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segunda-feira, 11 de março de 2013

Novo escândalo sexual na véspera da eleição do novo Papa

Vaticano é acusado de gastar R$ 58 milhões em complexo que abriga sauna gay.

CHRISTIAN HARTMANN / REUTERS

ROMA — Um dia antes do início do conclave que irá eleger o Papa que substituirá Bento XVI, um novo escândalo sobre o Vaticano tomou conta da imprensa internacional. De acordo com o jornal “Independent”, a instituição religiosa teria gasto € 23 milhões (mais de R$ 58 milhões) em apartamentos de um prédio em Roma que abriga nada menos que a maior sauna gay da Europa.

Segundo a imprensa local, o investimento no imóvel, realizado em 2008 pelo cardeal Tarcisio Bertone, foi realizado graças a generosos benefícios fiscais recebidos pela Igreja Católica durante o governo de Silvio Berlusconi. A propriedade é reconhecida como parte da Cidade Santa. Pelo menos 18 dos cardeais responsáveis pela escolha do Pontífice moram no local. Um deles é Ivan Dias, chefe da Congregação para Evangelização dos Povos, de 76 anos, que vive no mesmo andar onde funciona a sauna. Visto como um conservador, mesmo para os padrões atuais da Igreja, o ex-arcebispo de Bombaim teria ficado “horrorizado” com a descoberta. Uma de suas crenças é de que gays e lésbicas podem ser curados de suas “tendências não naturais através do sacramento da penitência”.

Leitores de sites gays italianos foram rápidos em fazer piadas sobre o tema.

“Se você não pode ir a uma sauna gay por medo de ser visto, o que você faz com milhões de euros roubados de italianos? Compra um bloco de apartamentos com a sauna dentro”, dizia um dos comentários do “Gay.it”.

A denúncia acontece em um momento delicado para a Igreja, que ainda se recupera de especulações a respeito da renúncia de Bento XVI. Chegou a ser dito que a saída do teólogo alemão ocorreu devido à presença de cardeais homossexuais dentro do Vaticano.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Chantagistas ameaçavam divulgar fotos de figuras importantes da igreja em encontros homossexuais.

Próximo do conclave que elegerá um novo Papa, a igreja Católica vive seus mais conturbados dias com denúncias de corrupção, escândalos sexuais e disputas pelo poder. A renúncia de Bento XVI teria motivação em documentos com mais de 300 páginas que vazaram para a imprensa e aponta para o envolvimento de cardeais, inclusive os com direito a voto na escolha do próxima Papa.

Um deles, Keith O'brien, da Grã Bretanha pediu renúncia, aceita por Bento XVI. Keith é acusado de abusar de padres durante mais de 30 anos. Na renúncia alegou o peso da idade, menos de 80 anos. Ele rechaça as acusações dos padres que apresentarão provas na justiça.

O dossiê mostra relações homossexuais na principal cúpula da igreja, mau uso do dinheiro, roubo e corrupção. Entre os escândalos está a denúncia de prostituição de seminaristas e de membros do coro do Vaticano que também atuava como cafetão. Os encontros frequentes ocorriam numa vila fora de Roma, numa sauna, num centro de estética, no próprio Vaticano e numa residência universitária. Existem provas, entre os documentos, do pagamento de altos valores para chantagistas que ameaçavam divulgar fotos dos encontros homossexuais de figuras importantes do clero.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O comunicado de Bento XVI anunciando sua renúncia

"Caríssimos Irmãos,

Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino.

Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado.

Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.
 
Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

BENEDICTUS PP XVI"