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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Método fônico: 70 dias letivos de alfabetização e 100% de aprovação

Profª Miriam Nitcipurenco de Souza, diretora

Seguindo as evidências científicas, 100% dos alunos de uma escola municipal, das três primeiras séries do ensino básico, fecharam o período de 70 dias letivos, plenamente alfabetizados. E foram os próprios alunos, do primeiro ano, que leram os enunciados das suas últimas provas, sem ajuda do professor leitor.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

A escola municipal Norma Mônico Truzzi, de Jafa, um distrito do município de Garça (SP), passou os dois últimos bimestres de 2019 executando seu mais ambicioso programa pedagógico: alfabetizar os alunos dos três primeiros anos do ensino básico nos 70 dias letivos restantes do ano. O projeto piloto foi proposto pela diretora Miriam Nitcipurenco de Souza depois de analisar o baixo nível de conhecimento conquistado pelos alunos nos últimos 12 anos, com o método global, utilizado nas escolas do município.

O Ideb de sua escola, em 2017, foi de 5,8 pontos e saltou para 6,5 em 2019. Em 2017 a média da rede de Garça atingiu apenas 6,1. Em 12 anos - entre 2005 e 2017 - o avanço da rede municipal foi de apenas 1,4 pontos, uma evolução irrelevante (0,11 por ano) comparando-se com o ritmo de escolas que utilizam o método fônico, como Sobral, que saltou 5,1 pontos (de 4,0 para 9,1), no mesmo período.  E as escolas das 12 cidades pertencentes ao chamado Vale da Rapadura, no Ceará, chegaram entre as 80 melhores notas no IDEB nacional usando o mesmo método copiado de Sobral: método fônico.

- No inicio do segundo semestre de 2019 as avaliações indicaram que a maioria dos nossos alunos não lia com fluência e o conhecimento da escrita era lastimável. Propusemos um projeto pedagógico baseado na alfabetização pelo método fônico e, diante de tantas evidências científicas a proposta foi aprovada pela então secretária da Educação - explica Miriam, diretora na rede há um ano e meio. 

Mas havia um problema sério a ser enfrentado para a implementação do projeto: os professores e a coordenadora pedagógica só tinham formação pelo Método Sesi, igualmente Global e construtivista e utilizado nos últimos 8 anos. Durante esse período o Ideb da rede municipal despencou. A maioria dos professores não tinha nenhum conhecimento do método fônico.

- Solucionada a questão financeira, adquirimos material de de Língua Portuguesa para os três primeiras anos e a formação dos professores foi realizada, online, com o Instituto Alfa e Beto - diz Miriam. Em duas sessões de uma hora e meia estávamos prontas - confessa, aliviada.

- Os alunos ganharam total autonomia e eles próprios leram os enunciados dos seus testes, sem ajuda do professor leitor. Inclusive os do primeiro ano - afirma a diretora. Ela lembrou que o avanço ocorreu também em outras matérias e a disciplina melhorou 90%.

Para os professores a implantação e execução do projeto foi um processo simples e descomplicado e comparam com as imensas dificuldades dos alunos com o método global. O vídeo é um resumo dos bons frutos colhidos em apenas 70 dias letivos.

Vídeo mostra os resultados obtidos com a implantação do Projeto Piloto Alfabetização Sem Complicação, com método fônico, numa escola municipal de Jafa,
distrito de Garça (SP).

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Escolas particulares são piores que Sobral

O mais preocupante, além de Ideb de 7,1 das escolas particulares, comparável a escolas públicas gratuitas, é a lenta evolução. Em 2017 as escolas avaliadas pelo Saeb evoluíram apenas 1,2 ponto em 12 anos.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Faz dias um pai ligou-me contando que seu filho não sabe ler e tem imensa dificuldade de escrever. Ele estuda no terceiro ano do Ensino Básico de uma escola municipal que utiliza método construtivista. Queria um conselho e perguntou-me se escola particular seria uma solução. Essa é uma dúvida comum entre pais que escolhem as escolas para seus filhos considerando tudo, menos o método e metodologias de alfabetização. Considerando que nem mesmo secretários da educação, coordenadores pedagógicos e diretores sabem sobre alfabetização, além das teorias mofadas de Piaget, imagine para um pai.

