Por Edson Joel
Ele reluta, para, pensa antes de responder a pergunta de um promotor que quis saber do que se tratava a chantagem que ele mencionara pouco antes, em seu depoimento.
- Senhor, eu gostaria de não responder essa pergunta porque o que eu fiquei sabendo é muito grave e o senhor não vai poder garantir minha vida - respondeu Marcos Valério, figura conhecida no processo do Mensalão como operador das maracutaias do PT e condenado a quase 40 anos de prisão.
- Senhor, o que eu descobri é muito sério e eu não queria me envolver - repetiu Valério quando o promotor reperguntou sobre os motivos da chantagem.
- Vou pedir pra não responder essa pergunta porque é um assunto muito grave e eu não quero correr risco. Eu tô preso, numa penitenciária...
Questionado se recebera oferta em dinheiro para se calar sobre o assunto ele respondeu prontamente que não mas, relutou, parou, pensou, titubeou e respondeu que esse seria "um assunto fora do processo em questão mas que envolvia brigas, idas e vindas, pessoal do Paulo Okamoto e do Presidente Lula - disse.
Convocado pelo Juiz Sérgio Moro, Valério contou toda a operação do empréstimo bancário que resultou no pagamento a Ronan Maria Pinto que estaria "chantageando Lula, Gilberto Carvalho e o então ministro José Dirceu".
Em detalhes de datas, locais, pessoas e fatos, Valério narrou sobre o pedido feito por Silvio Pereira (06':54") para pagar 6 milhões de reais para Ronan Maria Pinto, empresário de ônibus de Santo André que estaria chantageando a cúpula petista, incluindo Lula.
Conta que, ao descobrir os motivos da chantagem, negou se envolver no caso e que dai é que surgiu o "empréstimo" concedido a José Carlos Bunlai, pelo Banco Schahin, entregue Ronan. O próprio Bunlai já confessara antes.
Aos 12":16" do vídeo, Valério conta que se preocupou quando soube mais sobre Ronan. "O que eu soube não me agradou". Confessa que esteve no Palácio do Planalto umas 600 vezes e que o "comitê de crise do PT" funcionava lá. Confessou que as empresas de publicidade pagavam 2% e que sua empresa era ponte para financiar as atividades do PT. Paulo Okamoto, o presidente do "Instituto Lula", é figura central na confusa e mal explicada morte do prefeito Celso Daniel, petista assassinado em Santo André.
- Todas as empresas de comunicação eram obrigadas a pagar ao PT - disse Marcos Valério. O percentual era de 2%. Ouça o depoimento de Valério, em duas partes.
Ele reluta, para, pensa antes de responder a pergunta de um promotor que quis saber do que se tratava a chantagem que ele mencionara pouco antes, em seu depoimento.
- Senhor, eu gostaria de não responder essa pergunta porque o que eu fiquei sabendo é muito grave e o senhor não vai poder garantir minha vida - respondeu Marcos Valério, figura conhecida no processo do Mensalão como operador das maracutaias do PT e condenado a quase 40 anos de prisão.
- Senhor, o que eu descobri é muito sério e eu não queria me envolver - repetiu Valério quando o promotor reperguntou sobre os motivos da chantagem.
- Vou pedir pra não responder essa pergunta porque é um assunto muito grave e eu não quero correr risco. Eu tô preso, numa penitenciária...
Questionado se recebera oferta em dinheiro para se calar sobre o assunto ele respondeu prontamente que não mas, relutou, parou, pensou, titubeou e respondeu que esse seria "um assunto fora do processo em questão mas que envolvia brigas, idas e vindas, pessoal do Paulo Okamoto e do Presidente Lula - disse.
Convocado pelo Juiz Sérgio Moro, Valério contou toda a operação do empréstimo bancário que resultou no pagamento a Ronan Maria Pinto que estaria "chantageando Lula, Gilberto Carvalho e o então ministro José Dirceu".
Em detalhes de datas, locais, pessoas e fatos, Valério narrou sobre o pedido feito por Silvio Pereira (06':54") para pagar 6 milhões de reais para Ronan Maria Pinto, empresário de ônibus de Santo André que estaria chantageando a cúpula petista, incluindo Lula.
Conta que, ao descobrir os motivos da chantagem, negou se envolver no caso e que dai é que surgiu o "empréstimo" concedido a José Carlos Bunlai, pelo Banco Schahin, entregue Ronan. O próprio Bunlai já confessara antes.
Aos 12":16" do vídeo, Valério conta que se preocupou quando soube mais sobre Ronan. "O que eu soube não me agradou". Confessa que esteve no Palácio do Planalto umas 600 vezes e que o "comitê de crise do PT" funcionava lá. Confessou que as empresas de publicidade pagavam 2% e que sua empresa era ponte para financiar as atividades do PT. Paulo Okamoto, o presidente do "Instituto Lula", é figura central na confusa e mal explicada morte do prefeito Celso Daniel, petista assassinado em Santo André.
- Todas as empresas de comunicação eram obrigadas a pagar ao PT - disse Marcos Valério. O percentual era de 2%. Ouça o depoimento de Valério, em duas partes.
Atualização em 13 de setembro de 2016
O jornal O Estado de São Paulo publicou que o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, revelou ao Juiz Sérgio Moro, na terça-feira, dia 13 de setembro, "a ‘metodologia usada em 2014 pelos então senadores Vital do Rêgo – hoje ministro do Tribunal de Conta da União (TCU) – e Gim Argello (PTB-DF) para barrar as investigações da CPI da Petrobrás. Segundo o executivo, a dupla de senadores traçou um plano de trabalho que postergava propositadamente a investigação sobre corrupção na estatal petrolífera." O objetivo era retardar as investigações que preocupavam muito a presidente Dilma Rousseff.
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