Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza
Ideb é a sigla para Índice de Desenvolvimento da Educação Básica com escala entre zero e dez. Quanto maior, melhor o índice. Dois conceitos básicos - aprendizado e taxa de aprovação de alunos - dão o resultado final. O aprendizado é medido por provas do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) com alunos do 5º e 9º anos e o fluxo representa unicamente a "aprovação". Curioso é que, quase todos os alunos, são "aprovados" após a realização do polêmico Conselho de Classe. O Ideb inclui escolas da rede pública e rede privada.
A realização anual desta avaliação deveria servir como balizamento e ferramenta para idealizar mudanças buscando melhorar a educação mas, não é o que realmente acontece. A alfabetização que deveria ocorrer já no primeiro ano do Ensino Básico se arrasta com dificuldades de leitura e interpretação nos anos seguintes. A criança que foi alfabetizada pelo método sócio construtivista está condenada ao analfabetismo funcional.
A meta do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) para o Ensino Básico é chegar com Ideb 6,0 até o ano 2022. Pelo nível aferido em 2017, o Brasil só chegará nesse patamar se fraudar os resultados.
Todos os indicadores produzidos no Brasil ou elaborados em estudos no exterior, apontam graves problemas na alfabetização. A neurociência já provou a ineficácia do método sócio construtivista e os resultados do Ideb, também.
UNESCO: ÍNDICES DO ENSINO BÁSICO RUINS
Os resultados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo, no Chile faz 4 anos, colocam a educação do Brasil em posições decepcionantes. Nossos alunos ocuparam os mais baixos níveis de aprendizado (I e II numa escala que chega a IV). A avaliação, que é coordenada pelo Escritório Regional de Educação da UNESCO e considerou o desempenho de 134 mil alunos do ensino fundamental, de 15 países, em matemática, leitura e ciências. Na disciplina de matemática 60,3% dos alunos do 4º ano e 83,3% dos alunos do 7º ano ficaram nos níveis I e II. Somente 12% (do 4º ano) conseguiram atingir o nível IV e só 4% dos alunos do 7º ano chegaram neste patamar. Em leitura 55,3% do 4º ano e 63,2% do 7º ano ficaram nos dois primeiros piores níveis da avaliação. O vexame continua: 80,1% dos alunos brasileiros do ensino básico ficaram nas classificações mais baixas em ciências naturais.
Pelos métodos utilizados na alfabetização no Brasil as crianças (que deveriam terminar o primeiro ano escrevendo, lendo e compreendendo o que leem) levam 4 a 5 anos para concluir o processo e com um agravante: alguns leem mas não compreendem um simples enunciado de uma questão de matemática, por exemplo.
BREJO SANTO X CAMPINAS
Método fônico humilha método global/construtivista
Os da rede municipal da pequena cidade de Brejo Santo, no Ceará, com pouco mais de 48 mil habitantes e renda per capita baixa, conseguiram um ótimo índice de 7,9 no Ideb de 2017 (aprendizagem 8,1 e fluxo de 0,99). O IDH de Brejo Santo é baixo: 0,647. Há 8 anos o Ideb desta pobre cidade cearense era de 1,9. Em 2007 o Ideb foi de 3,0 e em 2015 seu Ideb chegou a 8,21, melhor que muitas capitais.
Por que os alunos evoluíram tanto, em tão pouco tempo? Simples: os métodos e metodologias de alfabetização, carregadas de invencionices pedagógicas, foram postas no lixo e implantou-se o Método Fônico. Chega-se a 99% o índice de alfabetização no primeiro ano do ensino básico. Fim do trilho para teorias mofadas de Piaget e condenadas pela ciência.
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O aproveitamento em matemática entre alunos do 5º ano chega a ser de 100%, uma humilhação que deveria convencer os professores que ostentam títulos de "doutores em educação" mas defendem método e metodologias de alfabetização... que não alfabetizam. Prova é Campinas e milhares de escolas brasileiras obrigadas a adotar tais modelos de educação.
Campinas, com IDH alto de 0,805 e população de mais de 1.200.000 habitantes conseguiu apenas 6,1 no Ideb. Só 6,1. Método utilizado:sócio construtivista. Resultado: caos.
Os "doutores em educação" defensores das teorias construtivistas - um enorme engano pedagógico - sempre justificaram os péssimos resultados apontando para a condição social do aluno. Oras, Sobral, Brejo Santo e dezenas de cidades que obtiveram altas notas no Ideb estão em estados mais pobres do país e com baixíssimo investimento na área, comprando-se com grandes centros. Enquanto Sobral conseguiu atingir 9,1 (Ideb 2017), São Paulo e Campinas não passaram de 6.1, no mesmo ano. PS: Sobral e Brejo Santo usam método fônico.
SOBRAL 9,12 X 6,57 S. PAULO
Cearenses com fônico arrasam paulistas construtivistas
Sobral deu banho em São Paulo, capital. A cidade cearense que tem 206 mil habitantes e renda per capita de R$ 20 mil, chegou em 2017 com Ideb de 9,12 contra 6,57 de São Paulo, a monstruosa capital com 12,8 milhões e renda per capita de R$ 57 mil e IDH de 0,805. São Paulo, como em todo estado, utiliza-se do método construtivista e Sobral, fônico. A grande capital também perde para Brejo Santo.
Marília tem 230 mil habitantes e renda per capita em torno de R$ 31.500 contra 206 mil habitantes de Sobral cuja renda per capita gira em torno de R$ 20.300. O IDH de Sobral é de 0,714 e o de Marília 0,805. As taxas de escolarização e matrículas são aproximadas. O que distancia Sobral de Marília é seu alto índice do Ideb (9,12) em relação a cidade paulista que em 2017 obteve 7,2. As metas de Sobral serão atingidas com grande folga em 2022.
A diferença entre as cidades está no método de alfabetização. Enquanto Sobral jogou o construtivismo e suas invencionices pedagógicas no lixo, no caso da alfabetização, Marília se mantém fiel ao método que não alfabetiza. E, os resultados obtidos até agora, são duvidosos.
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