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sexta-feira, 13 de março de 2020

A escola em Shangai e a educação brasileira

Shangai é líder no PISA e tem ingredientes comuns entre os melhores países na educação: disciplina, professores comprometidos e método fônico.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Quando uma professora de Shangai entra na sala de aula, rigorosamente no horário, as crianças se levantam e saúdam com um uníssono "bom dia professora" acompanhado do respeitoso gesto de se curvar diante de alguém que se respeita. O gesto é repetido pela professora. Imediatamente a aula tem início. Diferente do Brasil onde o professor perde um bom tempo para "acalmar" alunos sem disciplina.

As diferenças são enormes entre a educação praticada no Brasil e em Shangai, na China. Elas passam pela pedagogia, métodos e metodologias, pela disciplina de alunos e, principalmente, pelo comprometimento dos professores. Shangai está no topo da lista dos melhores na educação do PISA que avalia estudantes na faixa de 15 anos, em 76 países, a cada três anos. O sistema Chinês é dividido em três níveis: Elementar (1º ao 6º ), Médio (7º ao 9º) e o High School (três anos) com alguma variação regional.

Diferenças gigantescas


As escolas de Shangai tem muitas coisas em comum com as escolas japonesas ou com as coreanas e nenhuma com as brasileiras. São estruturas comuns, com pouco aparato tecnológico mas... limpas. Tal e qual as escolas japonesas, os alunos são disciplinados e tão comprometidos com a limpeza como os diretores e professores. São eles que mantém suas salas limpas e cuidam para evitar depredações. As aulas tem 50 minutos com intervalo de 10 minutos entre elas. Depois do "bom dia Sra Professora", a aula se inicia. 


Professores não faltam

Os professores não faltam porque sabem que isso interromperá a sequência trabalhada no currículo. Nem seus alunos se ausentam porque sabem que terão tarefas duplicadas pra fazer em casa. As crianças de Shangai, além de cumprir sua jornada na escola, terão mais 3 horas de tarefas pra fazer em casa. Apenas em casos de acidentes ou cirurgias programadas, um professor se ausentará. No Brasil, absurdamente, a legislação permite ao funcionário público atrasar 10 minutos (a aula tem 50) e "beneficios" como direito a seis faltas por ano, sem dar satisfação, além de licenças intermináveis.

Alfabetização com Método Fônico


O método de alfabetização em Shangai, como na Coreia do Sul e Japão, é o fônico, um sistema lastreado em evidências científicas. No Brasil utiliza-se as teorias do método global/construtivista que confundem alunos e professores. Em Shangai os alunos são alfabetizados em menos de um ano enquanto os brasileiros chegarão ao 5º ano com graves deficiências para ler e compreender e assim permanecerão além do ensino médio. Os alunos de Shangai são os primeiros do mundo e os brasileiros, os últimos.

Salas de aulas em Shangai tem mais alunos que salas brasileiras

Os campeões do mundo em educação tem salas de aulas com 30 a 35 anos de 1º ao 6º anos, 40 na salas do 7º ao 9º e mais de 40 na série Hight School. Quando o método de alfabetização é bom e há disciplina, independe o tamanho das salas e nem o nível social dos alunos. As crianças mais pobres de Xangai sabem mais matemática que as crianças mais ricas dos Estados Unidos e Europa. No Brasil a desculpa para justificar o atraso na aprendizagem é o tamanho da sala com 35 alunos. Em algumas regiões as salas podem ter acima de 50 alunos. Estatísticas do PISA mostram que salas com 20 alunos tem rendimento próximo de salas com 35.

Os professores chineses são rigorosos na disciplina e não compreendem bem porque os alunos brasileiros agridem seus colegas e professores. É inimaginável para sua cultura um aluno ofender um professor.

Experiência em Jafa aponta caminhos

Professoras brasileiras que participaram de um projeto piloto, com método fônico, numa escola de ensino básico, no interior do Estado de São Paulo, explicaram que a disciplina melhorou 90% depois que o programa foi implantado:

- Os alunos dos três primeiros anos foram alfabetizados em pouco tempo e, na medida que passaram a entender o que os professores pediam, executavam suas atividades com uma disposição que a gente nunca observara antes" - disse uma delas.

A disciplina melhorou 90%. "Os próprios alunos passaram a exigir bom comportamento dos colegas e eles compreendem bem o que pedimos nas atividades" - afirmam as professoras.

"Parecia que, antes, a gente falava uma língua desconhecida e eles acabavam se dispersando simplesmente porque não estavam entendendo nada" - confessou. As professoras que usaram o método fônico pela primeira vez notaram que, antes, as crianças iam para a biblioteca para brincar mas passaram a frequentar o local para ler, em silêncio. Antes eles tinham imensas dificuldades para ler.

Os alunos do primeiro ano, depois de 70 dias de alfabetização, leram os enunciados das suas provas, sem ajuda do professor leitor, auxílio necessário até hoje para alunos do terceiro ano.

A sala dos professores de Shangai é bem diferente das brasileiras. Na verdade cada professor tem uma baia, equipada com computador, onde prepara suas aulas. Um professor faz o papel de "inspetor" visitando frequentemente os alunos em suas salas e agindo com mediador escola/família. Ele conhece todos as crianças, mesmo numa grande escola, e seus problemas, famílias e casos comuns. Os professores são orientados não gritar em sala de aula e alunos respeitam. Em matéria de disciplina as chamadas escolas militares brasileiras são próximas das de Shangai, inclusive no uso do método fônico.

