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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A imagem dos políticos brasileiros no exterior é péssima

Condenados por corrupção e formação de quadrilha no processo do mensalão,
José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares e João Paulo Cunha:

The Economist chama políticos brasileiros de 'zumbis'

No artigo, revista britânica cita como exemplo o presidente do Senado, Renan Calheiros


O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - A revista britânica The Economist classificou os políticos brasileiros, citando como exemplo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), de "zumbis". O artigo publicado no último sábado, 16, analisou a manutenção do poder político de figuras públicas envolvidas em casos de corrupção, em alguns casos já até condenadas.

"Apesar de sérias alegações de corrupção, a velha guarda continua voltando", escreveu o semanário no subtítulo do artigo.
 
A análise relembra a última eleição de Renan à presidência do Senado em 2007, quando foi obrigado a renunciar por ter sido acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista de construtora. O texto enfatiza também o fato de a presidente Dilma Rousseff ter aceitado a candidatura de Renan depois de ter sido rígida na punição de ministros enredados em episódios de corrupção.
 
No artigo, Renan é também tido como um "novo exemplo bem estabelecido de fenômeno brasileiro": do político que não é atingido por denúncias. "O Senhor Calheiros é o mais novo exemplo de um bem estabelecido fenômeno brasileiro: o político que consegue sobreviver a qualquer número de pancadas aparentemente fatais", resume o semanário.
 
Outros casos são relembrados pela The Economist. Cita o julgamento do mensalão e também outros políticos condenados por corrupção como os deputado Paulo Maluf (PP) e José Genoino (PT), com críticas de que eles ainda assim continuam exercendo seus mandatos no Congresso.
 
"Um terço dos legisladores do Brasil ou foram condenados ou estão sendo investigados por crimes que vão de compra de votos a roubo e exploração da escravidão", diz o texto.
Apesar disso, a revista mostra que a população se mobilizou em protesto contra mais um exemplo de manutenção de políticos acusados de corrupção no poder público. Uma petição foi aberta na internet pedindo o impeachment de Renan Calheiros, atingindo 1,36 milhão de assinaturas, o suficiente para levar a demanda ao Congresso.
 
"Brasileiros ainda têm esperança de que os zumbis políticos sejam postos para dormir", termina o texto.

The Economist: Brazil’s zombie politicians. Unstoppable?

The Economist
BRAZILIANS! You’ve just been taken for fools!” So wrote the organisers of an online petition calling for the impeachment of Renan Calheiros, who was elected president of Brazil’s Senate on February 1st. And on February 11th, though Carnival was in full swing, the petition notched up more than 1.36m signatures, 1% of the electorate. That gives its backers the right to present their demand to Congress, though they will have to wait until after February 19th to do so: whereas other Brazilians get three days off for Carnival, lawmakers enjoy two full weeks.

Mr Calheiros, a wheeler-dealer of the sort who excels in Brazil’s fragmented coalition politics, was president of the Senate from 2005 to 2007. But he resigned after allegations that a lobbyist had paid maintenance on his behalf to a lover with whom he had had a child, and that he then faked receipts for the sale of cattle to try to prove that he could have afforded to pay her himself. He denies all wrongdoing and has since stayed active in politics, but only behind the scenes. His allies in the Party of the Brazilian Democratic Movement (PMDB), Brazil’s largest, evidently judged it was time for him to return to centre-stage.

The president of Brazil’s Senate has the power to sideline his enemies’ projects and deny them opportunities for patronage. That is why 56 senators voted for Mr Calheiros and only 18 against—even though Aécio Neves and Eduardo Campos, two probable opposition presidential candidates in 2014, had urged their parties to vote for a hastily chosen alternative. Dilma Rousseff, the president, has taken a hard line in the past by sacking ministers facing allegations of corruption. And her Workers’ Party is angry about what it sees as bias: last year’s trial of the mensalão (big monthly stipend) vote-buying scandal saw many of its members handed unexpectedly harsh sentences. But realpolitik prevailed. With the PMDB behind Mr Calheiros, Ms Rousseff accepted his candidacy and telephoned to congratulate him when he won.

