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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Califórnia investe em políticas sociais e taxa de pobreza aumenta


O estado mais rico dos Estados Unidos e com programas sociais de alto investimento tem o maior número de desempregados, pobreza e indigência.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza   
Atualizado em 15 de fevereiro de 2022

O estado americano da Califórnia seria a 5º maior economia do mundo se fosse um país. É, ainda, o centro internacional de negócios e da inovação além do seu IDH altíssimo de 0,934, a Califórnia detém um PIB de US$ 3,018 trilhões (2018) e PIB per capita de US$ 58.619 mas, caminha para a falência. Por tudo isso, o atual governador, corre o risco de sofrer impechament, uma eleição onde o eleitor diz se ele deve continuar Gavin Newsom no comando.

A Califórnia é o mais populoso e rico estado norte americano. Tem 39 538 223 habitantes e é o maior centro industrial e líder na produção de produtos agropecuários, mais de 2/3 da produção de frutas, por exemplo, nos Estados Unidos. As grandes empresas do Vale do Silício povoam a Califórnia: Intel, Google, Apple, Facebook, Twitter, Netflix, LinkedIn,Oracle.

Foi anexado aos Estados Unidos na década de 1850, após a Guerra Mexicana. Das vinte maiores cidades americanas, quatro estão na Califórnia, inclusive Sacramento, sua capital. Apesar de cobrar os impostos mais caros do planeta, a Califórnia está abaixo da linha de equilíbrio e caminho para a insolvência. Onde está o problema?

"Apenas dar dinheiro só atrai mais carentes e não resolve" (discurso da população opositora da atual política social do governador Gavin Newsom)

Por décadas o estado é governado pelos Democratas e suas políticas sociais atraem votos progressistas. Enquanto os investimentos de bilhões de dólares socorrem os carentes o estado aumentou seu número de desempregados. E a pobreza. A carga tributária californiana é imensa, uma das mais caras do mundo. Mesmo assim a indigência se alastra e a fonte arrecadadora - taxas e impostos - começa a se esgotar com a saída de milhares de empresas do estado.

O número de  moradores de rua saltou mais de 50% nos últimos 7 anos. A pobreza atinge mais de 6.5 milhões de californianos. Somente em Los Angeles - 3.9 milhões de habitantes - são mais de 70 mil indigentes. Os empregos oferecidos pagam 15 dólares/hora, insuficientes para um aluguel simples que custa acima disso, por mês.

San Francisco, Los Angeles,San Diego, Sacramento e San José: cidades californianas.

Como explicar?

Governado pelos Democratas desde 2011, a Califórnia é servida por programas sociais que "objetivam reduzir as diferenças e desigualdades". Porém, quanto mais investiu dinheiro as diferenças e desigualdades aumentaram. Programas de renda mínima para pagar aluguéis ou dinheiro para imigrantes ilegais fazem parte da plataforma política do atual governador.

Newsom também aprovou a ideia de não punir ladrões de objetos - tipo celular - se o valor roubado não passar de 50 dólares. Com isso lojas são invadidas por grupos que assaltam, roubam e fogem sem a interferência dos proprietários. Se reagirem são formalmente acusados de descumprir a lei.

Ele está envolvido no escândalo dos bilhões de dólares pagos para uma agência de empregos, do estado. A taxa de pobreza dobrou, apesar de tanto investimento social. Enquanto isso dezenas de empresas e mais de 500 mil moradores saíram do estado, onde as cargas tributárias são altas, em direção ao Texas. Inclusive Elon Musk.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Melhorar a renda dos pobres, sem acesso à educação e ao emprego, é como dar esmola

 
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Os níveis miseráveis de acesso ao emprego e educação dos mais pobres piorou enquanto o nível de renda tenha melhorado, diz pesquisa do próprio governo. Por obrigação da Lei de Acesso à Informação, o relatório foi publicado nos sites do governo e data de 2012.

Mas no item acesso ao emprego e à educação - básico para a conquista da liberdade de cada um - a média é baixíssima: 0,29 e 0,38, respectivamente. Isto é, o pobre brasileiro "ganha" do governo, sem exigência maior, uma renda de R$ 70,00 por mês (32 milhões de cadastrados)
 mas continua desempregado e sem acesso ao conhecimento. Entre os pobres a proporção de analfabetos é maior. Eles continuarão desempregados porque não tem formação. Como o esmoleiro do semáforo que há anos sobrevive esmolando, mas não evolui. É isso que o governo está fazendo.

O Índice de Desenvolvimento da Família (IDF) possibilita mensurar a situação dos pobres e seis aspectos são observados: renda, vulnerabilidade da família, desenvolvimento infantil, habitação, acesso ao trabalho e acesso à educação. Cada item ganha uma nota de zero a um. A média do pobre brasileiro é 0,61, bem longe da nota máxima. No item renda a nota média é 0,63.

Como a condição do Bolsa Família é cessar o pagamento para os que se empregam, dificilmente seus beneficiários tentarão um trabalho sob registro formal. Significa afirmar que a renda do Bolsa Família contribui como barreira para que seus beneficiários consigam trabalho. Mas tem servido para duas coisas básicas: "reduzir" o índice de desemprego (menos pessoas procurando empregos) e compra de voto.

Enquanto o governo investe bilhões na copa do mundo de futebol, 10 milhões de brasileiros adultos continuam analfabetos e as escolas públicas, falidas.