Atividades relevantes programadas


Enquanto muitos professores brasileiros improvisam suas aulas, as atividades relevantes ocupam a maior parte do tempo nas salas chinesas. Esse procedimento melhora a qualidade do ensino como já demonstrou o PISA.

Participação espontânea em Shangai e em Jafa


Professoras que participaram do Projeto Piloto com Método Fônico da escola municipal de Jafa, confessaram-se muito surpresas com um fato corriqueiro mas muito significativo.


"Quando testamos leitura todos os alunos levantam as mãos e querem participar. Antes eles evitavam ser chamados simplesmente porque não sabiam ler" - disse uma professora do terceiro ano. O mesmo ocorre com as crianças chinesas: todas erquem os braços desejando responder. A lição errada de um aluno é é ensinada e corrigida pelos colegas que sabem a resposta.

A disciplina só será instalada numa sala de aula onde os alunos conseguem ser alfabetizados, quando ganha autonomia na leitura e escrita. Para isso é preciso que o método de alfabetização alfabetize e não confunda.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Escolas particulares são piores que Sobral

Além do IDEB de 7,1 das escolas particulares (média nacional), comparável com redes públicas gratuitas, a lenta evolução é assustadora: em 12 anos as particulares evoluíram apenas 1,2 pontos. No mesmo período as escolas municipais de Sobral evoluíram 5,1 pontos. Em 2017 Sobral registrou 9,1 no IDEB.

Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Faz dias um pai ligou-me contando que seu filho não sabe ler e tem imensa dificuldade de escrita. Ele estuda no terceiro ano do Ensino Básico de uma escola municipal que utiliza método global/construtivista. Queria um conselho e perguntou-me se escola particular seria uma solução.

Essa é uma dúvida comum entre pais que escolhem as escolas para seus filhos considerando tudo, menos o método e metodologias de alfabetização. Se nem mesmo secretários da educação, coordenadores pedagógicos e diretores sabem sobre alfabetização, além das teorias mofadas do método global e o construtivismo de Piaget, imagine para um pai decidir sobre tal.

MÉTODO GLOBAL NÃO ALFABETIZA

Se soubessem não repetiriam as mesmas propostas pedagógicas, anos e anos, com péssimos resultados. A maioria das cidades que usa método global/construtivista evoluiu, em 10 anos, apenas 1 ou 1,5 pontos no Ideb. E, por total ignorância em processos de alfabetização, continuam repetindo as mesmas bobagens pedagógicas, sem resultados.

Pior que tudo isso é o rio de dinheiro jogado no lixo. Garça, no Estado de S. Paulo, até novembro de 2019 investiu cerca de R$ 34 milhões na sua rede escolar de 23 escolas e cerca de 3 mil alunos (salários, transportes, materiais didáticos, merenda...) e o resultado de tanto investimento e esforço de um ano inteiro de trabalho será, provavelmente, o mesmo dos últimos 10 anos: evolução de 0,1 ponto. Resultado irrelevante e grave para uma cidade que vê tanto dinheiro desperdiçado, sem avanço significativo.

(PS: em 2021 a Secretaria Municipal de Educação da cidade de Garça abandonou o método Sesi - método global/construtivista - depois de 8 anos. Nesse período o Ideb caiu e os estudantes continuaram analfabetos).

E não raciocinam, não mudam, não pensam em novos caminhos, não tem coragem de buscar ou pelo menos conhecer método com resultados excelentes, evidentes, claros, visíveis, irrefutáveis e sentidos em todas as avaliações produzidas interno e externamente. Muitos mal consultam ou analisam os índices e se assustam com escolas paupérrimas que conseguem atingir notas acima de 9, no Ideb.

As mesmas dificuldades encontradas nas redes públicas estaduais ou municipais estão nas escolas particulares, também. Tanto que as escolas pagas evoluem tão lentamente quanto as públicas e suas notas de Ideb são próximas. A média nacional das escolas particulares ficou em apenas 7,1 enquanto cidades como Sobral, no Ceará batem 9,1 pontos com índice de proficiência em matemática entre 8 e 9 (numa escala de 1 a 9).

SOBRAL USA FÕNICO

Quanto se foca nas metas propostas pelo MEC e na evolução nos últimos anos, a situação piora: escolas conduzidas por método global/construtivista apanham das unidades trabalhadas com método e metodologias que realmente alfabetizam no primeiro ano do ensino básico (método fônico), como são as escolas públicas de Sobral. E as diferenças são enormes.

Entre 2005 e 2017, Sobral evoluiu 5,1 pontos no IDEB (3,5 pontos acima da meta) contra 1,2 pontos das escolas particulares em todo Brasil que ficaram abaixo da meta. Além de Sobral várias outras escolas cearenses ultrapassaram a meta com facilidade inclusive as 12 cidades do Vale da Rapadura que adotaram o mesmo método fônico de Sobral.

Escolas de cidades pobres, com IDH baixo, índice de violência alto e renda per capita pequena, são melhores que as suntuosas escolas particulares. Pelo menos o Ideb escancara esses números incontestáveis. As pobres cidades cearenses que adotaram método fônico de alfabetização são melhores que as fantásticas, maravilhosas, equipadas e propagandeadas escolas do Sesi. Só uma escola Sesi obteve 7,1 no Ideb e fez espalhafatosa comemoração.

