Carlos Ayres, ex-presidente do STF |
"É o chamamento das instituições para o cumprimento do papel que lhes cabe, de atuar como locomotiva social. Nesse momento, o povo não é vagão, é a própria locomotiva de seu destino. Isso confere a ele, povo, a mais legítima autoridade para passar um pito nas autoridades instituídas", disse Ayres Britto durante reunião do Colégio dos Procuradores da República sobre a PEC 37, proposta de emenda à Constituição que limita as investigações do MP.
Para Ayres Britto, como não houve violência, o movimento deve "ser saudado como expressão da mais depurada e até avançada democracia".
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, também defendeu as manifestações. "Isso mostra, como tenho afirmado, que não é tema que interessa apenas ao Ministério Público e à polícia, nem mesmo apenas ao sistema de Justiça, mas algo que interessa à toda nação, toda sociedade. O fato de esses jovens que ocuparam ruas brasileiras manifestando preocupação com grandes temas nacionais, incluir entre esses temas a PEC 37, evidencia que a sociedade brasileira como um todo está preocupada", destacou o procurador.