José Dirceu tenta mobilização popular contra o STF
Simplesmente Zé Dirceu não aceita o que o STF reservou pra ele nos próximos anos: a cadeia. Antes, o poderoso ladrão não acreditava, sequer, na possibilidade de ser processado, quanto mais condenado.
Denunciado pelo ministério público Dirceu passou a acreditar nas promessas de um indigente mental de que seria inocentado, no mínimo. Afinal, dos onze julgadores, oito foram indicados pelo deus da Marta Suplicy. Não bastasse isso, o "grande estadista" brasileiro resolveu cutucar a onça com vara curta num flagrante menosprezo pelo poder judiciário. Agindo como o Coronel Ramiro Bastos buscou encurtar os caminhos legais e propôs a malandragem, sob ameaça, coação na verdadeira acepção da palavra. A volta do coronelismo. O ex-ministro foi condenado a 10 anos e 10 meses, em regime fechado e vai amargar pelo menos um ano e oito meses, na cela.
Deu no que deu: Lula acreditava que nosso judiciário por tradição até então, passivo e subserviente, prontamente atenderia sua reivindicação. Mas, felizmente, o Supremo Tribunal Federal demarcou fronteira: "O conceito de República aponta para o consenso jurídico do governo das leis e não do governo dos homens, ou seja aponta para o valor do Estado de Direito. O governo das leis obstaculiza o efeito corruptor do abuso de poder, das preferências pessoais dos governantes por meio da função equalizadora das normas gerais, que assegura a previsibilidade das ações pessoais e, por tabela, o exercício da liberdade" - sentenciou Celso de Mello. Mas quem é Lula para, minimamente, compreender isso?
Deu no que deu: Lula acreditava que nosso judiciário por tradição até então, passivo e subserviente, prontamente atenderia sua reivindicação. Mas, felizmente, o Supremo Tribunal Federal demarcou fronteira: "O conceito de República aponta para o consenso jurídico do governo das leis e não do governo dos homens, ou seja aponta para o valor do Estado de Direito. O governo das leis obstaculiza o efeito corruptor do abuso de poder, das preferências pessoais dos governantes por meio da função equalizadora das normas gerais, que assegura a previsibilidade das ações pessoais e, por tabela, o exercício da liberdade" - sentenciou Celso de Mello. Mas quem é Lula para, minimamente, compreender isso?
Dirceu subestimou Joaquim. João Paulo, igualmente condenado, tentou humilha-lo discursando que "ele está lá porque era projeto nosso, era vontade do Lula". Barbosa, como Lula, veio de família humilde e venceu. Mas o negro Joaquim não se curvou à falta de ética e ao banditismo. Joaquim chegou lá por méritos próprios, por competência, sem furtar os direitos de outros.
O chefe da quadrilha passa o tempo que resta de liberdade, antes de ser engaiolado na prisão, tentando mobilizar o povo para um levante contra o STF. Não quer demonstrar, mas borra as botas diante da possibilidade real de ficar na cadeia por bom tempo. Na última sexta feira, durante reunião do diretório do partido, propôs-se moção sugerindo que se promovesse atos contra o Supremo e que não se reconhecesse o julgamento. A sugestão desesperada - que nem chegou a ser votada - foi tão irresponsável quanto a do despreparado Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados, que aventou a possibilidade do Congresso não respeitar a provável decisão do Supremo de cassação dos mandatos de condenados no mensalão. Nas reuniões Dirceu tenta emocionar repetindo o discurso mofado de que sua "condenação é golpe da elite e da imprensa". Nem ele acredita nisso.
As reuniões já realizadas em Osasco, São Paulo, Brasilia e Curitiba não inflamam e nem convencem. A ausência de petistas famosos a esses encontros é sintomático: o grupo já aceitou a derrota e enfiou a viola no saco. E virou a página.
“Falta solidariedade no nosso partido" - reclamou o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), um dos defende ex-ministro publicamente.