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terça-feira, 7 de março de 2023

A verdade sobre Covid 19 apareceu

 Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

"Vírus vazou do laboratório de Wuhan, máscaras e lockdown foram inúteis" foi a manchete da revista Veja em 3 de março deste ano - atualizado em 6 de março - na matéria escrita por Vilma Gryzinski. A articulista começa fazendo mea culpa afirmando que "reconhecer fatos e mudar de ideia são características de quem quer pensar bem - até quando isso parece, equivocadamente, “premiar negacionistas".

A legenda da foto que ilustrou a coluna pede uma reflexão sobre as medidas adotadas para combater o vírus. 

Olhando para trás: passada a pandemia, é hora de examinar como foi enfrentada e se medidas como máscaras para crianças foram razoáveis (zGel/Getty Images)

Vilma alerta que a ideologização sobre o tema  foi "um fenômeno que contaminou até cientistas que deveriam ser a última linha de defesa contra a politização de sua atividade". De um lado os "progressistas" louvando a coitada da abusada ciência e, do outro, conservadores contra a obrigatoriedade do de medidas como máscaras, lockdowns e vacinas.

Evidente que ela se refere as medidas amenas adotadas pela Suécia durante a pandemia e obteve um impressionante resultado: foi o país com o menor número de mortos em toda Europa. Só não foi melhor porque a Finlândia, Noruega e Dinamarca registraram menos mortos que a Suécia. Nestes três países as medidas protetivas, como lockdown, foram praticamente abolidas.

Basta citar que o Japão autorizou a volta às aulas para todos alunos já em junho de 2020, três meses depois da pandemia ser oficializada. Os japoneses já sabiam que as crianças, mesmo contaminadas, não transmitiam o vírus para outras crianças ou para adultos. O sistema imunológico da criança é eficaz para matar o vírus ou atenua-lo, impedindo a contaminação.

No olho do furação, a maioria de nós quis acreditar que uma camadinha de pano ou de papel na frente do rosto nos protegeria do vírus e que ficar em casa era o preço a pagar pela sobrevivência a uma praga incontrolável..- diz Vilma.

Tardiamente o Departamento de Energia dos Estados Unidos admitiu tal e qual o FBI que o vírus saiu do Laboratório de Wuhan onde era estudado. Na verdade o vírus foi detectado em 1 de dezembro de 2019 em Wuhan mas o fato foi negado pelo governo chinês e pela Organização Mundial de Saúde que até o final de fevereiro de 2020 dizia que o  vírus não era transmitido  entre humanos. A OMS não é uma instituição científica, diga-se como fato real. Os que ousaram dizer que o vírus tinha vindo da China foram acusados de racista preconceituoso. Mas a maioria dos cientistas sabia por outra evidência: o animal hospedeiro do vírus não existe. E porque a França não divulgou que o Laboratório de Wuhan era usado para fins militares fato que levou o governo francês acabar com um projeto com a China?  

Fato: uma instituição chamada Cochrane Library, considerada a mais respeitada na análise de intervenções médicas em escala mundial, concluiu que máscaras comuns ou as usadas por profissionais de saúde, as N95, “provavelmente fizeram pouca ou nenhuma diferença” na propagação da doença. Antes da pandemia, serviços médicos de diferentes países e a Organização Mundial de Saúde não consideravam as máscaras efetivas para conter o contágio de doenças respiratórias. (Vilma Gryzinski)

Em todo mundo os políticos, buscando apoio popular, passaram a discursar e agir conforme o interesse político e não cientifico. No Brasil foram os governadores que ditavam as regras enquanto as sociedades científicas calavam-se. Esporadicamente uma ou outra nota sobre tal.

O CDC - Centro de Controle Defesa e Prevenção das Doenças dos Estados Unidos - publicou recentemente que entre os mortos pelo corona vírus, 94% portavam mais de 5 doenças acumuladas como diabete, doença cardíaca crônica, hipertensão, câncer, obesidade, etc e mais de 92% tinham acima de 65 anos. Orientações como "só vá ao hospital quando estiver sentindo falta de ar" ajudaram a piorar.

Médicos foram censurados e banidos das redes sociais por afirmar que as medidas adotadas pelos governantes para conter artificialmente o vírus eram inadequadas e a maioria que citou os fatos acima e confirmados verdadeiros pela ciência foram barrados pelo Facebook.

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Como as vacinas funcionam e como são desenvolvidas e testadas?

Edward Jenner criou a primeira vacina, contra a varíola, antes da descoberta do vírus.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Como funciona a vacina, quais são seus tipos e como são produzidas, testadas e aprovadas?
Ao contrário do que pensam alguns leigos, a aprovação de uma vacina não depende da "opinião de cientistas" mas dos resultados dos testes, em várias fases, para verificação da sua eficiência e segurança.