Mr Calheiros is the latest example of a well-established Brazilian phenomenon: the politician who can survive any number of seemingly killer blows. Paulo Maluf, found guilty of overbilling and taking kickbacks in the 1990s as São Paulo’s mayor, is so notorious that malufar has entered the Portuguese language, meaning “to steal from public funds”. He was elected to Congress in 2006 and is still there. José Genoino and Francisco Tenório, respectively found guilty of bribery (in the mensalão) and under investigation for murder, have just replaced congressmen who stepped down to become mayors. In total, a third of Brazil’s lawmakers have either been convicted or are being investigated for crimes ranging from vote-buying to theft to slave-holding.

Many Brazilians are perfectly happy to vote for such people. Their compatriots had pinned their hopes on the result of the most recent petition presented to Congress: the ficha limpa(clean record) law of 2010. That shamed lawmakers into barring for eight years the candidacy of anyone found guilty of a crime or electoral wrongdoing—or anyone who had stepped down to avoid investigation. But legal manoeuvring meant the new rules were not implemented until after that year’s elections.

The next round of elections in 2014 should see some of the corruptos kicked out of Congress. But the delay has bred cynicism about political institutions. A recent survey found that, for the first time since the return of democracy in 1988, only a minority of Brazilians now support any specific party.

Instead, more are putting their hope in the courts—and public opinion. Many attribute the stiffmensalão verdicts, in part, to the fact that the trial was broadcast live on television. And it made a hero of the supreme court’s president, Joaquim Barbosa, who rallied his fellow judges to his hard line. While some Carnival revellers took the time to support the “Out with Renan” campaign, others went to street parties wearing Barbosa masks and judges’ gowns. Brazilians still have hope that the political zombies can be laid to rest.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Comparsas abafarão denúncias contra Renan Calheiros

Amante de Renan, Mônica Veloso posou
nua para revista masculina.
Por Edson Joel Hirano Kamaakura de Souza

Dentro do congresso nenhuma denúncia contra Renan Calheiros, o novo presidente do senado, avançará se depender dos comparsas. Renan foi eleito com apoio de Dilma Rousseff e ele é considerado importante parceiro político para os objetivos do governo do PT.

O esquema está montado e toda representação contra Renan, na comissão de ética, será arquivada. O plano começou a funcionar com a violenta defesa de Collor a Renan e contra o procurador geral da República.

O novo presidente do senado está envolvido com o escândalo da amante Mônica Veloso que era sustentada com suposto dinheiro de um lobista, ligado a uma empreiteira. Para justificar o pagamento, depois de descoberto, Renan Calheiros apresentou notas frias. Romero Jucá, do PMDB de Roraima já afirmou: -

"Vamos arquivar. Não adianta ficar remoendo o passado. Isso é matéria vencida e discutida no Senado". Jucá é outro senador com passado comprometido com ações políticos fisiologistas.

Atualização dezembro 2016: Renan Calheiros, somente 9 anos após, transformou-se em réu no STF, nesse processo.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Procurador Geral denuncia Renan Calheiros no STF


Mônica Veloso, jornalista e amante de Renan Calheiros que provocou o escândalo que levou a renúncia da presidência do Senado.
 
Suspeito de apresentar notas fiscais frias para comprovar renda que permitisse conceder uma pensão milionária para uma filha que teve fora do casamento com Mônica Veloso, o Senador Renan Calheiros foi denunciado por Roberto Gurgel, na suprema corte federal.

O processo corre em sigilo e por isso o procurador evitou comentar o assunto com a imprensa. Os ministros do STF é que decidirão se aceitam ou não a denúncia. Renan Calheiros - da antiga tropa de choque de Collor e hoje aliado do PT - "pagava" a pensão através de uma empresa que prestava serviços ao governo. Foi graças a esse episódio que ele renunciou a presidência do congresso e pra onde pretende voltar na sucessão de José Sarney e com apoio da presidente Dilma.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Quem é Mônica Veloso, ex-Renan Calheiros?

O furação Mônica Veloso
O GLOBO

Ex-amante de Renan Calheiros, jornalista conta em livro intimidade com senador, investe em carreira na TV e vira celebridade.