Se soubessem não repetiriam as mesmas propostas pedagógicas, anos e anos, com péssimos resultados. A maioria das cidades que usa método construtivista evoluiu, em 10 anos, apenas 1 ou 1,5 pontos no Ideb. E, por total ignorância em processos de alfabetização, continuam repetindo as mesmas bobagens pedagógicas, sem resultados.

Pior que tudo isso é o rio de dinheiro jogado no lixo. Garça, no Estado de S. Paulo, até novembro de 2019 investiu cerca de R$ 34 milhões na sua rede escolar de 23 escolas e cerca de 3 mil alunos (salários, transportes, materiais didáticos, merenda...) e o resultado de tanto investimento e esforço de um ano inteiro de trabalho será, provavelmente, o mesmo dos últimos 10 anos: evolução de 0,1 ponto. Resultado irrelevante e grave para uma cidade que vê tanto dinheiro desperdiçado, sem avanço significativo.

E não raciocinam, não mudam, não pensam em novos caminhos, não tem coragem de buscar ou pelo menos conhecer método com resultados excelentes, evidentes, claros, visíveis, irrefutáveis e sentidos em todas as avaliações produzidas interno e externamente. Muitos mal consultam ou analisam os índices e se assustam com escolas paupérrimas que conseguem atingir notas acima de 9 no Ideb.

As mesmas dificuldades encontradas nas redes públicas estaduais ou municipais estão nas escolas particulares, também. Tanto que as escolas pagas evoluem tão lentamente quanto as públicas e suas notas de Ideb são próximas. A média nacional das escolas particulares ficou em apenas 7,1 enquanto cidades como Sobral, no Ceará batem 9,1 pontos com índice de proficiência em matemática entre 8 e 9 (numa escala de 1 a 9).

Quanto se foca nas metas propostas pelo MEC e na evolução nos últimos anos, a situação piora: escolas conduzidas por métodos sócio construtivistas apanham das unidades trabalhadas com metodologia fônica, como são as escolas de Sobral. E as diferenças são enormes.

Entre 2005 e 2017, Sobral evoluiu 5,1 pontos no IDEB (3,5 pontos acima da meta) contra 1,2 pontos das escolas particulares em todo Brasil que ficaram abaixo da meta. Além de Sobral várias outras escolas cearenses ultrapassaram a meta com facilidade inclusive as 12 cidades do Vale da Rapadura que adotaram o mesmo método fônico de Sobral.

Escolas de cidades pobres, com IDH baixo, índice de violência alto e renda per capita pequena, são melhores que as suntuosas escolas particulares. Pelo menos o Ideb escancara esses números incontestáveis. As pobres cidades cearenses que adotaram método fônico de alfabetização são melhores que as fantásticas, maravilhosas, equipadas e propagandeadas escolas do Sesi. Só uma escola Sesi obteve 7,1 no Ideb e fez espalhafatosa comemoração.

Teresina, capital de um dos mais pobres estados brasileiros e com alto índice de violência, chegou em primeiro lugar nos anos iniciais entre todas as capitais do país. Esse resultado cala os discursos das "doutoras" em educação que passaram os últimos 20 anos justificando que a condição social baixa do aluno era um grave problema para se obter resultados melhores na educação brasileira. Teresina tem IDH-M de 0,751, considerado alto ficou em primeiro lugar entre todas as capitais brasileiras, inclusive S.Paulo com o seu pomposo IDH-M de 0,833. Ocorre que Teresina jogou no lixo as invencionices pedagógicas de Piaget - usadas em S. Paulo - e usa método fônico.

