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terça-feira, 25 de junho de 2013

Por causa do preço do pão começou a revolução francesa


Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

A França, em 1790, era um estado absolutista (centralização de todo poder político nas mãos do rei) dominado por três grupos distintos: os nobres, o clero e o povo, este último nunca representado ou ouvido pelos demais. Os nobres e o clero católico ditavam o pensamento enquanto arrombavam os cofres públicos alheios às necessidades da população. Para suprir tamanho gasto e para enfrentar uma grave crise financeira, impunha-se a cobrança de pesados impostos ao povo.

Os opositores ao regime e à religião oficial eram encarcerados na fortaleza chamada Bastilha, um velho palácio construído em 1370. Tentava-se calar os inimigos do poder. Os franceses, em 14 de julho de 1789, cansados do desprezo dos governantes e diante da decadência econômica do país, invadiu e tomou Bastilha, representação máxima do poder na época. Foi o marco do início da revolução francesa.

E, curiosamente, a indignação popular começou com protestos contra o aumento do preço do pão. O povo, na força, tomou o comando do país para si, instaurando os direitos fundamentais de liberdade e igualdade perante a lei, inspirados pelo iluminismo.

Tal lá, como cá, o poder centrado nas mãos de uma presidente incompetente e a farra dos três poderes, levaram o Brasil à crise econômica, excesso de impostos, explosão de preços e a indignação popular. Tudo regado com ameaças de cerceamento de liberdade de imprensa.

Lá foi pelo aumento do preço do pãozinho. Aqui, das tarifas de ônibus. E a Bastilha caiu!

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Ricardo Boechat indignado: Sou a favor de quebra-quebra, revolta, jogar o ovo em autoridade

Ricardo Boechat: tem que ir pra cima, sim
Aos 60 anos o jornalista Ricardo Boechat, da Band, rasga o verbo. Indignado com tanta corrupção, ele diz que "tem que ir pra cima, jogar ovo, revolta, quebra-quebra, tem que ser assim" - diz ele, numa entrevista em que se irrita e deixa claro que "vandalismo é ver o filho morrer no hospital, sem remédios, equipamentos e médico".

Revolta não é vandalismo. Ele diz que pra resolver tem que ir pra rua, protestar, exigir, tirar a bunda do sofá. Click na imagem abaixo e assista a indignação do jornalista brasileiro.


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Post no Face do Tito e Oswaldo

Caros amigos.
Tenho acompanhado alguns casos, como da menina Isadora Faber que está sendo pressionada pela própria escola, quando deveria ser apresentada como modelo de cidadania. Essa garota, aos 13 anos, tomou a iniciativa de buscar seus direitos em benefício da coletividade, exemplo que os estudantes de Marília deveriam seguir, mas preferem se preocupar com banalidades da moda.

A professora nordestina, igualmente punida pelos superiores, denunciou a precariedade da escola. O Oswaldo é outro exemplo de luta e todos conhecem sua labuta. E, como tantos, acaba se sacrificando pelo coletivo que nem sempre reconhece o trabalho e as vezes até se afasta com medo dos respingos do ódio destilado pelos denunciados.

A sociedade se acovarda diante dos problemas, tem medo de falar, não enfrenta e, geralmente, faz de conta que não viu ou não sabe.

Ainda ontem, quando discutia sobre violência, um indivíduo resumiu a conversa na frase "não quero nem saber, problema de quem mora lá" como se Marília estivesse vacinada contra essa virulência. Isso acontece lá e também cá porque a sociedade não protestou contra a leis que atenuam e beneficiam a ilicitude e se transformam em incentivo ao crime. Isso tudo acontece porque a sociedade fechou os olhos para a incompetência dos governantes que transformaram as escolas públicas no lixo que é e prefeririam, egoisticamente, pagar por escolas particulares. Isso acontece porque, diante de uma saúde pública de péssima qualidade, ao invés de protestar exigindo seus direitos, preferiu pagar planos de saúde. Isso acontece porque, diante da falta de uma política de segurança pública, ao invés de lutar por melhorias na área, preferiu erguer os muros e equipar suas casas com sistemas de vigilância e blindar seus carros.

Que paguem planos de saúde, escolas particulares e blindem seus carros, mas, por favor, não sejam covardes e se aquietem diante de tanta corrupção, de tanta hipocrisia e incompetência dos governantes, de tanta imoralidade cometida por aqueles que deveriam ser exemplos.

Não tenham medo de afirmar que a educação vai mal porque é administrada por políticos incapazes; que a saúde pública é tão vergonhosa quanto os constantes escândalos de corrupção que grassam pelo país afora:

Não tenham medo de dizer que a violência é consequência da falta de pulso, da falta de comando, do excesso de tolerância com a bandidagem e da falta de competência do governo, em todas as esferas. Meta o dedo na cara desses políticos canalhas - salvem honrosas e raríssimas exceções - e exijam deles o que deles se esperou.

Pra fazer isso é preciso ter coragem?
Não, nem tanto. É preciso ser cidadão!

PS: Este texto postei para dois amigos, Oswaldo Machado e Tito Bassan (o professor eu conheço pelo Facebook), cidadãos com capacidade de indignação, numa publicação em que abordam exatamente a falta de cidadania.