De onde vem a palavra vacina?

Primeira criança imunizada
Edward Janner, um médico inglês, percebeu que moradores da zona rural da sua região não se contaminavam com o vírus da varíola. Jenner descobriu que eles contraiam um tipo de vírus da varíola bovina, mais leve, das vacas que ordenhavam e, por isso, tornavam-se imunes ao vírus da varíola que sequer era conhecido por volta de 1796.

Jenner retirou a lesão de uma ordenhadeira e inoculou em James Phipps, garoto de 8 anos, filho de um jardineiro. O menino adquiriu a varíola, de forma branda e se curou.

Vacinnus, do latim, significa "derivado da vaca" ou "da vaca", termo que passou a ser usado em homenagem a Jenner, morto por AVC em 1823.

Como funciona uma vacina?

As vacinas são criadas para reduzir o risco de se contrair uma doença. As vacinas criam anticorpos que protegem seu corpo passando a reconhecer bactérias ou vírus invasores e combatendo-os. Os anticorpos são proteínas produzidas naturalmente pelo sistema imunológico do corpo.

 Quais são os tipos de vacinas?

Existem vacinas produzidas com vírus morto ou inativado, vacinas com vírus vivos atenuados e vacinas Messenger RNA, de tecnologia mais recente e, ainda, em experimentação.

No primeiro caso, os vírus da doença são cultivados em laboratórios e depois mortos com calor ou produtos químicos. A partir desses vírus inativados são produzidos as vacinas. Mesmo "mortos" o sistema imunológico cria anticorpos que reconhecerão vírus invasores do mesmo tipo e retém sua evolução no organismo.

No segundo caso, vírus vivos são atenuados por processos diversos que reduzem sua força. Enfraquecidos, os vírus não conseguirão evoluir no organismo. Esses dois processos produzem as vacinas mais eficientes e seguras, com baixa taxa de riscos.

No terceiro caso não se usa vírus para produção de vacinas mRNA. Esta é uma tecnologia sintética já que o processo manipula o DNA do corpo. Esta vacina "ativa um neutralizador" que aciona o sistema imunológico do corpo que combate o vírus. Por enquanto não há respostas científicas para possíveis reações do organismo pela manipulação do DNA.

Além dos vírus a vacina contém ingredientes ajudam a preserva-la por algum tempo.

Como as vacinas são desenvolvidas e testadas?

As vacinas mais comumente usadas já existem há décadas, com milhões de pessoas recebendo-as com segurança todos os anos. Como acontece com todos os medicamentos, toda vacina deve passar por testes extensivos e rigorosos para garantir que seja segura antes de poder ser introduzida em um país.

Fases dos testes experimentais

Uma vacina experimental é testada pela primeira vez em animais para avaliar sua segurança e potencial para prevenir doenças. Em seguida, é testado em ensaios clínicos humanos, em três fases:

Na fase I, a vacina é administrada a um pequeno número de voluntários para avaliar sua segurança, confirmar se ela gera uma resposta imune e determinar a dosagem certa.

Na fase II, a vacina geralmente recebe centenas de voluntários, que são monitorados de perto quanto a quaisquer efeitos colaterais, para avaliar melhor sua capacidade de gerar uma resposta imune. Nessa fase, os dados também são coletados, sempre que possível, sobre os desfechos da doença, mas geralmente não em números grandes o suficiente para ter uma imagem clara do efeito da vacina sobre a doença. Os participantes dessa fase têm as mesmas características (como idade e sexo) das pessoas para as quais a vacina se destina. Nesta fase, alguns voluntários recebem a vacina e outros não, o que permite fazer comparações e tirar conclusões sobre a vacina.

Na fase III, a vacina é administrada a milhares de voluntários - alguns dos quais recebem a vacina experimental e outros não, assim como nos estudos de fase II. Os dados de ambos os grupos são cuidadosamente comparados para verificar se a vacina é segura e eficaz contra a doença contra a qual se destina.

Resultados

Assim que os resultados dos ensaios clínicos estiverem disponíveis, uma série de etapas é necessária, incluindo análises de eficácia, segurança e fabricação para aprovações de políticas regulatórias e de saúde pública, antes que uma vacina possa ser introduzida em um programa nacional de imunização.

Após a introdução de uma vacina, o monitoramento próximo continua a detectar quaisquer efeitos colaterais adversos inesperados e a avaliar a eficácia no ambiente de uso rotineiro entre um número ainda maior de pessoas para continuar avaliando a melhor forma de usar a vacina para obter o maior impacto protetor. Mais informações sobre o desenvolvimento e segurança de vacinas estão disponíveis aqui.