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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Quais deputados mantiveram o cargo de Natan Donadon. STF concede liminar e anula sessão da câmara.


Deputado presidiário Natan Donadon chegando à Câmara, vindo da Penitenciária da Papuda

Condenado a 13 anos de prisão, em regime fechado, por peculato e formação de quadrilha, o Deputado Natan Donadon foi absolvido pelos seus colegas da câmara, na última quarta feira, do pedido de cassação do seu mandato. Demonstrando corporativismo, falta de ética e vergonha, o congresso criou um impasse constitucional sem precedentes considerando que todo condenado em última instância perde seus direitos políticos. Luis Roberto Barroso, ministro recém empossado no Supremo, concedeu, em caráter liminar, a suspensão da sessão que absolveu Donadon. A votação secreta registrou que 233 deputados votaram pela cassação, 131 contra e 41 se abstiveram. Seriam necessários 257 votos para a cassação. Faltaram 24.

Mesmo assim, usando a lógica, o presidente da casa, Henrique Alves, afastou Donadon e convocou seu suplente. Afinal, como manter o cargo do deputado se o presidiário não pode sair da penitenciária da Papuda - onde está encarcerado desde 28 de julho - para participar das sessões? Como manter seus direitos políticos que foram automaticamente cassados quando a sentença foi determinada em última instância?

A decisão provisória da medida liminar valerá até que a câmara federal decida o assunto definitivamente. Barroso determinou dez dias para que a Câmara e a Advogacia Geral da União se manifestem. Após, enviará o processo ao plenário do STF para julgamento.O G1 publicou uma lista que mostra os nomes dos deputados que fugiram e não participaram da votação e muitos presentes mas que não votaram, ajudando a manter o cargo do Deputado presidiário Natan Donadon.

PT (21 não votaram, 24% da bancada)
Angelo Vanhoni (PR) PAnselmo de Jesus (RO)
Artur Bruno (CE)
Beto Faro (PA) P
Biffi (MS) P
Bohn Gass (RS)
Iriny Lopes (ES) P
João Paulo Cunha (SP) P
José Genoino (SP)
Josias Gomes (BA)
Luiz Alberto (BA)
Marcon (RS)
Marina Santanna (GO) P
Miguel Corrêa (MG) P
Odair Cunha (MG) P
Pedro Eugênio (PE) P
Pedro Uczai (SC) P
Rogerio Carvalho (SE)
Ronaldo Zulke (RS)
Vicentinho (SP) P
Weliton Prado (MG)

DEM (6 não votaram, 21% da bancada)
Abelardo Lupion (PR)
Betinho Rosado (RN)
Claudio Cajado (BA) P
Eli Correa Filho (SP) P
Jorge Tadeu Mudalen (SP) P
Lira Maia (PA) P

PC do B (2 não votaram, 15% da bancada)
Alice Portugal (BA)
Jandira Feghali (RJ) P

PDT (3 não votaram, 12% da bancada)
Enio Bacci (RS) P
Giovani Cherini (RS) P
Giovanni Queiroz (PA) P

PMDB (15 não votaram, 19% da bancada)
Alceu Moreira (RS)
André Zacharow (PR) P
Arthur Oliveira Maia (BA)
Asdrubal Bentes (PA)
Carlos Bezerra (MT)
Darcísio Perondi (RS)
Eliseu Padilha (RS) P
Gabriel Chalita (SP) P
Genecias Noronha (CE) P
José Priante (PA) P
Leonardo Quintão (MG) P
Mário Feitoza (CE)
Newton Cardoso (MG) P
Renan Filho (AL)

PMN (1 não votou, 33% da bancada)
Jaqueline Roriz (DF) P

PP (14 não votaram, 37% da bancada)
Afonso Hamm (RS)
Beto Mansur (SP) P
Carlos Magno (RO)
Guilherme Mussi (SP)
José Linhares (CE) P
José Otávio Germano (RS) P
Luiz Fernando Faria (MG) P
Paulo Maluf (SP) P
Pedro Henry (MT)
Renato Molling (RS)
Renzo Braz (MG) P
Toninho Pinheiro (MG) P
Vilson Covatti (RS) P
Waldir Maranhao (MA)

