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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Não preciso que o Estado me diga o que comer

Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Dois projetos foram aprovados pela assembléia paulista e aguardam sanção do governador Geraldo Alckmin.

Um proíbe a venda de alimentos acompanhados de brinquedos e, o outro, prevê a proibição de propaganda de alimentos "pobres em nutrientes e com alto teor de açúcar, gorduras saturadas ou sódio" em rádio e televisão, entre 6 e 21 horas. Este último é do deputado Rui Falcão, presidente do PT e o governador Geraldo Alckmin já vetou. Além de um amontoados de asneiras o projeto é inconstitucional.

Muitos devem ter exclamado que, finalmente, alguém teve a boa ideia de proibir lanches com brinquedos, uma tremenda inconveniência para país que entram no McDonald's com seus filhos e pagam mais pelo hambúrguer. Mas, apesar das boas intenções das leis, eu não concordo.

Quem é o Estado pra dizer o que devo comer?   

Evidente que não estou a favor dessa venda casada. Claro que não. Se tem algo que me irrita, aliás, é pressão para que eu compre algo que não preciso ou não queira.

O que quero dizer é que eu não preciso que o Estado faça o que eu devo fazer: analisar, discernir e decidir se devo entrar nesse ou aquele estabelecimento, comprar ou não este ou aquele alimento. E, quanto aos netos, não preciso do Estado para convence-los que nossa ida a lanchonete é pra comer. Quando saio com eles, sem muito esforço, pergunto apenas se querem lanches ou se estão atrás dos brinquedos. Nada muito complicado, sem traumas e sem birras.

Entretanto, sem perceber, o cidadão se acomoda esperando que o Estado, geralmente incompetente e corrupto, decida por ele através de leis, as vezes, esdrúxulas, como a que proíbe a propaganda de alimentos fora de determinados padrões. Quais são alimentos saudáveis e não saudáveis? Quem pode anunciar ou não? E, proibir resolve?

Nos Estados Unidos uma escola impôs um cardápio de 850 calorias como ideal para uma boa saúde. Foi abandonada porque concluiu-se que cada caso é um caso. A equipe de atletas, por exemplo, necessitava mais que isso. Mesmo com tantas leis os americanos engordaram. Melhor que leis, consciência.

Lembro que, há muito tempo, anunciou-se a criação de uma gordura, muito melhor que a animal e que "não fazia mal a saúde". Durante décadas todos se entupiram com a famigerada gordura trans. Quer um conselho? Não aceite conselhos.

Mas se quiser um, coma de tudo, moderadamente: hambúrgueres, saladas, picanhas, massas, ovos, queijos, chocolates, sorvetes, churros, peixes, churrascos, picanhas, churrascos, picanhas, churrascos, chocolates, picanhas, churrascos, picanhas...