O ranking do Enem 2014 é mais uma prova do contundente fracasso da educação nas escolas brasileiras recheadas de teorias pedagógicas ultrapassadas. Só 9 escolas públicas estão entre as 100 melhores do Exame Nacional do Ensino Médio, avaliadas pelo Brasil Escola. Escolas com menos de 50 participantes foram excluídas do ranking. A classificação leva em conta a média das provas do Enem, incluindo redação.
Não por acaso as escolas particulares estão entre as melhores e são maioria. O colégio Christus, de Fortaleza, está em primeiro, seguido pelo colégio Bionatus II (Campo Grande), Bernoulli Unidade Lourdes (Belo Horizonte), São Bento (Rio de Janeiro) e Santo Antônio, também de Belo Horizonte.
O Colégio Aplicação, da Universidade Federal de Viçosa (MG), entre as escolas públicas é a melhor e ocupa a 20ª posição. O colégio Aplicação da Universidade de Pernambuco (21º), Instituto Federal do Espírito Santo (32º), Colégio Militar de Belo Horizonte (66º), Instituto de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (88º), Colégio Militar de Juiz de Fora (92º), Campus I BH-MG (94º), Colégio Pedro II Campus Centro (99º) e Colégio Aplicação, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (100º) são os demais.
Percebe-se claramente que todas as 9 melhores escolas públicas estão ligadas a colégios militares ou universidades que impõe mais rigor na disciplina, exatamente o aposto das invencionices pregadas pelos "doutores" em educação.
Se o Ensino Médio público é um caos, no Ensino Básico a situação é igual. Na semana passada foram divulgados os resultados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo, no Chile, que colocou a educação do Brasil em posições decepcionantes. Nossos alunos ocuparam os mais baixos níveis de aprendizado (I e II numa escala que chega a IV). A avaliação, que é coordenada pelo Escritório Regional de Educação da UNESCO, considerou o desempenho de 134 mil alunos do ensino fundamental, de 15 países, em matemática, leitura e ciências.