PPS (2 não votaram, 18% da bancada)
Almeida Lima (SE)
Arnaldo Jardim (SP) P

PR (8 não votaram, 22% da bancada)
Bernardo Santana de Vasconcellos (MG)
Inocêncio Oliveira (PE)
Laércio Oliveira (SE)
Manuel Rosa Neca (RJ)
Valdemar Costa Neto (SP) P
Vicente Arruda (CE) P
Zé Vieira (MA)
Zoinho (RJ)

PRB (1 não votou, 10% da bancada)
Vilalba (PE)

PSB (6 não votaram, 24% da bancada)

Abelardo Camarinha (SP) P
Alexandre Roso (RS)
Antônio Balhmann (CE)
Beto Albuquerque (RS)
Paulo Foletto (ES) P
Sandra Rosado (RN)

PSC (2 não votaram, 13% da bancada)
Nelson Padovani (PR) P
Pastor Marco Feliciano (SP) P

PSD (12 não votaram, 27% da bancada)
Dr. Luiz Fernando (AM)
Edson Pimenta (BA) P
Eduardo Sciarra (PR) P
Eliene Lima (MT) P
Fernando Torres (BA)
Heuler Cruvinel (GO)
Homero Pereira (MT)
João Lyra (AL)
José Carlos Araújo (BA) P
Manoel Salviano (CE)
Marcos Montes (MG)
Sérgio Brito (BA) P

PSDB (6 não votaram, 12% da bancada)
Carlos Roberto (SP) P
Marco Tebaldi (SC) P
Marcus Pestana (MG)
Pinto Itamaraty (MA)
Sérgio Guerra (PE)
Vanderlei Macris (SP)

PTB (2 não votaram, 11% da bancada)
Jovair Arantes (GO)
Sabino Castelo Branco (AM)

PTdoB (1 não votou, 33% da bancada)
Rosinha da Adefal (AL)

PV (1 não votou, 10% da bancada)
Eurico Junior (RJ) P

SEM PARTIDO (1 não votou)
Romário (RJ)

Eli Corrêa Filho alegou problemas de saúde (será operado nesta semana), Marcus Pestana que estava em funeral de familiares, Romário seria operado no dia seguinte.
Este é o resumo da vergonha.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O Brasil tem o primeiro deputado presidiário da história


Deputado condenado pelo STF não perde mandato na Câmara Federal

Natan Donadon, atualmente sem partido, condenado pelo STF por peculato e formação de quadrilha a 13 anos e 4 meses de prisão, não foi cassado pelos seus pares da casa. Donadon, o deputado presidiário, absurdamente, mantém seu mandato. Foram 233 votos pela cassação e 131 contra, além de 41 abstenções. Seriam necessários 257 votos para a perda do mandato. Cerca de 108 deputados não compareceram a votação.

O vexame praticado pela Câmara Federal consolida a opinião de que aquela casa nunca foi e continua não sendo séria, ocupada por despreparados e usurpadores preocupados na prática de imoralidades políticas e corrupção. Não são homens de coragem e ética, são fantoches dos seus próprios e inconfessáveis interesses desonestos.

Diante do anúncio de absolvição de Donadon, o presidente do circo federal, Henrique Eduardo Alves, que é do PMDB-RN, anunciou o afastamento do presidiário e convocou o suplente, Amir Lando, também do PMDB-RO. O presidiário, que cumpre pena na Penitenciária da Papuda desde 28 de julho, continua deputado, embora sem salários e outros benefícios. Ontem ele foi autorizado a comparecer na câmara dos deputados - chegou algemado e escondido da imprensa - e, depois de agradecer ajoelhado, saiu de camburão para a cadeia.

A vergonhosa decisão do circo federal abre caminho para que deputados condenados no mensalão - José Genoino (PT-SP), João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) - riam na cara da justiça. E do povo.

Isso é um vexame e envergonha o país. É preciso mais que passeatas. É preciso uma rebelião.