Teresina, capital de um dos mais pobres estados brasileiros e com alto índice de violência, chegou em primeiro lugar nos anos iniciais entre todas as capitais do país. Esse resultado cala os discursos das "doutoras" em educação que passaram os últimos 20 anos justificando que a condição social baixa do aluno era um grave problema para se obter resultados melhores na educação brasileira. Teresina tem IDH-M de 0,751, considerado alto ficou em primeiro lugar entre todas as capitais brasileiras, inclusive S.Paulo com o seu pomposo IDH-M de 0,833. Ocorre que Teresina jogou no lixo as invencionices pedagógicas de Piaget - usadas em S. Paulo - e usa método fônico.

IDEB 2017 SOBRAL (CE) ANOS INICIAIS
Com método fônico, Sobral evolui 5,1 pontos entre 2005 e 2017. Exatos 3,5 pontos acima da meta estabelecida pelo MEC.

IDEB 2017 BRASIL ESCOLAS PARTICULARES ANOS INICIAIS
No mesmo período as escolas particulares evoluíram apenas 1,2 pontos em 12 anos, só 0,1 ponto, por ano. E ainda ficou abaixo da meta.

Quem consulta o QEdu percebe que muitas escolas particulares fogem das provas do Saeb (Sistema de Avaliação do Ensino Básico) que indicam os índices do IDEB, com medo de notas baixas. Muitas particulares contrataram coordenadores pedagógicos do Estado, onde se pratica o construtivismo e, ao longo de poucos anos, essas escolas despencaram o nível do ensino nos anos iniciais.

O Sesi, com suas majestosas e propagandeadas super escolas equipadas, só conseguiu colocar uma única unidade (em MG) com nota 7,1. O Sesi usa método de alfabetização condenado pela neurociência e seu Ideb é menor que muitas escolas paupérrimas que usam método fônico. O quadro acima (Sobral x Escolas Particulares) responde a pergunta.

Escolas particulares são piores que Sobral

O mais preocupante, além de Ideb de 7,1 das escolas particulares, comparável a escolas públicas gratuitas, é a lenta evolução. Em 2017 as escolas avaliadas pelo Saeb evoluíram apenas 1,2 ponto, em 12 anos.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Faz dias um pai ligou-me contando que seu filho não sabe ler e tem imensa dificuldade de escrever. Ele estuda no terceiro ano do Ensino Básico de uma escola municipal que utiliza método construtivista. Queria um conselho e perguntou-me se escola particular seria uma solução. Essa é uma dúvida comum entre pais que escolhem as escolas para seus filhos considerando tudo, menos o método e metodologias de alfabetização. Considerando que nem mesmo secretários da educação, coordenadores pedagógicos e diretores sabem sobre alfabetização, além das teorias mofadas de Piaget, imagine para um pai.

Se soubessem não repetiriam as mesmas propostas pedagógicas, anos e anos, com péssimos resultados. A maioria das cidades que usa método construtivista evoluiu, em 10 anos, apenas 1 ou 1,5 pontos no Ideb. E, por total ignorância em processos de alfabetização, continuam repetindo as mesmas bobagens pedagógicas, sem resultados.

ESCOLAS PARTICULARES: EVOLUÇÃO IRRELEVANTE

Pior que tudo isso é o rio de dinheiro jogado no lixo. Garça, no Estado de S. Paulo, até novembro de 2019 investiu cerca de R$ 34 milhões na sua rede escolar de 23 escolas e cerca de 3 mil alunos (salários, transportes, materiais didáticos, merenda...) e o resultado de tanto investimento e esforço de um ano inteiro de trabalho será, provavelmente, o mesmo dos últimos 10 anos: evolução de 0,1 ponto. Resultado irrelevante e grave para uma cidade que vê tanto dinheiro desperdiçado, sem avanço significativo.

E não raciocinam, não mudam, não pensam em novos caminhos, não tem coragem de buscar ou pelo menos conhecer método com resultados excelentes, evidentes, claros, visíveis, irrefutáveis e sentidos em todas as avaliações produzidas interno e externamente. Muitos mal consultam ou analisam os índices e se assustam com escolas paupérrimas que conseguem atingir notas acima de 9 no Ideb.

PARTICULARES PERDEM PARA ESCOLAS PÚBLICAS

As mesmas dificuldades encontradas nas redes públicas estaduais ou municipais estão nas escolas particulares, também. Tanto que as escolas pagas evoluem tão lentamente quanto as públicas e suas notas de Ideb são próximas. A média nacional das escolas particulares ficou em apenas 7,1 enquanto cidades como Sobral, no Ceará batem 9,1 pontos com índice de proficiência em matemática entre 8 e 9 (numa escala de 1 a 9).

Quanto se foca nas metas propostas pelo MEC e na evolução nos últimos anos, a situação piora: escolas conduzidas por métodos sócio construtivistas apanham das unidades trabalhadas com metodologia fônica, como são as escolas de Sobral. E as diferenças são enormes.

