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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Melhorar a renda dos pobres, sem acesso à educação e ao emprego, é como dar esmola

 
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Os níveis miseráveis de acesso ao emprego e educação dos mais pobres piorou enquanto o nível de renda tenha melhorado, diz pesquisa do próprio governo. Por obrigação da Lei de Acesso à Informação, o relatório foi publicado nos sites do governo e data de 2012.

Mas no item acesso ao emprego e à educação - básico para a conquista da liberdade de cada um - a média é baixíssima: 0,29 e 0,38, respectivamente. Isto é, o pobre brasileiro "ganha" do governo, sem exigência maior, uma renda de R$ 70,00 por mês (32 milhões de cadastrados)
 mas continua desempregado e sem acesso ao conhecimento. Entre os pobres a proporção de analfabetos é maior. Eles continuarão desempregados porque não tem formação. Como o esmoleiro do semáforo que há anos sobrevive esmolando, mas não evolui. É isso que o governo está fazendo.

O Índice de Desenvolvimento da Família (IDF) possibilita mensurar a situação dos pobres e seis aspectos são observados: renda, vulnerabilidade da família, desenvolvimento infantil, habitação, acesso ao trabalho e acesso à educação. Cada item ganha uma nota de zero a um. A média do pobre brasileiro é 0,61, bem longe da nota máxima. No item renda a nota média é 0,63.

Como a condição do Bolsa Família é cessar o pagamento para os que se empregam, dificilmente seus beneficiários tentarão um trabalho sob registro formal. Significa afirmar que a renda do Bolsa Família contribui como barreira para que seus beneficiários consigam trabalho. Mas tem servido para duas coisas básicas: "reduzir" o índice de desemprego (menos pessoas procurando empregos) e compra de voto.

Enquanto o governo investe bilhões na copa do mundo de futebol, 10 milhões de brasileiros adultos continuam analfabetos e as escolas públicas, falidas.