IDEB 2017 SOBRAL (CE) ANOS INICIAIS
Com método fônico, Sobral
evolui 5,1 pontos entre 2005 e 2017.
Exatos 3,5 pontos acima da meta estabelecida
pelo MEC.
IDEB 2017 BRASIL ESCOLAS PARTICULARES
ANOS INICIAIS
No mesmo período as escolas particulares
evoluíram apenas 1,2  pontos em 12 anos, só
0,1 ponto, por ano. E ainda ficou
abaixo da meta.

Quem consulta o QEdu percebe que muitas escolas particulares fogem das provas do Saeb (Sistema de Avaliação do Ensino Básico) que indicam os índices do IDEB, com medo de notas baixas. Muitas particulares contrataram coordenadores pedagógicos do Estado, onde se pratica o construtivismo e, ao longo de poucos anos, essas escolas despencaram o nível do ensino nos anos iniciais.

O Sesi, com suas majestosas e propagandeadas super escolas equipadas, só conseguiu colocar uma unidade (em MG) com nota 7,1. O Sesi usa método de alfabetização condenado pela neurociência e seu Ideb é menor que muitas escolas paupérrimas que usam método fônico.

O quadro acima (Sobral x Escolas Particulares) responde a pergunta.

terça-feira, 28 de maio de 2019

Método Sesi: Garça continua abaixo da meta

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Em 2017 um total de 219 escolas do Sesi foram avaliadas e apontaram seus melhores índices de desenvolvimento do Ensino Básico, Ideb: uma única escola obteve 7,1. As outras unidades amargaram uma pontuação média baixa considerando que escolas públicas, como Sobral ou Brejo Santo, localizadas no Ceará (um dos estados mais pobres do país), obtiveram 9,1 e 7,9 utilizando o método de alfabetização fônico, o mesmo aplicado nos países mais avançados em educação. Teresina conquistou, no mesmo ano, o primeiro lugar na Prova Brasil do 5º ano e 9º anos entre todas as capitais do país. Segredo: método fônico.

Impossível compreender que a Rede Sesi, com investimentos altíssimos, infra estrutura moderna, uso de tecnologias e com "prédios bonitos", avance tão pouco comparado com as condições sócio econômicas de cidades nordestinas (lá, as invencionices pedagógicas construtivistas foram abandonadas) que apostaram no método fônico, considerado pela neurociência como ideal para se alfabetizar uma criança já no primeiro ano do ensino básico. Em Brejo Santo o aproveitamento em matemática de alunos do 5º chega a 100%.

O método utilizado pelo Sesi é o mesmo sócio construtivismo da rede pública e condenado pela ciência. Os alunos tem imensa dificuldade de leitura e interpretação . Basta ver o caso de Garça, SP, cujo Ideb aponta problemas.

Depois de 6 anos, Ideb de Garça, com método Sesi, continua abaixo da meta

O Sesi, em parceria com a prefeitura de Garça, instituiu seu sistema e os resultados não animam: o Ideb da rede municipal caiu e permanece abaixo da meta. Em 2017 conseguiu apenas 6,1 de uma meta de 6,3. Os problemas são idênticos aos da rede pública estadual.
Ideb 2017 da Rede Municipal de Garça: método Sesi (sócio construtivista) não funcionou.
Em 10 anos o Ideb da cidade evoluiu apenas 1,6 
Níveis 4 e 5 em proficiência numa escala de 9. Cidades cearenses pobres atingem 7 e 8, em menos de cinco anos. Sobral é modelo de alfabetização e obtém os melhores resultados no Ideb entre escolas públicas e particulares. O índice de adequação abaixo pertence ao Ideb de Sobral (CE)

VEJA O ÍNDICE DE ADEQUAÇÃO DA REDE MUNCIPAL DE SOBRAL (CE)
Em percentuais mostra proporção de alunos que aprenderam o adequado. Sobral conseguiu nota 9,1 no Ideb.
Sobral: o índice de adequação é a proporção de alunos que aprenderam o adequado em cada competência. Em 2017 os números acima mostram excelentes resultados de uma rede
pública dentro de um estado carente. O método de alfabetização é o primeiro passo para
essa conquista.