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sábado, 29 de janeiro de 2022

Poesia erótica para crianças do Ensino Básico

Ciuminho básico
(Ana Elisa Ribeiro)


escuta
calado
a proposta rude
deste meu
ciúme:
vou cercar tua boca
com arame farpado
pôr cerca elétrica
ao redor dos braços
na envergadura
pra bloquear o abraço
vou serrar teus sorrisos
deixar apenas os sisos
esculhambar com teus olhos
furá-los com farpas
queimar os cabelos
no pau acendo uma tocha
que se apague apenas
ao sinal da minha xota
finco no cu uma placa
"não há vagas, vagabundas"
na bunda ponho uma cerca
proíbo os arrepios
exceto os de medo
e marco no lombo, a brasa,
a impressão única do meu dedo

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O poema acima, de Ana Eliza Ribeiro, foi apresentado aos alunos do 5º ano do Ensino Básico da Escola Jaime Avelar Lima, no Bairro Bom Destino, em Santa Luzia, cidade localizada na região metropolitana de Belo Horizonte e causou furor entre alunos e seus pais. Crianças de 10 anos leram e participaram de atividades baseadas nesse poema. Uma cópia foi anexada aos cadernos dos alunos. O trabalho escolar faz parte de um concurso que contou com a presença da autora do texto durante a leitura dos alunos. O fato ocorreu por volta de 2015.

Pais queixaram-se e a prefeitura prometeu uma sindicância.

Mas o próprio Ministério da Educação publica livros e cartilhas considerados apologia ao homossexualismo. Numa das cartilhas sugere à criança optar sexualmente por homem e mulher, ao mesmo tempo, considerando que isso evitará que o garoto fique sozinho "se, no final de semana não achar uma namorada ele pode ficar com outro menino".

Esse tipo de material vinha sendo distribuído para as escolas da rede pública e contendo aulas de como as meninas devem se masturbar e "como se fica, as melhores ficadas, com quem e como". Há um espaço para as menores anotarem "suas melhores ficadas e como foram". Numa das cartilhas conta-se a história do "Fazendeiro Solitário" com um pênis enorme e as galinhas com as cloacas gigantes, sugerindo zoofilia.


Livros contendo orientação homossexual eram a preferência entre "educadores" do MEC. Alguns títulos, como o Rei & o Rei, um conto que narra a busca de um príncipe por outro príncipe e se casam e são felizes para sempre. Essa leitura era destinada a crianças de 2 e 3 anos de idade. "Menino ama menino" é outra título para crianças do fundamental como "Menino brinca de boneca?".

Para Lilia Rossi, então na alta cúpula do Ministério da Saúde, "uma educação diferenciada pode fazer desabrochar em todo menino seu lado feminino e em toda menina seu lado masculino".

O foco também estava perdido na área da saúde. Ao invés da prevenção as drogas, o SUS, Sistema Único de Saúde, elaborou uma cartilha destinada as crianças em idade escolar do fundamental onde orienta que "após fumar o crack deve-se passar um protetor labial para evitar o ressecamento".

As cartilhas contém informações e advertências as crianças: "Se você consumir cocaína, não use canudo de papel pois eles contém bactérias, use canudinhos de plástico" - diz o manual do Ministério da Saúde e distribuído pelo Ministério da Educação. Para muitos educadores, o Estado capitulou diante do avanço das drogas e prefere advertir para os perigos de ressecamento dos lábios do que para o vício.

Sobre o consumo de ecstasy, o Ministério da Saúde na época advertia as crianças prestarem atenção se não estão comprando "gato por lebre", isto é, verificar se o "fornecedor" - o traficante - é sério e vende produto de boa qualidade.

Os responsáveis por esse nível de "educação sexual" não são os professores de uma pequena escola de interior, mas os gestores do MEC naquele período.


Escola de periferia, sem estrutura e sem direção. Poemas eróticos
para crianças que mal sabem ler e escrever.