O primeiro nó reside no diagnóstico errado, que leva a prognósticos equivocados. A maioria dos educadores, estudiosos da educação e profissionais da mídia, no Brasil, compartilha de um diagnóstico que, a meu ver, parece incorreto a respeito das causas de nossos problemas.
Esse diagnóstico se resume pelo princípio da carência, ou seja, bastaria dar “mais” para resolver os problemas: mais dinheiro, mais vagas, mais escolas, mais professores, mais professores com títulos mais elevados, mais salários, mais horas de aula etc. Essa visão é consagrada em documentos como o PNE – o Plano Nacional de Educação. Diagnóstico errado leva a soluções erradas.
O segundo nó reside no centralismo – de um lado isso se reflete na busca de consensos, ainda que a qualquer custo. E, de outro, na crença de que tudo depende e virá do Ministério da Educação. Dois exemplos ilustram essa postura. No último ano, o Ministério da Educação claramente perdeu o seu protagonismo e concentrou o seu ativismo numa agenda diferente – a chamada “agenda cultural”. Em vez de avançar com suas agendas, estados e municípios permanecem paralisados, à espera de que o MEC volte a agir como sempre agiu, mesmo sem qualquer evidência de que as políticas patrocinadas pelo MEC tenham levado a resultados positivos no passado.
Outro exemplo é o da alfabetização das crianças, tema já tratado inúmeras vezes no âmbito do NCPe. Há mais de duas décadas as evidências têm nos mostrado o que funciona e como fazer. Há cerca de um ano o Ministério da Educação reconheceu essas evidências. Mas, apesar disso, estados, municípios e ONGs que sempre promovem grandes iniciativas em educação permanecem em silêncio, fingindo-se de mortos – como se ações burocráticas do MEC tivessem mais importância do que evidências científicas para começar a alfabetizar as crianças.
Um terceiro nó decorre dos anteriores, e parece residir na dificuldade de estabelecer iniciativas e reformas educativas eficazes. O Brasil tem um único caso de município com sucesso consistente que já atingiu um nível razoável de qualidade (Sobral), e um único caso de estado (Ceará) que promoveu importantes avanços no desempenho dos alunos das séries iniciais. A reforma de Sobral começou há mais de vinte anos, e o sucesso começou a aparecer há cerca de 10. Centenas de municípios já estiveram por lá, mas nenhum fez ou conseguiu algo parecido. O mesmo ocorre com o programa estadual do Ceará. E há sucessos de intervenções isoladas.
O segundo nó reside no centralismo – de um lado isso se reflete na busca de consensos, ainda que a qualquer custo. E, de outro, na crença de que tudo depende e virá do Ministério da Educação. Dois exemplos ilustram essa postura. No último ano, o Ministério da Educação claramente perdeu o seu protagonismo e concentrou o seu ativismo numa agenda diferente – a chamada “agenda cultural”. Em vez de avançar com suas agendas, estados e municípios permanecem paralisados, à espera de que o MEC volte a agir como sempre agiu, mesmo sem qualquer evidência de que as políticas patrocinadas pelo MEC tenham levado a resultados positivos no passado.
Outro exemplo é o da alfabetização das crianças, tema já tratado inúmeras vezes no âmbito do NCPe. Há mais de duas décadas as evidências têm nos mostrado o que funciona e como fazer. Há cerca de um ano o Ministério da Educação reconheceu essas evidências. Mas, apesar disso, estados, municípios e ONGs que sempre promovem grandes iniciativas em educação permanecem em silêncio, fingindo-se de mortos – como se ações burocráticas do MEC tivessem mais importância do que evidências científicas para começar a alfabetizar as crianças.
Um terceiro nó decorre dos anteriores, e parece residir na dificuldade de estabelecer iniciativas e reformas educativas eficazes. O Brasil tem um único caso de município com sucesso consistente que já atingiu um nível razoável de qualidade (Sobral), e um único caso de estado (Ceará) que promoveu importantes avanços no desempenho dos alunos das séries iniciais. A reforma de Sobral começou há mais de vinte anos, e o sucesso começou a aparecer há cerca de 10. Centenas de municípios já estiveram por lá, mas nenhum fez ou conseguiu algo parecido. O mesmo ocorre com o programa estadual do Ceará. E há sucessos de intervenções isoladas.