ESCOLAS PÚBLICAS DE SOBRAL (CE) AVANÇARAM MAIS NA ALFBETIZAÇÃO

Em 12 anos (de 2005 e 2017), Sobral evoluiu 5,1 pontos no IDEB - 3,5 pontos acima da meta - contra 1,2 pontos das escolas particulares em todo Brasil, que ficaram abaixo da meta. Além de Sobral várias outras escolas cearenses ultrapassaram a meta com facilidade inclusive as 12 cidades do Vale da Rapadura que adotaram o mesmo método fônico de Sobral. Nos anos iniciais Sobral marcou 9,1 e nos anos finais, 7,2.

Escolas de cidades pobres, com IDH baixo, índice de violência alto e renda per capita pequena, são melhores que as suntuosas escolas particulares. Pelo menos o Ideb escancara esses números incontestáveis. As pobres cidades cearenses que adotaram método fônico de alfabetização são melhores que as fantásticas, maravilhosas, equipadas e propagandeadas escolas do Sesi. Só uma única escola Sesi obteve 7,1 no Ideb e fez espalhafatosa comemoração.

Teresina, capital de um dos mais pobres estados brasileiros e com alto índice de violência, chegou em primeiro lugar nos anos iniciais entre todas as capitais do país. Esse resultado cala os discursos das "doutoras" em educação que passaram os últimos 20 anos justificando que a condição social baixa do aluno era um grave problema para se obter resultados melhores na educação brasileira. Terezina tem IDH-M de 0,751, considerado alto ficou em primeiro lugar entre todas as capitais brasileiras, inclusive S.Paulo com o seu pomposo IDH-M de 0,833. Ocorre que Terezina jogou no lixo as invencionices pedagógicas de Piaget - usadas em S. Paulo - e usa método fônico.

IDEB 2017 SOBRAL (CE) ANOS INICIAIS
Com método fônico, Sobral evolui 5,1 pontos entre 2005 e 2017. Exatos 3,5 pontos acima da meta estabelecida pelo MEC.
IDEB 2017 BRASIL ESCOLAS PARTICULARES ANOS INICIAIS
No mesmo período as escolas particulares evoluíram apenas 1,2 pontos em 12 anos, só 0,1 ponto, por ano. E ainda ficou abaixo da meta.

Quem consulta o QEdu percebe que muitas escolas particulares fogem das provas do Saeb (Sistema de Avaliação do Ensino Básico) que indicam os índices do IDEB, com medo de notas baixas. Muitas particulares contrataram coordenadores pedagógicos do Estado, onde se pratica o construtivismo e, ao longo de poucos anos, essas escolas despencaram o nível do ensino nos anos iniciais.

O Sesi, com suas majestosas e propagandeadas super escolas equipadas, só conseguiu colocar uma unidade (em MG) com nota 7,1. O Sesi usa método de alfabetização condenado pela neurociência e seu Ideb é menor que muitas escolas paupérrimas que usam método fônico. O quadro acima (Sobral x Escolas Particulares) responde a pergunta.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Escolas particulares são piores que Sobral

O mais preocupante, além de Ideb de 7,1 das escolas particulares, comparável a escolas públicas gratuitas, é a lenta evolução. Em 2017 as escolas avaliadas pelo Saeb evoluíram apenas 1,2 ponto em 12 anos.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Faz dias um pai ligou-me contando que seu filho não sabe ler e tem imensa dificuldade de escrever. Ele estuda no terceiro ano do Ensino Básico de uma escola municipal que utiliza método construtivista. Queria um conselho e perguntou-me se escola particular seria uma solução. Essa é uma dúvida comum entre pais que escolhem as escolas para seus filhos considerando tudo, menos o método e metodologias de alfabetização. Considerando que nem mesmo secretários da educação, coordenadores pedagógicos e diretores sabem sobre alfabetização, além das teorias mofadas de Piaget, imagine para um pai.

Se soubessem não repetiriam as mesmas propostas pedagógicas, anos e anos, com péssimos resultados. A maioria das cidades que usa método construtivista evoluiu, em 10 anos, apenas 1 ou 1,5 pontos no Ideb. E, por total ignorância em processos de alfabetização, continuam repetindo as mesmas bobagens pedagógicas, sem resultados.

Pior que tudo isso é o rio de dinheiro jogado no lixo. Garça, no Estado de S. Paulo, até novembro de 2019 investiu cerca de R$ 34 milhões na sua rede escolar de 23 escolas e cerca de 3 mil alunos (salários, transportes, materiais didáticos, merenda...) e o resultado de tanto investimento e esforço de um ano inteiro de trabalho será, provavelmente, o mesmo dos últimos 10 anos: evolução de 0,1 ponto. Resultado irrelevante e grave para uma cidade que vê tanto dinheiro desperdiçado, sem avanço significativo.

E não raciocinam, não mudam, não pensam em novos caminhos, não tem coragem de buscar ou pelo menos conhecer método com resultados excelentes, evidentes, claros, visíveis, irrefutáveis e sentidos em todas as avaliações produzidas interno e externamente. Muitos mal consultam ou analisam os índices e se assustam com escolas paupérrimas que conseguem atingir notas acima de 9 no Ideb.

As mesmas dificuldades encontradas nas redes públicas estaduais ou municipais estão nas escolas particulares, também. Tanto que as escolas pagas evoluem tão lentamente quanto as públicas e suas notas de Ideb são próximas. A média nacional das escolas particulares ficou em apenas 7,1 enquanto cidades como Sobral, no Ceará batem 9,1 pontos com índice de proficiência em matemática entre 8 e 9 (numa escala de 1 a 9).

