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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O homem que matou o PT


Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O grande derrotado nas urnas em 2016 foi Lula, o populista a quem se creditou a liderança das esquerdas mas que se mostra, apenas, um indigente intelectual útil para as causas mofadas da "luta do proletariado". O desesperado Luiz Inácio tentou, em vão, hastear bandeiras das "diretas já, golpismo e perseguido político" unicamente para tentar se salvar da iminente prisão e condenação por corrupção, lavagem de dinheiro e, provavelmente, formação de quadrilha, como se desenha a investigação da Polícia Federal. Por último Lula espalha que Moro está à serviço dos Estados Unidos, a mesma tática usada por Fidel Castro contra os "imperialistas" norte americanos.

Por incrível que pareça, existem os que creem que o FBI está por trás de uma campanha montada pelos gringos, por conta do petróleo do pré- sal anunciada em 2005 como grande descoberta. Na verdade a British Petroleum já sabia, desde 1978 ,mas sua exploração foi considerada economicamente inviável. O primeiro mundo, faz décadas, pesquisa, busca e encontra novas fontes de energia, desprezando o petróleo. A Venezuela, que apostou nos seus poços, afundou.

No Estado de São Paulo, dos 645 municípios, o Partido dos Trabalhadores elegeu apenas oito prefeitos contra 72 nas eleições anteriores, um tombo de 88%. Entre as 14 cidades que realizarão segundo turno somente Santo André e Mauá terão concorrentes petistas.

Em São Bernardo o próprio filho de Lula sequer conseguiu se eleger vereador. Marcos Cláudio Lula da Silva obteve apenas 1.504 votos e colocou-se em 58º lugar ao contrário do primeiro colocado, Pery Cartola, que recebeu 7.540 votos. Pery é do PSDB. Dona Marisa Letícia se empenhou na campanha, pelo filho, mas não foi cabo eleitoral suficiente para garantir a eleição. No berço do PT e casa de Lula, o candidato Tarcisio Secoli  ficou em terceiro na disputado pela prefeitura e caiu fora. PSDB e PPS disputarão o segundo turno.

Metade dos prefeitos petistas eleitos em 2012, no estado paulista, abandonaram o partido com o impeachment de Dilma e o avanço nas investigações que colocam Lula no olho do furação da corrupção. Em São Paulo o PT foi varrido pela vitória estrondosa de João Dória, do PSDB, já no primeiro turno, evidente condenação do eleitorado à política do petista/poste Fernando Haddad. Em Santos, Carina Vitral, candidata do PC do B, em coligação com o PT, levou uma surra do seu oponente Paulo Alexandre Barbosa, do PSDB, reeleito com mais de 172 mil votos. Carina, de 28 anos, conseguiu apenas 14.650 votos. Ela é presidente da UNE, União Nacional dos Estudantes e promoveu intensa campanha contra o impeachment de Dilma Rousseff. Foi reprovada pelo eleitor mesmo com a presença de Lula em seu palanque.

Nacionalmente, o fiasco foi fragoroso. Em Porto Alegre, o petista Raul Pont sequer passou para o segundo turno com seus 16,37% de votos, em terceiro lugar. Dilma gravou participação nos programas eleitorais em favor do candidato. Luiziane Lins, ex-prefeita de Fortaleza, mesmo com suporte de Lula e muita gana do PT, ficou em terceito (15,06%). Em Porto Velho o petista Roberto Sobrinho teve registro cassado pela Justiça Eleitoral como ficha suja. Em Recife o ex-prefeito do PT, João Paulo, chegou ao segundo turno com 23,7% dos votos contra 49,34% de Geraldo Júlio, do PSB. Em Salvador, ACM Neto, do CDEM, obteve  73,99% dos votos válidos e caminha para a recuperação do governo do estado em dois anos.

Lula é o grande derrotado. O maior de todos. O deus petista é uma sombra amarga, em agonia política e moral, vítima de uma doença incurável: a falta de caráter. Lula é o homem que matou o PT.