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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Suécia: um dos países mais igualitários da Europa também lidera o ranking da violência contra mulheres

O governo sueco envergonha-se do contraste de país mais avançado da UE na luta pela igualdade... ser um dos mais violentos contra a mulher.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Pela classificação do Foro Econômico Mundial a Suécia é o quinto país do planeta em políticas públicas contra a desigualdade, perdendo apenas para Islândia, Finlândia, Noruega e Nova Zelândia.

A Namíbia, Ruanda, Lituânia, Irlanda e Suíça completam a lista dos dez países mais igualitários. O Brasil classifica-se em 93º lugar. O relatório é de 2021 e considera levantamentos que analisam a igualdade entre mulheres e homens na educação, saúde, política e trabalho, em mais de 150 países.

Na educação e saúde a paridade é praticamente total mas, no mercado de trabalho, existe defasagem atribuída  a baixa ocupação das mulheres em cargos gerenciais e menor participação como força de trabalho. A diferença salarial chega a 40%. Na Islândia, por exemplo, lei instituída em 2018 torna ilegal pagar salários mais altos para homens se a mulher exerce a mesma função.

Luta pela igualdade na Suécia é utopia?

Em casa, nas escolas e no trabalho a população sueca é orientada lutar contra as desigualdades e a pressão vem das rigorosas leis do país e dos meios de comunicação que, por exemplo, denunciam professores que não adotem as práticas. Os que discordam delas são demitidos.

As politicas para "correção de desigualdades de gênero" tem causado comportamentos comuns em ditaduras clássicas: famílias, receosas de serem denunciadas, só comentam esses temas em voz baixa e dentro de casa. Os suecos realmente aceitam as "políticas progressistas" do governo ou tem medo de discordar, diante da patrulha da imprensa?

Amanda Lundeteg, de 35 anos, da ONG Allbriht, é especializada em criar a lista negra que denuncia empresas cotadas na Bolsa de Valores que não tem mulheres na sua diretoria. Ela admite que, apesar de da legislação totalmente pró igualdade, as mulheres suecas estão descontentes. "A Suécia é muito menos progressista do que muitos pensam" - diz.

O governo sueco chegou a propor um sistema de cotas para equilibrar essa divisão nas empresas. A ideia morreu no parlamento.

Numa escola para crianças até 6 anos de idade, bancada parcialmente pela prefeitura de Estocolmo, prega-se o gênero neutro. Para demonstrar "igualdade" os bonecos não tem sexo. Cartazes mostram famílias com crianças com dois pais ou duas mães e nenhuma família com mãe, pai e filhos. Mas quando as próprias crianças se comparam, ficam confusas.

Moradores - que sempre pedem para não serem identificados - queixam-se que os imigrantes não aceitam as leis do país.

O relatório do Conselho Nacional de Prevenção ao Crime concluiu que os imigrantes e seus filhos tem até 3 vezes mais chances de serem considerados suspeitos, baseados nas estatísticas do setor.

Suécia lidera "violência machista"

Segundo relatório da ONU, publicado em 2019, por região, a maior porcentagem de violência contra mulheres ocorre na Oceania (34,7%) com exceção da Austrália e Nova Zelândia, seguida pelas regiões central e sul da Ásia (23%), África (21,5%), Ásia Oriental (12,3%), América Latina e Caribe (11,8%), leste e sudeste da Ásia (9%), Europa e América do Norte (6,1%).

E a Revista Social Science and Medicine, em 2014, publicou o inconcebível: a Suécia tem um dos maiores níveis de violência contra as mulheres, em toda Europa. De lá pra cá, piorou.

O trabalho foi assinado pelos pesquisadores espanhóis Enrique Gracia e Juan Merlo, respectivamente psicólogo social da Universidade de Valência e epidemiologista da Universidade de Lund sob o título Paradoxo Nórdico.
Tanto a Dinamarca e Finlândia, como a Suécia, despontaram como líderes de agressões físicas, sexuais e psicológicas dentro da relação ou fora dela. A pesquisa da FRA, Agência Européia de Direitos Humanos sobre violência contra as mulheres baseia-se em entrevistas presenciais com 42.000 mulheres em toda a UE, no ano de 2012.

O governo sueco envergonha-se do contraste de país mais avançado da UE na luta pela igualdade... ser um dos mais violentos contra a mulher. Os "especialistas" em criar respostas para tamanho paradoxo citam o consumo de álcool excessivo ou ciúme de homens machistas por mulheres competindo nas vagas de trabalho.