Quanto se foca nas metas propostas pelo MEC e na evolução nos últimos anos, a situação piora: escolas conduzidas por métodos sócio construtivistas apanham das unidades trabalhadas com metodologia fônica, como são as escolas de Sobral. E as diferenças são enormes.

Entre 2005 e 2017, Sobral evoluiu 5,1 pontos no IDEB (3,5 pontos acima da meta) contra 1,2 pontos das escolas particulares em todo Brasil que ficaram abaixo da meta. Além de Sobral várias outras escolas cearenses ultrapassaram a meta com facilidade inclusive as 12 cidades do Vale da Rapadura que adotaram o mesmo método fônico de Sobral.

Escolas de cidades pobres, com IDH baixo, índice de violência alto e renda per capita pequena, são melhores que as suntuosas escolas particulares. Pelo menos o Ideb escancara esses números incontestáveis. As pobres cidades cearenses que adotaram método fônico de alfabetização são melhores que as fantásticas, maravilhosas, equipadas e propagandeadas escolas do Sesi. Só uma escola Sesi obteve 7,1 no Ideb e fez espalhafatosa comemoração.

Teresina, capital de um dos mais pobres estados brasileiros e com alto índice de violência, chegou em primeiro lugar nos anos iniciais entre todas as capitais do país. Esse resultado cala os discursos das "doutoras" em educação que passaram os últimos 20 anos justificando que a condição social baixa do aluno era um grave problema para se obter resultados melhores na educação brasileira. Teresina tem IDH-M de 0,751, considerado alto ficou em primeiro lugar entre todas as capitais brasileiras, inclusive S.Paulo com o seu pomposo IDH-M de 0,833. Ocorre que Teresina jogou no lixo as invencionices pedagógicas de Piaget - usadas em S. Paulo - e usa método fônico.

IDEB 2017 SOBRAL (CE) ANOS INICIAIS
Com método fônico, Sobral
evolui 5,1 pontos entre 2005 e 2017.
Exatos 3,5 pontos acima da meta estabelecida
pelo MEC.
IDEB 2017 BRASIL ESCOLAS PARTICULARES
ANOS INICIAIS
No mesmo período as escolas particulares
evoluíram apenas 1,2  pontos em 12 anos, só
0,1 ponto, por ano. E ainda ficou
abaixo da meta.

Quem consulta o QEdu percebe que muitas escolas particulares fogem das provas do Saeb (Sistema de Avaliação do Ensino Básico) que indicam os índices do IDEB, com medo de notas baixas. Muitas particulares contrataram coordenadores pedagógicos do Estado, onde se pratica o construtivismo e, ao longo de poucos anos, essas escolas despencaram o nível do ensino nos anos iniciais.

O Sesi, com suas majestosas e propagandeadas super escolas equipadas, só conseguiu colocar uma unidade (em MG) com nota 7,1. O Sesi usa método de alfabetização condenado pela neurociência e seu Ideb é menor que muitas escolas paupérrimas que usam método fônico.

O quadro acima (Sobral x Escolas Particulares) responde a pergunta.

terça-feira, 28 de maio de 2019

Método Sesi: Garça continua abaixo da meta

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Em 2017 um total de 219 escolas do Sesi foram avaliadas e apontaram seus melhores índices de desenvolvimento do Ensino Básico, Ideb: uma única escola obteve 7,1. As outras unidades amargaram uma pontuação média baixa considerando que escolas públicas, como Sobral ou Brejo Santo, localizadas no Ceará (um dos estados mais pobres do país), obtiveram 9,1 e 7,9 utilizando o método de alfabetização fônico, o mesmo aplicado nos países mais avançados em educação. Teresina conquistou, no mesmo ano, o primeiro lugar na Prova Brasil do 5º ano e 9º anos entre todas as capitais do país. Segredo: método fônico.

Impossível compreender que a Rede Sesi, com investimentos altíssimos, infra estrutura moderna, uso de tecnologias e com "prédios bonitos", avance tão pouco comparado com as condições sócio econômicas de cidades nordestinas (lá, as invencionices pedagógicas construtivistas foram abandonadas) que apostaram no método fônico, considerado pela neurociência como ideal para se alfabetizar uma criança já no primeiro ano do ensino básico. Em Brejo Santo o aproveitamento em matemática de alunos do 5º chega a 100%.

O método utilizado pelo Sesi é o mesmo sócio construtivismo da rede pública e condenado pela ciência. Os alunos tem imensa dificuldade de leitura e interpretação . Basta ver o caso de Garça, SP, cujo Ideb aponta problemas.

Depois de 6 anos, Ideb de Garça, com método Sesi, continua abaixo da meta

O Sesi, em parceria com a prefeitura de Garça, instituiu seu sistema e os resultados não animam: o Ideb da rede municipal caiu e permanece abaixo da meta. Em 2017 conseguiu apenas 6,1 de uma meta de 6,3. Os problemas são idênticos aos da rede pública estadual.
Ideb 2017 da Rede Municipal de Garça: método Sesi (sócio construtivista) não funcionou.
Em 10 anos o Ideb da cidade evoluiu apenas 1,6 
Níveis 4 e 5 em proficiência numa escala de 9. Cidades cearenses pobres atingem 7 e 8, em menos de cinco anos. Sobral é modelo de alfabetização e obtém os melhores resultados no Ideb entre escolas públicas e particulares. O índice de adequação abaixo pertence ao Ideb de Sobral (CE)

VEJA O ÍNDICE DE ADEQUAÇÃO DA REDE MUNCIPAL DE SOBRAL (CE)
Em percentuais mostra proporção de alunos que aprenderam o adequado. Sobral conseguiu nota 9,1 no Ideb.
Sobral: o índice de adequação é a proporção de alunos que aprenderam o adequado em cada competência. Em 2017 os números acima mostram excelentes resultados de uma rede
pública dentro de um estado carente. O método de alfabetização é o primeiro passo para
essa conquista. 

