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terça-feira, 29 de outubro de 2013

O direito do leitor



Por Helio Saboya Filho

No debate sobre biografias travado entre, de um lado, escritores e editores, e, de outro, celebridades, não faltaram judiciosos argumentos contrapondo a liberdade de expressão ao direito de privacidade.

Mas e a respeito do digníssimo leitor, o destinatário da obra?

Biografia não é ficção. A escritora tcheca Janet Malcolm traça uma didática distinção entre um ficcionista e um biógrafo: o primeiro é “dono de sua própria casa e pode fazer nela o que quiser; pode até derrubá-la, se tiver inclinação para tanto”, ao passo que o biógrafo “é apenas um inquilino, que se deve ater às cláusulas do contrato, que estipula que ele deve deixar a casa (conhecida pelo nome de Realidade) nas mesmas condições que a encontrou”.

"Não sou contra biografias não autorizadas, "mas é preciso conversar" (Roberto Carlos)

Ao comprarmos um romance, esperamos “consumir” personagens, situações e locais fictícios, excitando nossa imaginação com suas inverossimilhanças e suas fantasias.

Não nos é dado o direito de reclamar da desarrumação premeditada, da ousadia do dono da casa que eventualmente a bote abaixo conosco dentro, pois ao sermos convidados a entrar nesse espaço já devíamos contar com isso. Se gostamos ou não do que lemos, é outra história.

A mesma condescendência não merece o escritor de não ficção. A casa que habita não é dele; é a realidade. Desarrumando-a, nos oferece um produto defeituoso. Derrubando-a, nos vende escombros, puro entulho literário.

Com cada grupo puxando brasa para sua sardinha em discursos nos quais ética e liberdade não raramente servem para ocultar o fundo pecuniário que os motiva, editores e biografados passaram a advogar complexas teses jurídicas submetidas aos tribunais — o que lhes é de direito, mesmo atuando dissimuladamente em causa própria.

Por parte de nós, apreciadores do gênero, convém apenas advertir que, por mais convincentes as entrevistas com seus protagonistas, por mais fidedignas suas fontes e por mais exaustivas as investigações empreendidas pelo escritor, nada nos livrará do risco de levar para a mesa de cabeceira uma mercadoria estragada, sem nenhuma garantia de qualidade, sem direito a troca, nem a devolução. E isso vale para biografias autorizadas ou não.

Helio Saboya Filho é advogado
Do Blog do Noblat 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

"...vou cantar-te nos meus versos"

"Chico Buarque dando entrevista, poeta que não é"
Blog do Carlos Brickman

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. E ambas não se misturam. Chico Buarque de Holanda falou mais de uma besteira na polêmica sobre biografias -inclusive negando ter dado uma entrevista que foi gravada e filmada. Mas não é por isso que deve ser desqualificado. É um dos maiores letristas brasileiros.

A música de suas canções não é tão boa quanto a letra, mas assim mesmo é de ótima qualidade. Como cantor, é aceitável. Como escritor, é chato. E, quando fala de política, é velho. Mas querer que o compositor de A Banda e de Atrás da Porta atinja nível igual quando fala de política, é pedir demais.

É o mesmo que achar que Pelé, só por ser Pelé, tem de ser um grande compositor. Pelé até acha "o Édson" um bom compositor, como Chico Buarque se acha um bom jogador de futebol (tanto que é titular no time de que é dono, o Polytheama). Pelé, calado, disse Romário, é um poeta; Chico, dando entrevista, poeta é que não é.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Show de Chico cancelado no Recife por falta de público

Por causa dos preços exageradamente altos, o comunista de araque e venerador do ditador Fidel Castro, Chico Buarque, teve seu show cancelado em Recife. Dos 25.000 ingressos colocados à venda, apenas 16 foram vendidos por R$ 350, cada.

Provavelmente seu Chico se imaginou um astro galático depois que esteve em Cuba para receber um prêmio arranjado. No Diário de Pernambuco a nota deixa claro que não foi Chico que cancelou, mas foi a cidade que recusou seu show.

Culpa da imprensa, he, he, he podem até dizer meia dúzia de imbecis, como sempre fazem para justificar as ilicitudes dos seus líderes. Talvez em Cuba ele tivesse casa cheia, mas se o show fosse de graça. Porque cubano, sob o regime dos bufões Castro, não tem dinheiro.

O salário de um professor cubano é de 20 dólares conversíveis por mês e ele precisaria de 9 salários pra pagar por um ingresso. Um valor nada comunista. Para sobreviver em Cuba os trabalhadores roubam das fábricas do governo - lá tudo é do estado - pra vender nas ruas.

“É um absurdo! O cara em outros tempos era o comunista que eu mais admirava na vida, meu arquétipo. Hoje em dia cobra ingressos com preços palacianos, valores de Marajá! Tô fora!”, afirma Ana Maria Luxemburgo, antiga fã agora decepcionada, cita o Diário de Pernambuco.

Alguém defender ditaduras e se beneficiar do "capitalismo selvagem" é prática para poucos, como o comunista de araque que tem o patrocínio do HSBC, um banco nada socialista. Discurso social para fazer tipo e ganância de capitalista. Viva o HSBC, o banco patrocinador do comunista.