Para evitar um tom preconceituoso o governo evita culpar os imigrantes/refugiados que o país, por lei da UE, é obrigado aceitar.

Onda de assassinatos de mulheres

A luta pela igualdade de gênero entrou no foco com uma onda de assassinatos de mulheres na Suécia. Em cinco semanas seis mulheres foram mortas em crimes domésticos. O que mais preocupa é que isso ocorre no país mais elogiado por sua legislação igualitária. Os governantes começam a entender que "consciência não se impõe por decretos".

A violência contra mulheres aumentou no país. As autoridades registraram 16.500 casos de agressão doméstica em 2020, mais de 14,5% em relação ao ano anterior. E tudo isso ocorre dez anos depois de implantados programas de proteção à mulher e igualdade de gênero.

Revolta de imigrantes: exigem mudança das leis 
Carro da médica Karolin Hakim, morta em Malmö

Imigrantes: ocorrências sem registro da etnia

Um dos temas debatidos internamente, com pouca divulgação pela imprensa, envolve os recentes movimentos migratórios e a violência no país. Para não contrariar as pregações de igualdade, a polícia sueca não registra as ocorrências de crimes com a caracterização étnica do criminoso. Sabe-se, entretanto, que muitos que estão sendo julgados não são suecos. A afirmação vem dos promotores de justiça.

A França, Bélgica e Espanha tem o maior número de roubos, por habitante, na Europa. Depois vem a Suécia. Mas em número de tiroteios os suecos avançaram: em quase 400 incidentes com armas de fogo 47 mortos em 2020.

Em 2015 a Suécia recebeu mais imigrantes, por exemplo, que a Alemanha. O país tornou-se refúgio de quase 200 mil deles principalmente pelo auxílio financeiro oferecido pelo governo. Revoltas e destruição em manifestações dos refugiados que não aceitavam algumas leis do país, drogas e crimes assustaram a população. A situação fugiu do controle com o tráfico de drogas, tiroteios e mortes.

terça-feira, 27 de julho de 2021

Suécia, Dinamarca, Finlândia e Noruega: menos mortos, sem lockdown


Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza
Atualizado em 4 de fevereiro de 2022

"A histeria da mídia é mais perigosa que o próprio vírus." (Robert Andersson, de Södermalm, Estocolmo)

 A emissora de televisão norte americana CBS disse, repetidas vezes, que a Suécia era um "exemplo de como não lidar com Covid-19" e o The Guardian - o pomposo jornal inglês - considerou as decisões adotadas pelo governo sueco como uma "potencial catástrofe".

As críticas tinham um alvo: os protocolos adotados pela Suécia durante a pandemia em 2020, não considerava o lockdown, na contramão das políticas adotadas pela maioria dos governos europeus.

Nem só a "imprensa" estava errada - e escondeu os bons resultados da Suécia - como epidemiologistas estão reestudando a abordagem que permitiu a Suécia ter menor taxa de mortalidade, comparada com grande parte da Europa, em 2020 e no primeiro semestre de 2021 que chegou ao dia 26 de julho com zero mortos por covid-19.

Lockdown X Ciência

Recentemente mais de 100 mil franceses protestaram contra a estratégia do presidente Macron que decidiu que não vacinados não podem sair as ruas. Na Austrália pouco mais de uma centena de contaminados foi registrada positiva entre mais de 100 mil exames e, mesmo assim, o país entrou em lockdown. Bloqueios são contenções artificiais e, se utilizado por longos períodos, podem causar danos irreversíveis e mais mortes. As estatísticas mostram isso. Suécia, Dinamarca, Finlândia e Noruega registraram os menores índices de mortalidade. Todos eles tem algo em comum: não usaram lockdown.

Anders Tegnell, epidemiologista
Suécia: A vida continua, como antes

Nesta primavera casais namoram nos parques, crianças brincam, escolas, cafés e restaurantes estão abertos e o sistema de transporte público ativo. Stefan Löfven, primeiro ministro sueco, apenas pediu para que o povo se comportassem como adultos.

Mas foi Anders Tegnell, considerado um dos melhores epidemiologistas do mundo, que sofreu as maiores críticas vindas da comunidade científica ao não adotar os bloqueios. Mas as estatísticas estão a seu favor: sem bloqueios a Suécia experimentou um resultado ótimo: os números da taxa de mortalidade foram muito menores que a maioria dos países europeus, em 2020, segundo a agência Reuters.