A imprensa e o método de alfabetização

Por Carol Desoti

Um artigo do jornalista Hélio Schwartsman no Jornal Folha de São Paulo de hoje, 22 de março, revela dois importantes aspectos de um debate que não existe sobre a questão do método fônico na alfabetização.

Com muita argúcia e conhecimento de causa, o jornalista mostra que existem dois lados: um lado simpático, popular, que advoga o que ele chama de “construtivismo”. E um lado científico, das evidências, que são incontroversas a respeito da superioridade do método fônico e de seu uso nos países desenvolvidos. E o articulista da Folha conclui que a imprensa prefere tomar o lado simpático, em vez do lado que funciona.

Estamos diante de uma oportunidade única para avançar nessa questão. Há vinte anos militando na área de alfabetização, estou acostumado a conviver com a arrogância, prepotência, incompreensão, ignorância, má vontade, má fé e tantas outras características perversas da natureza humana. E é triste quando ela vem de pessoas que foram educadas, tiveram formação científica, ocupam posições importantes, mas abrem mão de tudo isso para, como diz Hélio Schwartsman, ficar do lado “simpático”.

O Instituto Alfa e Beto sempre esteve e estará ao lado das evidências. E continuaremos assim, ajudando a alfabetizar as crianças nos municípios onde somos bem-vindos.

A expectativa é que haja mais vozes como a do jornalista Hélio Schwartsman.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Educação: Tupã leva surra de Brejo Santo

Cidades pobres do Ceará que adotaram o método fônico surram escolas paulistas que insistem no método global, que não alfabetiza. Mesmo assim, os doutores em educação continuam insistindo no erro. 
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Brejo Santo, uma pequena cidade cearense de 48 mil habitantes, tem melhor educação básica que Tupã, conforme mostra o Ideb de 2017 (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), principal avaliação da qualidade do ensino no país. Enquanto Tupã, cidade com 60 mil habitantes, conseguiu 6,7 pontos (a meta era 6,5), Brejo Santo bateu 7,9, (a meta era muito acima da meta estabelecida.

O que impressiona é rápida evolução da cidade cearense: ela saltou de 2,9 em 2007 para 7,9 em 2017 - cinco pontos, em 10 anos - enquanto Tupã se arrastou abaixo da meta e só em 2017 conseguiu tirar o nariz pra fora da água saindo de 5 pontos em 2007 para 6,7. Uma evolução de apenas 1,7, em 10 anos.

A EVOLUÇÃO DE BREJO SANTO PELO MÉTODO FÔNICO

O Estado do Ceará rompeu com as invencionices pedagógicas do sócio construtivismo (método de alfabetização lastreado em teorias do suíço Jean Piaget) e adotou o método fônico. Com ele, as crianças da rede municipal conseguem ser alfabetizadas em menos de um ano e alunos do 5º ano chegam a 100% de aproveitamento em matemática, por exemplo. As crianças de muitas escolas da cidade disputam o recreio com as galinhas, no pátio de chão batido. O maior investimento foi na troca do método de alfabetização e grande suporte na atualização dos professores. Muitas cidades paulistas também adotaram o fônico com excelentes resultados.

O neurocientista francês Stanislas Dehaene há 30 anos estuda o impacto dos números e das letras no cérebro humano. Ele afirma que o método mais eficaz de alfabetização é o que chamamos fônico. Ele parte do ensino das letras e da correspondência fonética de cada uma delas, como se fazia antigamente. Estudos mostraram que a criança alfabetizada por esse método aprende a ler de forma mais rápida e eficiente com excelente interpretação de texto.

BREJO SANTO: Entre 2007 e 2017, Brejo Santo subiu 5 pontos. Seu Ideb, de 7,9, está muito acima da meta Brasil de 5,2. O índice de aprendizado de 8,01 é considerado excelente. Neste item a pequena cidade cearense também vence São Paulo (6,1) e a maioria das capitais e grandes centros, como Campinas (6,4).


BREJO SANTO: A média de proficiência em português e matemática coloca a rede municipal cearense nos níveis 6 e 7, numa escala de 9 níveis do Saeb. Em algumas escolas o aproveitamento de matemática no 5º ano chega a 100%. Sobral, também no Ceará, obteve 9,1 no Ideb de 2017 e altíssimos níveis de proficiência não alcançados por nenhuma escola construtivista. O método utilizado é o fônico que alfabetiza até 99% dos alunos no primeiro ano do ensino básico. As altas notas de proficiência em matemática demonstram o excelente grau de alfabetização. No método construtivista alunos tem sérias dificuldades para compreender um simples enunciado de matemática.

