Próximo do conclave que elegerá um novo Papa, a igreja Católica vive seus mais conturbados dias com denúncias de corrupção, escândalos sexuais e disputas pelo poder. A renúncia de Bento XVI teria motivação em documentos com mais de 300 páginas que vazaram para a imprensa e aponta para o envolvimento de cardeais, inclusive os com direito a voto na escolha do próxima Papa.
Um deles, Keith O'brien, da Grã Bretanha pediu renúncia, aceita por Bento XVI. Keith é acusado de abusar de padres durante mais de 30 anos. Na renúncia alegou o peso da idade, menos de 80 anos. Ele rechaça as acusações dos padres que apresentarão provas na justiça.
O dossiê mostra relações homossexuais na principal cúpula da igreja, mau uso do dinheiro, roubo e corrupção. Entre os escândalos está a denúncia de prostituição de seminaristas e de membros do coro do Vaticano que também atuava como cafetão. Os encontros frequentes ocorriam numa vila fora de Roma, numa sauna, num centro de estética, no próprio Vaticano e numa residência universitária. Existem provas, entre os documentos, do pagamento de altos valores para chantagistas que ameaçavam divulgar fotos dos encontros homossexuais de figuras importantes do clero.