- Tentam me calar porque divulgo a Cuba real.
É assim que a Revista Veja manchetou sua entrevista com Yoani Sanches, a blogueira cubana que denuncia a ditadura em seu país. Presa e torturada várias vezes, Yoani não cedeu e continuou sua luta de denúncias contra um regime totalitarista que não respeita liberdades. Em 2012 foram mais de seis mil e seiscentas prisões arbitrárias de dissidentes. Para viajar ao exterior só com autorização do governo. Antes, nem isso. Era proibido sair. E os que tentavam fugir pelo mar eram presos e fuzilados. Cuba mantém presos de consciência e muitos morreram no "paredon" sob ordens de um grande assassino chamado Che Guevara, um guerrilheiro de competência duvidosa e conhecido pelo mal cheiro. Seu apelido era rim cozido.
Jornal, só um, o oficial Granma, jornaleco do Partido Comunista. Tal e qual a televisão que Fidel discursa durante seis horas intermináveis nas comemorações oficiais da revolução. Agora o povo cubano tem outra opção para audiência de TV: o canal da Venezuela até então comandada pelo falecido Hugo Chavez. Os celulares somente agora estão chegando ao país.
Jornal, só um, o oficial Granma, jornaleco do Partido Comunista. Tal e qual a televisão que Fidel discursa durante seis horas intermináveis nas comemorações oficiais da revolução. Agora o povo cubano tem outra opção para audiência de TV: o canal da Venezuela até então comandada pelo falecido Hugo Chavez. Os celulares somente agora estão chegando ao país.
Em troca de 100 mil barris diários de petróleo Cuba manda para a Venezuela 30 mil médicos e dentistas. E, para fugir das péssimas condições de trabalho na ilha, muitos fogem para os Estados Unidos. De 2 mil que pediram visto americano, desde 2006, 500 vieram da Venezuela.
Yoani Sanches, recebida com protestos por meia dúzia de jovens controlados pelo PT e pela embaixada da Cuba no Brasil, sugere algo simples aos baderneiros: que morem em Cuba para conhecer a “realidade de um mercado racionado, dualidade monetária, falta de liberdade e impossibilidade de se manifestar na rua”.
A dissidente cubana disse que não se amedrontou com as provocações porque já conhece os métodos em Cuba: coação e difamação. Pior que isso: já esteve presa e foi torturada. "Cuba não vive um comunismo, mas um capitalismo de estado. Recomendaria que cada um deles morasse um tempo em Cuba para viver na pele a realidade de um mercado racionado, dualidade monetária, falta de liberdade, impossibilidade de se manifestar na rua. Depois desse tempo, duvido que continuem a defender o governo cubano. Tentam me calar porque divulgo uma Cuba menos parecida com o discurso político e mais parecida com a rua. Uma Cuba real" diz Yoana.
Ela conta que as pessoas escondem suas opiniões com medo de represálias, jovens querem imigrar por falta de expectativa, o estado controla tudo e os trabalhadores roubam das fábricas do governo para sobreviver. Aposentado ganha 15 dólares conversíveis e, por isso, é comum vê-los vendendo cigarros na rua.
Tudo em Cuba é racionado. Mas todos tem direito a uma cota de alimentos com preços subvencionados pelo governo que dá para duas semanas. No resto do mês se socorrem ao salário de 20 dólares em média, cerca de R$ 40. Considere que um litro de leite em Cuba custa R$ 3,60. Para sobreviver, roubam das fábricas do estado para vender no mercado negro, exercem atividades ilegais - como dirigir táxis - ou se prostituem. Segundo Yoani, Cuba hoje depende dos dólares enviados pelos cubanos que conseguiram fugir.
Uma coisa chateia Yoana: os jovens cubanos se fascinam pelos americanos que eles chamam de "yuma", uma expressão não pejorativa.
Falta tudo nos hospitais cubanos, até água corrente |
Cada paciente leva lençóis, desinfetantes, agulhas, linhas de sutura |
Banheiros imundos e sem água corrente. A higiene em muitos hospitais é feito com água levada pelo próprio paciente. |
A "revolucion" foi o caminho para a ditadura |
Cotidiano em Cuba |
Muita propaganda e nenhum resultado: o ídolo Che Guevara foi um guerrilheiro de competência duvidosa |
Aposentados ganham 15 dólares conversíveis por mês |
Shopping cubano |
Fidel Castro: o herói na derrubada de Fulgêncio e ditador assassino quando assumiu o poder |
Apenas 4 hospitais em melhores condições para atender estrangeiros, cubanos casados com estrangeiros, militares e políticos |