terça-feira, 19 de maio de 2020

Gripe influenza e pneumonia mataram 81 mil brasileiros em 2018, sem causar pânico. 222 óbitos por dia.

Por dia, em 2018, morreram 222 brasileiros vítimas da influenza (gripe) e pneumonia
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

No ano de 2018 não houve pânico popular e a imprensa brasileira não criou nenhum placar com os números de pessoas que tossiram, espirraram, se contaminaram ou morreram pelo vírus da gripe influenza, como relatam diariamente sobre o Corona Vírus. Mas a influenza e a pneumonia mataram 222 brasileiros, por dia, naquele ano. Foram 81.440 mil óbitos e nenhuma autoridade de saúde pública sequer aventou a possibilidade de quarentena.

Durante o inverno europeu de 2017 morreram 24 mil italianos vítimas da influenza, 277 óbitos, por dia, em média. E desde o início do corona, na Itália, morreram 230 pessoas, em média, por dia. No Brasil, até esta data, são 16.118 mortos pelo Covid-19 contra 81 mil óbitos registrados em 2018 pela influenza/pneumonia.

Depressão e suicídios

Por conta do espetáculo da mídia na contagem dos mortos do corona, a Itália passou a sofrer outra epidemia: a da depressão e suicídios. Os relatos são constantes na imprensa. Essas correlações entre Covid-19 e outras doenças tem apenas o objetivo de evitar histeria diante de um vírus que tem assustado o planeta.

“A população do país não foi preparada para afrontar a epidemia, não foi adequadamente formada e informada. Assim, quando já era tarde demais, preferiu-se disseminar o terror. As imagens dos pacientes entubados nas unidades de terapia intensiva, as imagens dos caixões empilhados e caminhões militares foram e são funcionais para um objetivo específico: assustar da maior forma possível as pessoas para constrangê-las à obedecer às ordens do governo. Mas esse medo tem consequências tremendas: leva em primeiro lugar à depressão, que é uma condição psicológica que – como demonstraram numerosos estudos – tem um efeito nocivo sobre o sistema imunológico e sobre as defesas do organismo no confronto de infecções.” (De jornais italianos)

População idosa, densidade populacional e poucos leitos UTI

A Itália é o quarto país mais populoso (60,4 milhões de habitantes) e a maior população de idosos da Europa - seguida pela Alemanha -, uma das maiores ocupações da Europa Ocidental com densidade populacional de 201 habitantes por km quadrado e um sistema de saúde com apenas 0,86 leitos UTI por 10 mil/habitantes enquanto a Alemanha tem 3,02, Brasil 2,6, o Reino Unido 0,5 e a Espanha 1. Quando falta a infra estrutura científica, entra a quarentena para fazer contenção artificial e evitar a super lotação nos hospitais.

Segundo nota do Jornal Estudos Nacionais, os óbitos na Itália provocados pela gripe influenza (H1N1 e variantes), no inverno italiano de 2015/2016 (de dezembro a março = 90 dias), a influenza matou entre 14,4 mil e 17 mil italianos. No inverno de 2016/17, foram 24.981 óbitos (média de 277 óbitos/dia), o pior ano da série. Nos anos com menor número de óbitos a estimativa ficou na faixa de 5 a 6 mil, em uma média de 70 a 80 óbitos ao dia no inverno, conforme dados do mesmo estudo.


Mortalidade provocada pela influenza e pneumonia em 2018, no Brasil, segundo Datasus

A mortalidade provocada por doenças como influenza e pneumonia, entre 2009 e 2018, não causaram incômodo para a população e nem espetáculo na mídia. 


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Sem  histeria, pneumonia matou 200 mil no Brasil, 80% idosos

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Você sabia? Pneumonia matou 200 mil no Brasil, 80% idosos

Até 12 de junho de 2020 são mais de 41 mil brasileiros mortos por Covid-19 e uma grande tensão com cobertura nacional. Mas a imprensa ignorou 200 mil mortos provocados por vírus e bactérias entre 2015 e 2017.
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza
Atualizado em 12.06.2020

Dados do Ministério da Saúde, publicados por alguns jornais em junho de 2019, curiosamente não chamaram a atenção da população tão atenta hoje com o placar de contaminados e mortos pelo corona vírus: 200 mil brasileiros morreram de pneumonia, entre 2015 e 2017 e, destes, 80% eram idosos. O objetivo da divulgação, no ano passado, era chamar a atenção para a vulnerabilidade da população acima de 60 anos, mais afetada pelas complicações da pneumonia.

Oito em cada dez mortes por pneumonia no Brasil, entre 2015 e 2017, foram de idosos, o que corresponde a mais de 80% das mortes pela doença. Nesse período, foram registrados cerca de 200 mil óbitos por causa da doença, uma média de 66,5 mil casos por ano, ou sete por hora. Embora a referência seja uma "média por ano", a incidência maior ocorreu no período de alguns meses do inverno.

Porque 200 mil mortos por pneumonia no Brasil chamaram tão pouca atenção? Uma busca no Google mostra pouca referência da mídia, na época e nem recentemente, sobre o tema. Ao contrário do que ocorre hoje, o jornalismo criou placares de contaminados, suspeitos e mortos pelo Covid-19.

