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quinta-feira, 11 de junho de 2015

A privataria petista


Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O PT passou a vida carregando a bandeira contra as privatizações e acusando a direita de entregar o patrimônio público para a iniciativa privada. Discursos históricos marcaram a diferença ideológica entre PT e PSDB, neste campo. 

Pois é, contrariando as teses do próprio partido, Dilma Rousseff lançou terça feira, 11 de junho de 2015, um imenso pacote de privatizações nos mais importantes segmentos da infraestrutura do Brasil: ferrovias, estradas, portos e aeroportos vão para a iniciativa privada. O valor financiado do pacote chamado de Programa de Investimentos e Logística é de R$ 198,4 bilhões.

Isso ocorre no exato momento dos preparativos para a organização do 5º Congresso do Partido dos Trabalhadores que será realizado de quinta a sábado, em Salvador, que pretende discutir, pasmem, a reestatização dos setores da economia. O anúncio se choca frontalmente contra todas as teses que o partido vem pregando durante sua existência, particularmente a outorga de serviços públicos na infraestrutura. O tiroteio confronta os vários setores do partido que vê a administração petista se transformar num governo neoliberal comandado por Joaquim Levy, o representante máximo do mais capitalista neoliberal do país.

O PT ficou sem discurso.

O modelo adotado para as "concessões socialistas" é idêntica a da "privataria tucana". Some-se a rendição do PT às privatizações com as bandeiras já arriadas, como a de dar um salário mínimo decente ao trabalhador, por exemplo. Segundo o Dieese, o salário mínimo necessário, hoje no Brasil, deveria ser de R$ 3.118,62 (levando em conta os gastos de uma família com alimentação, saúde, moradia, educação, higiene, vestuário, transporte, lazer e previdência) e não os R$ 788 oferecidos pelo governo atual.

Ao contrário do discurso oficial, Dilma Rousseff começou seu novo governo tirando benefícios do trabalhador, roubando os pensionistas, mantendo um salário de fome e privatizando.

As bandeiras do PT se transformaram em panos de chão.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Algo está errado. E muito.

Família do assassino do segurança pode receber R$ 971,78 do governo

Jonathan Camargo Grejo, o assaltante que matou o segurança Sebastião Rodrigues Mourão, morto com um tiro na cabeça, pode ficar paraplégico. Ele foi ferido com um tiro no estomago (a bala alojou-se na coluna) e continua continua internado no HC em Marília onde poderá, após alguns exames, ser operado da coluna. Enquanto isso uma escolta policial se mantém no hospital mantendo sua guarda. Depois pode ser transferido para alguma unidade própria para cadeirantes e sua família receber R$ 971,78 por mês, conforme assegura a lei aprovada em 2010.

Além de Jonathan Camargo Grejo, de 22 anos, outros dois comparsas foram presos: Roger Luiz Cardoso Moura, de 23 anos e Júlio Cesar de Almeida, de 39.

O segurança levou um tiro na testa e, atendido no HC, não resistiu e morreu 24 horas depois. Márcia Mourão, esposa do agente penitenciário (fazia bico como segurança para sustentar a família), levou outro susto quando chegou em sua residência após sepultar o marido: sua casa tinha sido arrombada e tudo foi roubado.

Algo está errado?

Um funcionário do governo precisa dobrar seu turno de trabalho para sustentar a família e a família do seu assassino, hipoteticamente, pode receber um salário de R$ 971,78 (por dependente), 30% superior ao do salário mínimo percebido por um trabalhador? Concede-se ao assassino o direito a uma prisão especial para cadeirante, salários e tantos benefícios - assegura a lei - enquanto os trabalhadores se amontoam e morrem nos corredores de hospitais?

Quem aprovou essas leis?
E a sociedade permanecerá calada, restrita a reclamos esporádicos?
Onde estão os culpados por essas inversões de valores e que tipo de reação devem sofrer?
Até quando a sociedade suportará tanta estupidez?