TUPÃ: Apesar de mais rica e com nível IDH maior, a cidade passou uma década bem abaixo da média do Ideb e sua evolução foi pequena: apenas 1,7 pontos ou 0,17 por ano. Apenas entre 2007 e 2009 a educação de Tupã ganhou certo fôlego mas despois voltou a afundar. Apesar da estagnação, seus secretários da educação preferem manter o sócio construtivismo contrariando a neurociência e os resultados. As telas abaixo mostram o indicador de aprendizado e a evolução lenta da rede municipal de Tupã.
Tupã: O índice de proficiência de português atingiu 228,66 na escala Saeb (30,92 pontos menos que Brejo Santo) e 248,63 de matemática (30,95 pontos menos que Brejo Santo)

E por que o método global/construtivista é ineficaz?

Neste método, primeiro, se deve aprender o significado da palavra e, numa próxima etapa, as letras que a compõem. O resultado é catastrófico: a criança que deveria ser alfabetizada em menos de um ano pelo fônico vai precisar de mais 3 para aprender escrever e ler de forma rudimentar e sem boa compreensão do texto. Elas terminarão seu ciclo sem se alfabetizar e entrarão no ensino médio, na rede pública, sem ter compreensão do que leem. Alguém contesta essa realidade nas escolas públicas do país? Os resultados estão em todas as avaliações produzidas pelo próprio sistema.

Dehaene, o neurocientista francês, explica que se verificou em pesquisas com pessoas de diferentes idiomas que o aprendizado da linguagem se dá a partir da identificação da letra e do som correspondente. Esse processo ocorre no lado esquerdo do cérebro. No método construtivista a criança primeiro aprende o sentido da palavra, sem necessariamente conhecer as letras. Neste caso o lado direito do cérebro é ativado. Mas a decodificação dos símbolos terá que chegar ao lado esquerdo para que a leitura seja concluída. Para Dehaene é um processo mais demorado, que segue na via contrária ao funcionamento do cérebro.

- Num certo sentido, podemos dizer que esse método ensina o lado errado, primeiro. Porém, as crianças que aprendem a ler processando primeiro o lado esquerdo do cérebro (método fônico) estabelecem relações imediatas entre letras e seus sons, leem com mais facilidade e entendem mais rapidamente o significado do que estão lendo - diz o neurocientista.

Doutor em desenvolvimento da cognição e psicolinguística, o português José Morais defende o envolvimento da neurociência na alfabetização para reformar os pensamentos pedagógicos. Ele diz que a psicologia cognitiva mostra que a leitura de textos não é uma elaboração contínua de hipóteses sobre as palavras do texto, mas sim, um processo automático, não intencional e muito complexo de processamento das letras e das unidades da estrutura fono-ortográfica de cada palavra, que conduz ao seu reconhecimento ou à sua identificação.

E como é essa relação entre a atividade cerebral e a leitura? Em matéria de O Globo, em 2014, José Morais (nada a ver com um homônimo do MEC, por favor, não confundam) diz:

- A leitura visual não se faz nos olhos, mas no cérebro — a retina, embriologicamente, faz parte do cérebro. Não há leitura sem uma atividade cerebral que mobiliza vastas regiões do cérebro e, em primeiro lugar, a chamada Área da Forma Visual das Palavras. Ela se situa no hemisfério esquerdo do cérebro e não é ativada por palavras escritas nos indivíduos analfabetos. Nos alfabetizados ela é ativada fortemente, e o seu grau de ativação aumenta à medida que a criança aprende a ler.

No leitor competente, a leitura de um texto baseia-se no reconhecimento ou na identificação das palavras escritas sucessivamente. À medida que elas são processadas, essa informação é enviada para outras áreas cerebrais que se ocupam do processamento da língua, independentemente da modalidade perceptiva (em particular, o processamento semântico e sintáxico), assim como da codificação da informação na memória de trabalho verbal e do acesso à memória a longo prazo. Tudo isso permite a compreensão do texto e a sua interpretação e avaliação.

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terça-feira, 21 de maio de 2019

Ideb de Sobral humilha método global/construtivista

Sobral e Brejo Santo, cidades cearenses que adotaram o método fônico para alfabetização, disparam na frente de cidades como São Paulo e Campinas que mantém o mesmo método sócio construtivista adotada pela maioria das cidades paulistas. A rede municipal de Brejo Santo, 48 mil habitantes e baixa renda per capita, saiu de um Ideb de 1,9 cerca de seis anos atrás para 7,9 em 2017. A evolução não tem a mesma velocidade quando se refere a cidades que adotam o construtivismo.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Ideb é a sigla para Índice de Desenvolvimento da Educação Básica com escala entre zero e dez. Quanto maior, melhor o índice. Dois conceitos básicos - aprendizado e taxa de aprovação de alunos - dão o resultado final. O aprendizado é medido por provas do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) com alunos do 5º e 9º anos e o fluxo representa unicamente a "aprovação". Curioso é que, quase todos os alunos, são "aprovados" após a realização do polêmico Conselho de Classe. O Ideb inclui escolas da rede pública e rede privada.

A realização anual desta avaliação deveria servir como balizamento e ferramenta para idealizar mudanças buscando melhorar a educação mas, não é o que realmente acontece. A alfabetização que deveria ocorrer já no primeiro ano do Ensino Básico se arrasta com dificuldades de leitura e interpretação nos anos seguintes. A criança que foi alfabetizada pelo método sócio construtivista está condenada ao analfabetismo funcional.

