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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Liberdade de imprensa no Brasil é grave


Por Jamil Chade / Estado de S. Paulo

Brasil cai em ranking de liberdade de imprensa

A violência contra jornalistas durante a campanha eleitoral para prefeito em outubro fez o Brasil despencar no ranking de liberdade de imprensa no mundo. Dados divulgados hoje pela entidade Reporteres Sem Fronteira apontam que o Brasil ocupa a posição de número 108 entre os países no que se refere à liberdade de imprensa. No total, 179 países foram avaliados.

Em apenas um ano, o Brasil caiu nove posições. Hoje, Libéria, Uganda, Paraguai e Guine Bissau estão melhor posicionados que o País no ranking.

Em 2011, o Brasil já havia perdido 41 lugares no ranking. “O cenário da imprensa está gravemente distorcido (no Brasil)”, indicou a entidade. “Altamente dependente das autoridades políticas em nível estadual, a imprensa regional está exposta a ataques, violência física contra seus funcionários e ordens judiciais de censura, que também atingem os blogs”, apontou.

Segundo a instituição, a violência contra jornalistas na campanha para as eleições municipais de 2012 agravou ainda mais a situação, principalmente longe dos grandes centros de poder do País. O ano, segundo dados de várias entidades internacionais, foi um dos mais mortais para a imprensa brasileira.

O líder do ranking é a Finlândia, seguida por Holanda e Luxemburgo. Os Estados Unidos aparecem apenas na 32ª posição. Coréia do Norte, Eritreia e Síria estão entre os locais com o pior desempenho em relação à liberdade de imprensa.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Augusto Nunes: criminosos não merecem respeito


07/11/2012
 às 17:30 \ Direto ao Ponto
Augusto Nunes

Os quadrilheiros condenados sonham com a extinção do jornalismo independente

Decidido a desmentir a suspeita de que a seita lulopetista sonha com a censura à imprensa, o ex-jornalista Rui Falcão confirmou-a no artigo publicado pela Folha de 2 de novembro. “Nos últimos dias, ressurgiram os rumores de que PT pretende retaliar os ataques infundados que sofreu propondo censura à mídia. Nada mais mentiroso”, mentiu o presidente do partido. “O PT apenas quer debater na sociedade e no Congresso a necessária regulação da mídia, com o fito de alargar a liberdade de expressão e fortalecer a democracia.”
Linhas adiante, o mitômano sem cura rasgou a fantasia: “Nosso partido fará agora uma profunda avaliação sobre as injustiças de que tem sido alvo, em reunião do nosso diretório nacional ainda neste ano”, entregou-se. Injustiças cometidas pelo jornalismo independente, claro. Falcão encerrou o palavrório com uma piada: “O PT continuará defendendo a ética e a democracia, a despeito daqueles que discordam desses valores”.
Como jamais perde qualquer chance de errar, José Dirceu entrou na conversa para endossar a discurseira do companheiro ─ e transformou a suspeita em certeza. No começo da semana, o ex-ministro condenado pelo STF por corrupção ativa e formação de quadrilha elogiou Rui Falcão por ter desmontado a boataria espalhada pelo que agora chama de “grande e velha mídia”. Nesta quarta-feira, ao discursar no 35° Congresso Nacional de Jornalistas, entregou-se também.
“O Congresso realiza-se num momento crucial em que o país retoma a discussão da regulação da mídia, um debate que deverá intensificar-se em 2013″, avisou o orador. Conversa fiada. O que o país anda discutindo é a pena que deve ser aplicada aos quadrilheiros do mensalão. E o que vai intensificar-se em 2013 é o combate à corrupção apadrinhada pelos donos do poder.
O que Dirceu e Falcão chamam de “regulação da mídia” é a velha e sórdida censura à imprensa. Caprichando na pose de inocente, o coro dos candidatos à cadeia grita que os ministros do STF sucumbiram às pressões da imprensa conservadora. “As condenações foram influenciadas pela mídia”, garante o refrão composto por Dirceu. Coisa de vigarista. Os mensaleiros foram castigados porque atropelaram o Código Penal e passaram os anos seguintes confiantes na impunidade perpétua.
Ao comentar as denúncias de Marcos Valério que confirmam seu envolvimento no caso Celso Daniel, o caixa-preta Gilberto Carvalho dispensou-se de acionar judicialmente o acusador com uma justificativa esperta: “É preciso respeitar o desespero dele”. Desesperada está a turma do mensalão, corrige o berreiro dos condenados. Mas criminosos não merecem respeito.