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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Nelson Granciere denunciado por fraude e peculato

MP denuncia “Nelsinho” e empresário por desvio de mais de R$ 200 mil dos cofres públicos

Nelson Virgílio Granciéri
Matra - Marília Transparente  Publicado em 25/07/2013 às 10:56:00

O Ministério Público (MP) ofereceu denúncia contra o ex-chefe de gabinete do Prefeito Mário Bulgareli, Nelson Virgílio Granciéri, o “Nelsinho”, e o empresário Reinaldo Fernandes. Eles são acusados de desviar mais de R$ 220 mil dos cofres do município por serviços não realizados e superfaturados após contratação de uma oficina mecânica.

O documento de acusação com 16 páginas assinadas pelo Promotor de Justiça, Jairo José Gênova, afirma que entre janeiro e agosto de 2011, “Nelsinho” autorizou 31 pagamentos à oficina do empresário fora de ordem cronológica, comprovando o desvio de R$ 221.353,40 dos cofres do município.

“Os dois denunciados uniram-se, para de maneira estável e permanente, desviarem dinheiro público em proveito próprio. Munido desse intento, Reinaldo passou a emitir notas fiscais referentes a serviços não prestados ou refrentes a serviços prestados, mas superfaturados. Nelson, por sua vez, tendo conhecimento disso, autorizava o pagamento”.

Ainda de acordo com o documento de acusação, no período de oito meses, 89% do movimento financeiro da oficina mecânica tinha a Prefeitura como destino e 93% das notas eletrônicas foram emitidas em nome do município.

O processo com cinco volumes e milhares de documentos foi encaminhado para análise do juiz da 3ª Vara Criminal, Décio Divanir Mazeto, que deve acatar ou não o documento de acusação nos próximos dias.

“Nelsinho” e o empresário foram indiciados pelos crimes de peculato e fraude em licitação pública. Em caso de condenação, somadas, as penas podem chegar a até cinco anos de prisão, além de pagamento de multa.

Fonte: Jornal da Manhã

sábado, 10 de dezembro de 2011

Biografia manchada

Aos 35 anos de idade, Nelson Granciere, o ex escriturário municipal, galgou os degraus da fama de forma meteórica e era considerado um jovem de sucesso. Em pouco tempo assumiu a chefia de gabinete de Mário Bulgareli, com quem trabalhou na Emdurb e, pouco depois, a secretaria da Fazenda.

O comando político passou pelas suas mãos e Mário demonstrou-lhe gratidão quando se reelegeu numa campanha disputadíssima contra o filho do seu ex amigo e ex companheiro político Abelardo Camarinha de quem foi vice durante anos e hoje tornou-se seu principal oponente. O comando financeiro também escorreu para as mãos do jovem Nelsinho. Uniu o poder político e a tentação do dinheiro farto, a receita da perdição. Breve começou a construção de uma moderna casa cujo valor estava estratosfericamente incompatível com seu salário, uns seis mil e quinhentos reais.

Não resistiu e sonhou em ser prefeito. As delícias auferidas pelo poder permaneceriam pelo menos oito anos se fizesse o primeiro mandato bem convincente. Lançou-se na aventura política acreditando que sua experiência já era vasta e suficiente para confrontar-se com as raposas. Não era. Nelsinho, acusado de corrupção, foi afastado pela justiça dos seus cargos, permaneceu despachando na prefeitura e fez da sua casa um grande arquivo de documentos impróprios.

Nelsinho não é um jovem de sucesso porquê escolheu o lado errado. Ele está preso, acusado de corrupção. Sua biografia está manchada. Definitivamente.

Nota oficial da Gaeco sobre a prisão de Granciere

Operação do MP e da PF prende ex-chefe de Gabinete da Prefeitura de Marília

 O Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) – Núcleo Bauru e pela Promotoria de Justiça de Marília, em conjunto com a Polícia Federal de Marília, deflagrou operação, nesta sexta-feira (9), que resultou na prisão do chefe de Gabinete da Prefeitura e secretário de Finanças de Marília, Nelson Virgílio Grancieri.
Afastado dos dois cargos que acumulava na Prefeitura, por força de decisão em ação civil pública movida pelo MP, Grancieri foi preso por volta do meio-dia, em sua residência. Ele teve prisão preventiva decretada na quarta-feira pela 1º Vara Criminal da Comarca de Marília a pedido da Promotoria local e do GAECO, cujos promotores denunciaram o secretário por crimes de concussão e coação a testemunhas.
Perícia realizada nos materiais apreendidos na residência de Grancieri revelou evidências de que ele, durante sua gestão como chefe de Gabinete e mesmo depois de afastado do cargo, gerenciava um esquema de pagamento de valores incompatível com suas rendas a diversos aliados, partidos políticos e pessoas de Marília, em quantias que ultrapassavam R$ 500 mil por mês.
A ação desta sexta-feira complementou a operação realizada dia 24 de novembro pelo MP, em conjunto com a Polícia Federal de Marília e a Polícia Militar, para o cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Marília e Bauru.
A operação foi resultado de investigações realizadas pela Promotoria de Justiça de Marília, pelo GAECO e pela Polícia Federal sobre atos de corrupção, concussão, lavagem de dinheiro e corrupção de testemunhas envolvendo um grupo encabeçado por Nelson Virgílio Grancieri.

Os crimes de Granciere na Prefeitura de Marília

Lilian Graziela do JCNET

O Ministério Público do Estado de São Paulo obteve a prisão, no início da tarde desta sexta-feira (9), do ex-chefe de gabinete e ex-secretário de Finanças de Marília (100 quilômetros de Bauru) Nelson Virgílio Grancieri. A prisão preventiva do investigado foi pedida pela promotoria de Justiça de Marília, que atua em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Dízimo, deflagrada ontem.

O pedido de detenção teve como fundamento a denúncia já oferecida à Justiça imputando ao investigado crimes de concussão e coação a testemunhas. O esquema de corrupção teria movimentado cerca de R$ 2 milhões, segundo apuração da Promotoria de Justiça.

Afastado dos dois cargos que acumulava na administração do prefeito Mário Bulgarelli (PDT) desde outubro, por força de liminar em ação civil pública movida pelo MP, Grancieri foi preso por volta do meio-dia, em sua residência. Ele teve a prisão preventiva decretada na última quarta-feira pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Marília, a pedido da Promotoria de Justiça local. Na ação civil, que também tem como réu o ex-assessor de gabinete André Felizario Jacinto, a promotora Rita de Cássia Bérgamo acusa o secretário de exigir 10% do valor a ser recebido por empresa de construção que venceu licitação para realização de obras em três escolas municipais. A propina foi exigida para que fossem liberados pagamentos da prefeitura para a empresa.

Como parte do pagamento da propina exigida por Grancieri, a empresa depositou R$ 14.250,00 na conta bancária dele, além de quitar seus débitos pessoais. A empresa pagou, por exemplo, dois boletos de cartão de crédito da esposa de Grancieri, nos valores de R$ 4 mil e de R$ 1.244,98, além de um boleto no valor de R$ 685,00, emitido por uma loja de material de construção. O cálculo é de que o secretário recebeu indevidamente o total de R$ 75.890,22.

Perícia realizada nos materiais apreendidos na residência de Grancieri revelou evidências de que, durante a sua gestão como chefe de Gabinete e, mesmo depois de afastado do cargo, ele gerenciava um esquema de pagamento de valores incompatível com suas rendas a diversos.