A meta do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) para o Ensino Básico é chegar com Ideb 6,0 até o ano 2022. Pelo nível aferido em 2017, o Brasil só chegará nesse patamar se fraudar os resultados.

Todos os indicadores produzidos no Brasil ou elaborados em estudos no exterior, apontam graves problemas na alfabetização. A neurociência já provou a ineficácia do método sócio construtivista e os resultados do Ideb, também.

UNESCO: ÍNDICES DO ENSINO BÁSICO RUINS
  
Os resultados do Terceiro Estudo Regional Comparativo e Explicativo, no Chile faz 4 anos, colocam a educação do Brasil em posições decepcionantes. Nossos alunos ocuparam os mais baixos níveis de aprendizado (I e II numa escala que chega a IV). A avaliação, que é coordenada pelo Escritório Regional de Educação da UNESCO e considerou o desempenho de 134 mil alunos do ensino fundamental, de 15 países, em matemática, leitura e ciências. Na disciplina de matemática 60,3% dos alunos do 4º ano e 83,3% dos alunos do 7º ano ficaram nos níveis I e II. Somente 12% (do 4º ano) conseguiram atingir o nível IV e só 4% dos alunos do 7º ano chegaram neste patamar. Em leitura 55,3% do 4º ano e 63,2% do 7º ano ficaram nos dois primeiros piores níveis da avaliação. O vexame continua: 80,1% dos alunos brasileiros do ensino básico ficaram nas classificações mais baixas em ciências naturais.

Pelos métodos utilizados na alfabetização no Brasil as crianças (que deveriam terminar o primeiro ano escrevendo, lendo e compreendendo o que leem) levam 4 a 5 anos para concluir o processo e com um agravante: alguns leem mas não compreendem um simples enunciado de uma questão de matemática, por exemplo.

BREJO SANTO X CAMPINAS
Método fônico humilha método global/construtivista

Os  da rede municipal da pequena cidade de Brejo Santo, no Ceará, com pouco mais de 48 mil habitantes e renda per capita baixa, conseguiram um ótimo índice de 7,9 no Ideb de 2017 (aprendizagem 8,1 e fluxo de 0,99). O IDH de Brejo Santo é baixo: 0,647. Há 8 anos o Ideb desta pobre cidade cearense era de 1,9. Em 2007 o Ideb foi de 3,0 e em 2015 seu Ideb chegou a 8,21, melhor que muitas capitais.

Por que os alunos evoluíram tanto, em tão pouco tempo? Simples: os métodos e metodologias de alfabetização, carregadas de invencionices pedagógicas, foram postas no lixo e implantou-se o Método Fônico. Chega-se a 99% o índice de alfabetização no primeiro ano do ensino básico. Fim do trilho para teorias mofadas de Piaget e condenadas pela ciência.
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O aproveitamento em matemática entre alunos do 5º ano chega a ser de 100%, uma humilhação que deveria convencer os professores que ostentam títulos de "doutores em educação" mas defendem método e metodologias de alfabetização... que não alfabetizam. Prova é Campinas e milhares de escolas brasileiras obrigadas a adotar tais modelos de educação. 

Campinas, com  IDH alto de 0,805 e população de mais de 1.200.000 habitantes conseguiu apenas 6,1 no Ideb. Só 6,1. Método utilizado:sócio construtivista. Resultado: caos.

Os "doutores em educação" defensores das teorias construtivistas - um enorme engano pedagógico - sempre justificaram os péssimos resultados apontando para a condição social do aluno. Oras, Sobral, Brejo Santo e dezenas de cidades que obtiveram altas notas no Ideb estão em estados mais pobres do país e com baixíssimo investimento na área, comprando-se com grandes centros. Enquanto Sobral conseguiu atingir 9,1 (Ideb 2017), São Paulo e Campinas não passaram de 6.1, no mesmo ano. PS: Sobral e Brejo Santo usam método fônico.

SOBRAL 9,12 X 6,57 S. PAULO
Cearenses com fônico arrasam paulistas construtivistas

Sobral deu banho em São Paulo, capital. A cidade cearense que tem 206 mil habitantes e renda per capita de R$ 20 mil, chegou em 2017 com Ideb de 9,12 contra 6,57 de São Paulo, a monstruosa capital com 12,8 milhões e renda per capita de R$ 57 mil e IDH de 0,805. São Paulo, como em todo estado, utiliza-se do método construtivista e Sobral, fônico. A grande capital também perde para Brejo Santo.


Marília tem 230 mil habitantes e renda per capita em torno de R$ 31.500 contra 206 mil habitantes de Sobral cuja renda per capita gira em torno de R$ 20.300. O IDH de Sobral é de 0,714 e o de Marília 0,805. As taxas de escolarização e matrículas são aproximadas. O que distancia Sobral de Marília é seu alto índice do Ideb (9,12) em relação a cidade paulista que em 2017 obteve 7,2. As metas de Sobral serão atingidas com grande folga em 2022.

A diferença entre as cidades está no método de alfabetização. Enquanto Sobral jogou o construtivismo e suas invencionices pedagógicas no lixo, no caso da alfabetização, Marília se mantém fiel ao método que não alfabetiza. E, os resultados obtidos até agora, são duvidosos.

 
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