Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza
Atualizado em 06.12.2022
A Terra tem próximo de 4,5 bilhões de anos e já viveu períodos muito mais quentes que hoje. Por exemplo, no período Neoproterozoico, entre 600 e 800 milhões de anos atrás e no período da Máxima Térmica Paleocene-Eoceno, há 50 milhões de anos, as temperaturas eram mais altas.
As "mudanças do clima" demandam milhões de anos.
As "mudanças do clima" demandam milhões de anos.
A temperatura hoje
A "temperatura média" da Terra, hoje, é de 15ºC, uma das mais baixas na história do planeta. Nessa fase os polos concentram geleiras que aumentam e diminuem constantemente e naturalmente. Esses eventos ocorrem há milhões de anos.
Mas, 250 milhões de anos anteriores, a terra viveu seu período mais quente: 32ºC de média. Chamou-se de período de aquecimento extremo. Essa fase ocorreu durante milhões de anos. Os estudos são do Instituto Smithsoniano.
Como se explica?
Nos Estados Unidos, em agosto de 2020, o Vale da Morte, na Califórnia, marcou 54,4 graus Celsius, a mais alta temperatura do planeta, desde 1931. Observa-se que, naquela época (1931), as emissões de carbono, geradas pelo homem e suas máquinas, eram irrisórias e insuficientes para provocar tanto calor.
Igualmente, em 1923, quando a produção industrial no planeta era pequena, viveu-se, em várias partes do mundo, ondas de calor intensas. Falava-se no fim do mundo. Na história recente a temperatura subiu - mesmo com baixa atividade industrial - e resfriou durante um período, independente das emissões de gases na atmosfera.
Sabe-se que, entre 1915 a 1940, houve registro no aumento de temperatura global quando a atividade industrial era ínfima. Mas a temperatura média da Terra caiu entre 1940 a 1975 e esse resfriamento foi provocado por emissões antrópicas de aerrossóis de sulfato (queima de combustíveis fósseis) que podem causar impactos diretos e indiretos no clima. A queda de temperatura ocorreu exatamente no momento da maior produção industrial mundial, inclusive pós guerra, com maior emissão de CO2.
De 1975 até hoje, há registro de aumento da temperatura que permanecerá pelo menos nesse século, segundo a ciência.
Sintomas precedentes
Todas as vezes que o planeta Terra tornou-se um caldeirão quente precedeu-se com emissão imensa de gases causados por violentas erupções vulcânicas com enormes quantidades de dióxido de carbono lançados na atmosfera ou metano, no fundo do mar. Mas essas alterações climáticas - aumento e redução - ocorreram após muitos milhões de anos. Até bilhões.
Como se mede a temperatura
Os registros de temperatura de termômetros e estações meteorológicas existem apenas para uma pequena parte da vida de 4,54 bilhões de anos do nosso planeta. Ao estudar pistas indiretas — assinaturas químicas e estruturais de rochas, fósseis e cristais, sedimentos oceânicos, recifes fossilizados, anéis de árvores e núcleos de gelo — no entanto, os cientistas podem inferir temperaturas passadas. (Climate.gov | NOAA ciência e informação para uma nação inteligente para o clima)
Durante o IPCC de 2007 (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), 2.500 pesquisadores, de 130 países, concluíram que o aumento de "temperatura média" do planeta subiu 0,7ºC por conta das ações do homem, entre 1901 e 2005.
"Isso não tem nada de científico" - afirmam cientistas canadenses e dinamarqueses que realizaram estudos recentes sobre o tema. Esse conceito matemático e termodinâmico é impossível, afirmam. O Dr. Bjarne Andresen (Universidade de Copenhague) diz que "o clima não é governado por uma única temperatura. São as diferenças de temperaturas que criam as tempestades, correntes marítimas, trovões, etc. que caracterizam o clima.
" Localmente você pode até referir-se a temperatura média mas falar em temperatura média global beira o absurdo" - resume.
Métodos matemáticos
Em um copo existe água com temperatura de 100ºC e, em outro, água com 0ºC. A média aritmética, para o IPCC, seria 50º C.
Se se aplicar o conceito de média geométrica (os valores das temperaturas são multiplicados e elevados ao quadrado) os cálculos realizados em graus Kelvin são convertidos para Celsius e o resultado será uma temperatura média de 46º C e não 50º C.
Dióxido de carbono: o bom vilão
Quanto menos emissão de gases CO2 saindo dos escapamentos, melhor.
Mas é bom alertar que o vilão não é tão mal assim.
O carbono encontrado na atmosfera, na forma de dióxido de carbono, é essencial para a vida nosso planeta e, sem ele, as plantas não fariam fotossíntese. E fotossíntese (síntese pela luz) é o processo que as plantas consomem dióxido de carbono e transformam em oxigênio que é a fonte primária de energia para todos os seres viventes.
A erupção de vulcões lança muitas toneladas de dióxido de carbono na atmosfera e muitos organismos liberam esse gás, inclusive plantas e árvores (chamadas de compensadoras de dióxido de carbono) que, em determinadas circunstâncias, passam a respirar oxigênio e liberar dióxido.
O futuro do planeta e a histeria no presente
Estudos ainda em andamento indicam que Vênus pode não ter sido destruído pelo Sol mas vítima de imensas atividades vulcânicas que provocaram liberações de grande volume de CO2 na atmosfera, um processo que demandou bilhões de anos.
Cientistas mostram que, qualquer que for o cenário - destruição pelo calor do sol ou por atividades vulcânicas - eventos que fogem do controle humano, levarão a Terra viver um período muitíssimo quente.
O futuro da Terra independerá dos 8,5 bilhões e meio de seres humanos, nem da sua histeria. Nem dos sonhos roubados. Nem dos peidos dos carneiros australianos. Devemos recordar que a "ciência", até a semana passada, acreditava que éramos 9 planetas no sistema solar e, faz alguns segundos, descobrimos que somos milhões de sistemas solares rodando por ai.
O futuro da Terra independerá dos 8,5 bilhões e meio de seres humanos, nem da sua histeria. Nem dos sonhos roubados. Nem dos peidos dos carneiros australianos. Devemos recordar que a "ciência", até a semana passada, acreditava que éramos 9 planetas no sistema solar e, faz alguns segundos, descobrimos que somos milhões de sistemas solares rodando por ai.