço se soltar, o pneu se transforma num monte de borracha sem função. Quantos já morreram em acidentes provocados por produtos vencidos?

ONDE INDICA?

Basta observar quatro números impressos (em relevo, no pneu),que indicam quando o produto foi fabricado. Por exemplo, 1113 significa que ele foi fabricado na 11ª semana de 2013. Se o pneu que você esta comprando hoje foi fabricado há 4 anos, você terá apenas um ano pra usa-lo com segurança. Depois de cinco anos ele perde a validade de segurança e a garantia.



Dia 05 de fevereiro de 2018: outra queixa recente de pneu vencido vendido pela Hiper Marca. 
WALMART E HIPER VAREJO VENDERAM PNEUS VENCIDOS

Faz pouco tempo comprei dois pneus Continental 185/55/R15 (largura, altura e roda) para um carro da família. A compra foi efetuada pelo site do Walmart e entregue pela Hiper Varejo. Fiquei atento para a data da fabricação e não me surpreendi quando vi que os pneus "já estavam vencidos". Foram fabricados em 1113, isto é, 5 anos antes. Portanto, pneus sem segurança e sem garantia de fábrica. Um crime gravíssimo.

Mesmo tendo me manifestado pelo Facebook, na página do Walmart, o assunto foi tratado com desdém pelo parceiro Hipervarejo que alegou não ter outro produto para repor e que cancelaria o pedido, neste caso. Imediatamente mostrei que se tratava de mentira já que as páginas do Hiper Varejo continha anúncios do mesmo pneu. Quando deixei claro que esse comportamento estúpido não me convenceria, resolveram mudar a tática e prometeram novos pneus. A alegação foi de que o "departamento de controle de qualidade falhou" e se limitaram a pedir desculpas por isso. Numa ligação telefônica, gravada, a supervisora Cristiane "lamentou o ocorrido e garantiu enviar pneus de valor maior, pelo mesmo preço."

Walmart alegou que esse não é seu padrão (vender pneus vencidos) mas, encontrei nas páginas do Reclame Aqui outra queixa de pneu fora da segurança. Portanto, a venda de pneus vencidos parece ser prática comum no Walmart e outras empresas.

A Hiper Varejo responde justificando que houve falha no seu padrão de qualidade mas, no dia 5 de fevereiro de 2018, 20 dias antes de me enviarem pneus condenados eles venderam pneus com 6 anos de fabricação para um consumidor. A mentira tem perna curta.

COMO FICOU

Walmart/Hiper varejo substituíram os pneus, pediram desculpas e assumiram o erro. Mas, na nota que me enviaram disseram que "não é padrão da empresa essa prática" (vender pneus vencidos).  Mas observei que a Hiper Varejo vendeu pneus com 6 anos de fabricação pra outro consumidor em fevereiro deste ano, uma semana antes de venderam pra mim pneus com 5 anos de fabricação. Os pneus que me venderam eram mais velhos que os pneus desgastados que substitui. 

quinta-feira, 1 de março de 2018

Alunos brasileiros demorarão 260 anos para atingir índice de leitura dos países ricos, diz Banco Mundial

Em matemática, a estimativa é de 75 anos, segundo relatório produzido a partir de dados do Pisa.

Estimativa do Banco Mundial é de que os alunos brasileiros demorem mais de 260 anos para
chegar no índices de proficiência de leitura dos países ricos (Foto: Reprodução/TV TEM)
Por G1
28/02/2018 10h32 Atualizado 28/02/2018 11h06


Os estudantes brasileiros podem demorar mais de 260 anos para atingir a proficiência em leitura dos alunos dos países ricos. Em matemática, a previsão é de que os brasileiros levarão 75 anos para atingir a pontuação média registrada nos países desenvolvidos. As estimativas são de um relatório sobre a crise da aprendizagem produzido pelo Banco Mundial com dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa).

O Pisa é uma prova coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aplicada a cada três anos entre 35 membros da OCDE e 35 parceiros, incluindo o Brasil. Entre outros itens ela avalia o conhecimento dos alunos em ciências, leitura e matemática.

O relatório aponta que em países como o Quênia, Tanzânia e Uganda, quando se pediu aos alunos do 3º ano do ensino fundamental que lessem em inglês ou kiswahili uma frase simples como “o nome do cão é Filhote”, 75% deles não compreenderam seu significado. Na zona rural da Índia cerca de 75% dos alunos do mesmo ano não foram capazes de fazer uma subtração de dois dígitos.

Para que a aprendizagem cumpra a promessa de eliminar a pobreza e criar oportunidades para todos, o Banco Mundial aponta três recomendações de políticas públicas:

- Avaliação da aprendizagem. Segundo o estudo, só metade dos países em desenvolvimento tem dispositivos para medir a aprendizagem no final do ensino fundamental e das primeiras séries do médio.

- Fazer as escolas trabalharem para todas as crianças. O relatório propõe desde oferecer nutrição adequada até a utilização da tecnologia que ajudem os professores a ensinar;.

- Mobilizar todas as pessoas interessadas na aprendizagem, como a comunidade.

O relatório aponta casos de países que investiram em estratégias de aprendizagem e tiveram sucesso em avaliações internacionais. Um exemplo citado é a Coreia do Sul, país que foi assolado pela guerra e tinha taxas de alfabetização muito baixas em 1950, mas conseguiu universalizar o acesso de matrículas em 1995 e atingir altos índices em rankings de aprendizagem.