"Era tudo roubo. Vi maços de dinheiro serem distribuídos" - denunciou o empresário João Batista Vieira Machado em entrevista ao Jornal O Estado de São Paulo. João está se referindo ao desvio de mais de R$ 4,150 milhões, verba destinada a alimentar crianças atendidas por um programa de esportes do governo federal. Segundo ele o dinheiro foi parar nas mãos de políticos de Brasilia, Santa Catarina e Rio de Janeiro, entre 2009 e 2010.
Machado foi contratado por integrantes do PC do B de Santa Catarina, que dirigiam a Ong Instituto Contato, para fraudar o programa Segundo Tempo do Ministério do Esporte. Ele tinha que fornecer lanches para crianças atendidas neste programa, cujo valor foi de R$ 498 mil. Os outros 4 milhões 150 mil foram usados com fins políticos. O escandalo custou o cargo de ministro de Orlando Silva, demitido por Dilma e hoje ocupado por Aldo Rabelo, também do mesmo partido.