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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Produzir carros no Brasil é 23% mais caro que nos Estados Unidos


O mesmo Honda Cyt que sai da fábrica em Sumaré: R$ 60 mil no Brasil e R$ 35 mil no México.

O Honda City, motor 1.5, custa no Brasil mais de R$ 60 mil enquanto este mesmo carro, fabricado em Sumaré, São Paulo, é colocado no México por R$ 35 mil. Aqui são 36% de tributos e no México apenas 18%. Isento de impostos e sem os 10% de lucro da concessionária, o Honda teria um preço limpo de R$ 33 mil no Brasil. E isso tem explicação, além da ganância dos empresários por lucro maior? Antes de responder, analise.

Não são apenas os impostos que causam a grande diferença de preços. O custo Brasil é altíssimo hoje e o grande responsável pela falta de competitividade dos produtos brasileiros, lá fora. Os principais componentes para a fabricação de veículos, o aço e o plástico, custam 30% a 40% mais caros no Brasil que em outros países, decorrente da tributação pesada do governo e cada dia maior. Basta citar que em 2004, produzir aqui, era mais barato que produzir nos Estados Unidos, pelo menos 3%. 10 anos depois, produzir no Brasil ficou 23% mais caro que nos Estados Unidos, segundo a Boston Consulting Group.

O Brasil é o quarto país menos competitivo do mundo por várias razões: salários altos e baixa produtividade do trabalho, custos altos de energia elétrica, gás e taxas de câmbio. A infra estrutura não é ideal e faltam investimentos. O problema é que ninguém investe num país onde o governo, na hora que der na telha, muda as regras do jogo ou estatiza. Isso não inspira nenhuma confiança. Exemplos? Brasil, Argentina, Venezuela, Bolívia... Considere também que para colocar esse produto à venda gera custos da concessionária, infra-estrutura, mão de obra e um batalhão de funcionários só para administrar a burocracia tributária.

O preço maior não é tanto da ganância do empresário por lucro maior, mas é o valor da incompetência do governo federal que é paga pelo consumidor final. Não só em carros, mas em todos os produtos vendidos no país. Mas grande parte dos preços excessivos vem da alta demanda - o comprador não se importa com o preço e paga por ele, mesmo sabendo que lá fora é muito menor.

No Brasil a maioria dos produtos/serviços tem uma alta carga de impostos, como o telefone celular pós-pago. Aqui o imposto sobre ligações é de 42%. No Japão, apenas 5% e na Coreia do Sul, 10%. O gás de cozinha está taxado com 22% de tributos. Nos Estados Unidos 15% e Inglaterra 18%. No Brasil o telefone fixo é tributado em 32% enquanto nos Estados Unidos o imposto é de 3% e na Inglaterra, 17,5%. A conta de energia elétrica no Brasil tem 31% só de impostos. Nos Estados Unidos 7% e na Inglaterra, 5%.

É bom lembrar, para todos os efeitos, que o governo "não produz nada", ao contrário, investe mal, é paquiderme e corrupto (veja a festa na Petrobras, mensalão e todas as obras onde se pega comissão). Quem gera riqueza é a iniciativa privada. Gerava, diga-se melhor. Com baixo crescimento do PIB, inflação alta e juros estratosféricos aliados a tributos violentos, a indústria parou. Entramos em recessão.

A ganância dos empresários por lucros pode ser grande mas, muito menor que a impiedosa tributação do governo federal. Afinal, para cobrir tanta incompetência e desvio, só apunhalando o povo que mal sabe de onde vem a culpa.

sábado, 20 de julho de 2013

Gestão de qualidade e vergonha na cara


Quando o Secretário-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho,disse que as manifestações que tomaram as ruas de todo país eram tão barulhentas quanto incompreensíveis, ficou claro que a elite governante está mais embriagada pelo poder do que poderia se imaginar.

A demanda das ruas era clara desde os primeiros momentos se se tivesse observado o comportamento das massas pelas redes sociais (já que faltou sensibilidade política): prioridade nos investimentos, combate a corrupção, saúde, transporte, educação, segurança, clamor que ainda se mantém perigosamente vivo para a classe política.

Tal e qual a revolução francesa que começou com um violento protesto contra o preço do pão e abriu um leque de queixas acabando com a queda da Bastilha em 14 de julho de 1789, o brasileiro foi para as ruas protestar primeiro do preço das tarifas do transporte urbano. Depois contra o desdém dos governantes. Mais claro só se desenhar.

O Brasil de hoje se compara a França pouco antes da revolta. Lá os nobres, aliados ao clero, arrombavam os cofres levando o país a uma grave crise na economia sempre paga pelos povo que sofria com os altos impostos. Os nobres políticos brasileiros se incumbiram dos assaltos aos cofres públicos - do mensalão, corrupção, cabide de empregos, uso da frota aérea de defesa do país para assistir futebol e festas de casamentos, investimentos em estádios - e malversação do dinheiro em detrimento dos serviços oferecidos ao povo. Só para lembrar, em 2012 mais de 60 bilhões foram para o esgoto da corrupção.

Proporcionalmente os Estados Unidos e a Suíça arrecadam menos impostos que o Brasil. Lá a carga é de 27% e 29% do PIB, respectivamente. Aqui, 36%. A diferença é que os serviços oferecidos naqueles países tem qualidade. Na Suíça, mesmo investimento menos em saúde - 7% do PIB - a taxa de mortalidade infantil é de 4 para cada grupo de 1000 contra 20 no Brasil. Portanto, o problema não é investir mais dinheiro, mas qualidade de gestão. 

A educação vai mal não apenas por falta de investimentos, mas pela infraestrutura montada sobre interesses políticos e não profissionais e por métodos de alfabetização que comprovadamente não funcionam. Somos os últimos colocados em todas avaliações em educação. Quem vai contestar?

O país não precisa de plebiscito, mas de vergonha na cara dos seus governantes e gestão de qualidade. Ou a Bastilha cai.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Senadores canalhas

Os senadores aprovaram projeto de lei que os livra do pagamento de imposto de renda sobre o 14º e o 15 º salários. O valor era custeado pela própria casa. Cada salário extra está em R$ 26,700,00. Nenhum senador se manifestou na tribuna durante a votação que durou cerca de um minuto e foi conduzido pelo presidente do Senado José Sarney. A matéria já seguirá para promulgação.

O Brasil é um dos países que mais impostos recolhe dos contribuintes. Cerca de 23% da renda do trabalhador é comprometida ao pagamento de impostos sobre consumo, como ISS e ICMS. Isto significa afirmar que o brasileiro trabalha 85 dias do ano só pra pagar esses tributos.

Próximo de 43,6% são impostos sobre consumo. Quando você compra um televisor, 44,9% são impostos e um aparelho de som, cerca de 38%. Pra se ter uma idéia R$ 281,4 bilhões de reais já foram arrecadados em 2012 apenas com ICMS e até o final do ano chegará a R$ 325,7 bilhões de um único imposto.

Pois bem, além dos senadores receberem dois salários extras por mês, para três dias de trabalho por semana, ainda não querem pagar impostos. É canalhice demais, concorda? Tão nesfastos quantos os corruptos mensaleiros.