Números mostram que a Suécia acertou 

A Suécia teve 7,7% mais mortes em 2020 do que sua média dos últimos quatro anos enquanto Espanha e Bélgica, com lockdown rigorosos, experimentaram a chamada mortalidade em excesso, de 18,1% e 16,2%, respectivamente. Vinte e um países apresentaram maior mortalidade em excesso do que a Suécia. Os dados são da UE Eurostat.
Mas, como explicar que a taxa de mortalidade da Dinamarca, Finlândia e Noruega foram menores ainda que a Suécia? A Dinamarca (1,5%) e a Finlândia (1,0%), na verdade, adotaram políticas muito menos restritivas que as suecas. A Noruega registrou 0% de mortalidade em excesso.
Considerada pela imprensa como "uma potencial catástrofe", a Suécia zerou número de mortos, sem histeria.

A Bloomberg afirmou que a "Suécia foi muito criticada por contrariar a tendência entre os governos que impuseram decretos draconianos de bloqueios que prejudicaram a economia mundial e jogaram milhões fora do trabalho e, meses depois, os dados mostraram que a Suécia havia achatado a curva, com sucesso, em contraste com muitos outros pontos quentes globais."
"Alguns acreditavam que era possível eliminar a transmissão de doenças fechando a sociedade", disse Johan Carlson, diretor da Agência de Saúde Pública da Suécia. "Nós não acreditamos nisso e nós temos provado que está certo."
Somente agora o mundo discute os graves erros praticados por governantes que descartaram as liberdades e abraçaram os bloqueios, com péssimos resultados. Muitos estudos acadêmicos mostram isso.

Estocolmo: a ciência venceu a histeria

Um artigo de Jon Miltimore, para a Foundation For Economic Educacion, diz que "uma das razões pelas quais a Suécia viu uma taxa de mortalidade menor do que a maioria de seus homólogos europeus é porque seus líderes reconheceram os imensos prejuízos dos bloqueios. Como resultado, a Suécia evitou grande parte dos danos colaterais associados aos bloqueios, que incluem sofrimento econômico, aumento do suicídio, depressão do isolamento social, abuso de drogas e álcool e outras consequências adversas de cura pública.

Com lockdown os EUA viram a saúde mental regredir 20 anos, no ano passado. O CDC relata o aumento da depressão em jovens. Houve picos de suicídio, overdoses de drogas.

domingo, 24 de março de 2013

A diferença entre deputados suecos e brasileiros


Estocolmo: na Suécia políticos não tem luxo e privilégios

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Este pequeno documentário mostra, em resumo, que os deputados suecos tem poucas mordomias, nenhum luxo e poucos privilégios. Eles são cobrados constantemente pelos eleitores. A diferença entre os políticos de lá e os de cá, são muitas e enormes. 

Basta citar que até a bem pouco tempo os deputados federais suecos dormiam em sofás camas em seus próprios gabinetes. Mais recentemente ocupam apartamentos de 40 m2 onde as lavanderias são comunitárias e eles não dispõe de empregadas para cuidar da limpeza. Cada um se vira como pode. Alguns ocupam apartamentos menores onde até a  cozinha  é comunitária.

Ao primeiro ministro do país foi cedida uma casa de 300 m2, um luxo até desproporcional. Mas limpar, lavar e passar é coisa que ele mesmo faz em sua "mansão".

No Brasil a farra começa com carros, motoristas, verbas de telefone, correio, passagens aéreas e até bem pouco tempo, 14º e 15º salários. Poucos sabem, mas a reforma 423 apartamentos dos deputados federais, se a verba for liberada pelo novo presidente da casa, Henrique Alves, pode custar R$ 460 milhões. Além da reforma estão programadas as compras de mobílias e eletro domésticos e eletrônicos para equipar cada apartamento que é usado 3 dias por semana. 

Os valores são muito maiores que do projeto de reurbanização da Favela Gleba São Francisco, em São Paulo. O orçamento para tal é de R$ 260 milhões e estão incluídos canalização de córregos, contenção de encostas, urbanização de ruas, construção de parques e 1.400 apartamentos, obras que beneficiarão 29 mil moradores.

Além dos gordos salários, os deputados recebem verbas de todos os tipos, contratam dezenas de assessores e secretários e possuem planos de saúde com gastos ilimitados e vitalícios para ele e toda a família.

Essas informações, em qualquer país onde o povo tem capacidade de indignação e coragem, gerariam uma revolta popular armada, tal e qual na Rússia dos Czares derrubados pelo proletariado. Depois foram os comunistas que deixaram-se envolver pelas mordomias e o país se transformou num antro de ditadores corruptos.