Um incidente marcou a semana de Joaquim Barbosa. Numa abordagem da imprensa, Barbosa teria sido ríspido com um deles, Felipe Recondo, do Estado de São Paulo, para quem pediu para deixa-lo em paz. Instantes depois, uma nota da assessoria de imprensa do Presidente do STF se desculpava por isso.
É mais ou menos assim. Não deve um ministro destemperar-se nem em uma abordagem jornalística ou em seus despachos e decisões. Mas deve sim um ministro reconhecer imediatamente qualquer inconveniência e desculpar-se. E, parece-me, foi o que o ministro Barbosa, publicamente, fez. O que vejo são postagens fazendo comparações do tipo "se fosse o Lula ou se fosse a Dilma"... O Senhor Lula fez da sala presidencial, um motel; de uma secretária amante, uma corrupta decidindo como ministro; de um cargo institucional, o quintal de um partido político.
E este senhor, público, foge da imprensa para não explicar. Se é que tem algo para explicar, lamentar, se desculpar.
Quando se tenta justificar práticas criminosas de uns com as ilicitudes de outros é sinal claro e evidente que não há argumentos de defesa. É sinal que se aceita a trapaça que se pratica porque outros já a praticaram. Isso não é prática democrática: é prostituição de ideais. Quem se prostitui assim certamente se prostituirá de todas as outras formas inconfessáveis.
Gostaria, sinceramente, que PSDB e PT (e todos os demais correlatos partidos fisiologistas) explodissem porque são formados - com raras exceções - de homens fracos, frouxos, covardes que não estão preocupados com o bem estar de ninguém.
Vejam os parlamentares: aprovaram o fim do 14º e 15º salários como meio de "melhorar a imagem" diante do povo. Mas a maioria das benesses, tipo plano de saúde vitalício pra ele e toda família, ilimitado, permanecessem.
Não tenho facção, nem direita, nem esquerda.
Deveríamos ser cidadãos e exercer essa cidadania.
Sem afrontas. Mas se for preciso, lutar, com as armas que forem necessárias para que ninguém retire da gente o direito de viver numa democracia.
O link é o áudio que mostra a indelicadeza do ministro com o repórter. http://bit.ly/166wNGG
Eis o pedido de desculpas feito pelo Ministro:
O ministro Joaquim reafirma sua crença no importante papel desempenhado pela imprensa em uma democracia. Seu apego à liberdade de opinião está expresso em seu permanente diálogo com profissionais dos mais diversos veículos. Seu respeito pelos profissionais de imprensa traduz-se em iniciativas como o diálogo que iniciará no próximo dia 07 de março, quando receberá em audiência o Sr. Carlos Lauria, representante do Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), ONG com sede em Nova Iorque.”