Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza
No Brasil, até a década de 70, a alfabetização ocorria já no primeiro ano escolar e o método utilizado, basicamente, era a cartilha Caminho Suave, lastreada no método fônico. Com esse método os alunos dominavam a leitura, escrita e compreensão já no primeiro ano do ensino básico, antes da páscoa.
MÉTODO/PIAGET: TEORIAS ABANDONADAS
Nesta época algumas universidades americanas passaram a debater sobre textos do suíço Jean Piaget, incentivadas por publicações de alguns dos seus seguidores e traduzidas para o inglês, como Lev Vygotsky (um advogado russo formado em Moscou em 1918 e que faliu dez anos depois) que decidiu estudar psicologia, influenciado pelas ideias de Piaget.
Nessa época muitas escolas americanas e europeias passaram a adotar as teorias global/construtivistas, corrente rapidamente abandonada com base numa mesma conclusão: a filosofia construtivista não continha um método claro e causava grande confusão entre pedagogos. Os resultados nas salas de aulas foram péssimos. Muita invencionice pedagógica e nenhuma ciência cognitiva da leitura e alfabetização. Somente alguns países continuaram aplicando as teorias piagetianas e, por coincidência, são os que tem os piores desempenhos na educação mundial: Brasil e México, por exemplo. Todos os países, líderes no PISA, utilizam o método fônico.
Desde 1990 o país adotou, oficialmente, as propostas construtivistas - temperadas ao sabor ideológico de Paulo Freire - e resultado foi péssimo.
Nessa época muitas escolas americanas e europeias passaram a adotar as teorias global/construtivistas, corrente rapidamente abandonada com base numa mesma conclusão: a filosofia construtivista não continha um método claro e causava grande confusão entre pedagogos. Os resultados nas salas de aulas foram péssimos. Muita invencionice pedagógica e nenhuma ciência cognitiva da leitura e alfabetização. Somente alguns países continuaram aplicando as teorias piagetianas e, por coincidência, são os que tem os piores desempenhos na educação mundial: Brasil e México, por exemplo. Todos os países, líderes no PISA, utilizam o método fônico.
Desde 1990 o país adotou, oficialmente, as propostas construtivistas - temperadas ao sabor ideológico de Paulo Freire - e resultado foi péssimo.
Nos últimos 10 anos o Brasil avançou apenas 1,5 pontos no Ideb, saltando de 4,0 para 5,5 pontos nos anos iniciais do básico. Isto é, apenas 0,15 pontos, por ano. O método global de alfabetização não funciona.
Mesmo o Ideb indicando que o método global/construtivista não alfabetiza, secretarias da educação continuam repetindo o mesmo projeto pedagógico equivocado, esperando resultados diferentes. Dentro de critérios duvidosos desse projeto "político" pedagógico espera-se que a criança esteja "alfabética" até o terceiro ano quando qualquer criança brasileira, com método fônico, pode ser alfabetizada em muito menos de um ano, com autonomia completa na leitura fluente e automatizada, compreensão perfeita, escrita de textos e excelente caligrafia, nas várias formas de letras, inclusive a cursiva.
O QUE É ALFABETIZAR?
A consistência metodológica do sistema fônico tem lastro neurocientífico. O processo de alfabetização é ensinar o funcionamento do sistema de escrito alfabético (relação entre grafemas e fonemas) para se aprender a ler e compreender e, após, escrever, com auxílio das regras ortográficas.
- O processo da compreensão da leitura, entretanto, é um processo diferente. Uma criança que não se alfabetizou já é capaz de compreender da mesma forma que um adulto analfabeto que entende o que se fala ou se lê para ele - diz João Batista de Oliveira, do instituto Alfa e Beto.
"Alfabetizar é diferente de ler e compreender"
A consistência metodológica do sistema fônico tem lastro neurocientífico. O processo de alfabetização é ensinar o funcionamento do sistema de escrito alfabético (relação entre grafemas e fonemas) para se aprender a ler e compreender e, após, escrever, com auxílio das regras ortográficas.
- O processo da compreensão da leitura, entretanto, é um processo diferente. Uma criança que não se alfabetizou já é capaz de compreender da mesma forma que um adulto analfabeto que entende o que se fala ou se lê para ele - diz João Batista de Oliveira, do instituto Alfa e Beto.
"Alfabetizar é diferente de ler e compreender"