BRASÍLIA - Já ficaram para trás os tempos difíceis em que o romance extra conjugal entre o então todo poderoso presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a jornalista Mônica Veloso movimentou as varas de família em Brasília e quase provocou a perda de seu mandato. Aos 44 anos, em plena forma e com o cofre cheio pela gorda pensão paga pelo senador, o cachê da revista “Playboy” e o saldo de emprego nos Diários Associados até pouco tempo atrás, a agora celebridade da sociedade belo-horizontina ainda provoca estragos por onde passa. E Renan, que viveu um inferno familiar, mas sobreviveu a sete ações para perda de mandato durante o “Renangate”, já prepara o terno para nova posse na presidência do Senado.

Em um relacionamento com o empresário mineiro Paulo Henrique Vieira, Mônica foi o pivô do escândalo político-sexual em 2007, e ainda colhe os louros da fama conseguida com o caso. Ao contrário de Renan, ela não tem do que reclamar. Depois de posar para a “Playboy” — segundo ela, o maior desafio de sua vida —, frequentar o castelo de Caras em Nova York, e ser estrela de um programa semanal na TV dos Diários Associados em BH, Mônica teria pedido demissão há seis meses, segundo seu empregador, porque não ficou satisfeita com a redução do salário.

Mônica também faturou com o lançamento de sua biografia: “O poder que seduz”. No livro, relata que viveu com Renan uma “paixão louca”, tiveram uma filha, mas foram atropelados pela política.

— Quando contei sobre a gravidez, ele entrou em pânico. Dizia ser impossível. Afinal, argumentou, não éramos mais crianças. Fiquei muito triste com a sua reação. Pela primeira vez, percebi que o amor era lindo, mas a política, para ele, era tudo — conta Mônica.


No livro ela relata que faziam planos para construir uma família, e seu sonho era ter uma filha.
— Como qualquer casal apaixonado, tínhamos nossos códigos, nossos momentos e nossas músicas. (…) Nossa música marcante foi a do filme “Lisbela e o Prisioneiro”. Misturávamos as nossas vozes com a do Caetano e cantávamos, baixinho, olhando no fundo dos olhos do outro: “Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer. Você só me ensinou a te querer, e te querendo eu vou tentando me encontrar...” — diz.
Mônica e Renan, como um casal, frequentavam os salões do poder sem a preocupação que o caso um dia transformasse a vida dos dois no turbilhão de denúncias de corrupção.

— Música, perfume e um certo torpor. Champanhe na mão, conversávamos e sorríamos após o jantar (na casa do senador Ney Suassuna). Havíamos brindado por mais um ano, o intenso ano de 2002. (…) Cercado por jornalistas, o senador Eduardo Suplicy falava, empolgado, sobre o programa Renda Mínima e a indicação de Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central. Mais um pouco, o próprio Meirelles chegou. (…) O vento agitando as cortinas, o barulho de cristais e porcelanas como rumores longínquos vindos da sala. Era como se fôssemos as únicas pessoas no mundo — relembra Mônica no livro.


Mas o inferno começou quando a revista “Veja” divulgou que um lobista da Mendes Júnior, Cláudio Gontijo, pagava o aluguel de R$ 4.400 mensais de um apartamento onde morava a jornalista com as duas filhas. O lobista, segundo a denúncia, também pagava R$ 12 mil mensais de pensão para a filha de Renan. Com o estouro do caso, para não ser cassado, Renan renunciou à presidência do Senado.

Mônica vive hoje uma relação estável com o empresário Paulo Henrique Vieira e produz um programa de TV, em Belo Horizonte, onde mora.

— Renan paga pensão mas não tem relação com a filha ou com a Mônica. Ficou um mal-estar familiar grande depois do escândalo. Mônica agora produz um programa de TV e ganha uma fortuna — diz um interlocutor de Renan.

Mônica apresentou até o ano passado o programa de TV “Vrum”, da TV dos Diários Associados, também veiculado por outras emissoras. O “Vrum” é sobre automóveis, e Mônica falava sobre carros antigos e novos, ensinava a trocar pneus e dava dicas de manutenção.

— A Mônica produzia um programa semanal de 40 minutos e tinha um salário de estrela de TV. Ganhava umas 60 pratas. Mas começou a gerar uma situação delicada no jornal com os outros profissionais. Tivemos que renegociar e reduzir para R$ 30 mil, eu acho. Há uns seis meses ela pediu demissão — conta um dos diretores dos Diários Associados.

Ao ser convidada para o Castelo de Caras, em Nova York, disse sobre o caso Renan: “O furacão me fortificou. Hoje não tenho medo de mais nada”.