Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza
O culto pelo corpo magro, sem reservas de gorduras, tem levado muita gente cometer excessos perigosos. Dietas milagrosas podem provocar danos seríssimos e nem sempre ser magro é sinônimo de boa saúde.
Juliene Montez Pedro, nutricionista do Hospital Ana Costa, alerta que "as dietas restritivas fazem mal tanto para as pessoas magras como para as obesas". Para ela, a restrição de algum nutriente não é bom. O ideal é a adequação, diz.
A matéria é uma publicação na página do Hospital Ana Costa que explica ser essencial, não apenas para quem fez dietas, ter uma alimentação saudável e rica em nutrientes. Nem sempre peso baixo significa boa saúde, alerta.
O Dr. Charles Felix Simões, do mesmo hospital, diz que "tanto o excesso de peso como a magreza extrema ou perda rápida de peso são indicadores de que algo pode estar errado com a saúde." Para o endocrinologista as pessoas magras também devem ser avaliadas periodicamente. A perda de peso pode estar associada a anorexia, bulimia, doenças crônicas, renais, hepáticas, autoimunes, HIV, câncer ou doenças gastrointestinais, principalmente se a queda do peso for repentina.
Na entrevista ao site a nutricionista lembra que "as pessoas que vivem em dieta, sonham com o peso ideal. Mas nem sempre o peso é o maior problema. Antes de tudo é preciso ser saudável. "Equilibrar saúde e peso é ingerir a quantidade de calorias e nutrientes necessários, adequando proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas, fibras e atividade física. Sempre acompanhado por profissionais" - afirma.
As dietas restritivas podem fazer mal para quem já é magro?
O magro deve ter uma dieta semelhante às pessoas com peso maior?
Juliene: Quanto a qualidade sim, porém em quantidade não. Primeiramente, devemos avaliar a questão saúde e, se estiver tudo certo, ofertar mais calorias, podendo ser oferecido uma maior quantidade e alimentos mais calóricos. Porém, nunca devemos esquecer da qualidade dos alimentos ingeridos.