Até esta data - atualizado em 12 de junho de 2020 - , o Covid-19 ceifou a vida de 413 mil pessoas, em todo mundo e 41.058 no Brasil. Próximo de 115 mil morreram nos Estados Unidos, 41,1 mil no Reino Unido, 34,1 mil na Itália, 27,5 mil na Espanha, 29,3 mil na França, 8,9 mil na Alemanha, 6.7 mil na Rússia.

O quadro abaixo é um resumo das principais causas de mortes, mundo, em 2017, pesquisado pela Global Burden of Disease, da IHME e publicado em maio, pela BBC Brasil.


Pneumonia bacteriana e contaminação

As bactérias causadoras da pneumonia - Streptococcus pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae e Haemophilus influenzae - usam a gripe como porta principal de entrada para causar a enfermidade.

A pneumonia bacteriana não é contagiosa na maioria dos casos mas, os germes do streptococcus pneumoniae podem contaminar crianças ou adultos com baixa imunidade que tenham contato direto e mais prolongado com um paciente infectado.

A mycoplasma pneumoniae e chlamydophila pneumoniae são bactérias transmissíveis entre pessoas por secreções respiratórias tal e qual a propagação de viroses. Geralmente o quadro clínico é mais brando.

Pneumonia viral e transmissão

As chamadas infecções do trato respiratório, de causa viral, são as formas mais comuns que afetam a humanidade. As pneumonias virais mais comuns são provocadas pelos vírus influenza A e B, parainfluenza 1, 2 e 3, adenovírus e vírus sincicial respiratório. O primeiro é o agente infeccioso da gripe, já os três restantes são vírus que provocam resfriado.

Em pacientes susceptíveis, essas viroses podem ir além de uma virose respiratória simples, provocando uma pneumonia viral. Esta situação é muito comum em idosos, crianças pequenas e pessoas com imunidade comprometida. Na verdade a transmissão ocorre pela virose. Exemplo: caso tenha contato com um paciente portador de pneumonia por infuenza, o risco maior é você ficar resfriado mas, caso a imunidade estiver baixa, o quadro pode evoluir para uma pneumonia viral.

Na pneumonia viral os principais responsáveis são os vírus que causam gripes e resfriados como o Influenza A, B ou C, H1N1, H5N1 e o COVID-19. Outros, como vírus parainfluenza, vírus sincicial respiratório e adenovírus podem ser transmitidos nas gotículas de saliva ou tosse de secreção respiratória que ficam suspensas no ar.

Nas pneumonias virais, dependendo do estado imunológico do paciente e do agente infectante, haverá variação no nível do quadro clínico. Com grande letalidade, o mundo conheceu a família corona causadora da síndrome respiratória aguda grave (da sigla em inglês Sars) e síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers). O primeiro agente veio do pato e o segundo, do camelo. Os vírus Influenza, H5N1 e hantavírus mostraram-se muito letais.


Idade e comorbidade

- Além de uma imunidade naturalmente reduzida em relação aos mais jovens, os idosos costumam ter outros problemas de saúde que diminuem a capacidade do organismo de lutar contra agentes invasores. Com a idade avançada, o sistema imunológico já não responde tão bem como antes. Nos idosos, há mais diabetes, hipertensão, doenças cardiológicas e renais. Esses fatores também aumentam o risco de óbito. Outros sistemas não estão atuando, digamos, 100%” - explica o pneumologista Elie Fiss, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Durante o período mais frio a propagação de vírus causadores de gripe, aumenta consideravelmente.

- Existe a sazonalidade do influenza e de outros vírus que circulam no hemisfério no inverno. Ambientes fechados em dias de muito frio propiciam a transmissão com facilidade de uma para a outra” - conclui Elie Fiss.

Mas não é preciso ter uma gripe para facilitar a infecção. Pessoas idosas tem mais dificuldades para engolir alimentos e isso provoca refluxos que podem facilitar a contaminação. O risco é maior quando idosos estão acamados.

Prevenção

Recomenda-se que, em caso de cansaço, falta de ar, febre, tosse, taquicardia, falta de ar e febre o idoso seja levado ao médico.

O Ministério da Saúde diz que a vacina contra a gripe pode reduzir até 75% o risco de morte. Adverte-se para uma boa higiene bucal e atenção maior com idosos com comorbidades.

A diferença entre pneumonia viral e bacteriana é o início mais repetino e alguns sintomas como catarro mais transparente, como congestão nasal, sinusite, espirros, irritação nos olhos. Exames que identifiquem o agente torna o tratamento mais eficaz.

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(*) O Estudo Global de Carga de Doenças é um programa de pesquisa regional e global abrangente sobre a carga de doenças que avalia a mortalidade e a incapacidade de doenças graves, lesões e fatores de risco. O GBD é uma colaboração de mais de 3600 pesquisadores de 145 países.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Tubeculose mata um milhão por ano, no mundo.

O Brasil está na lista da Organização Mundial da Saúde que inclui os 20 países com maior incidência de tuberculose e que, juntos, correspondem a 84% dos casos no mundo. Ref. 2016
Por Edson Joel Hirano kamakura de Souza

Mais de um milhão de pessoas morrem, por ano, em todo mundo, vítimas da tuberculose. Índia, Indonésia e China estavam nas três primeiras posições da lista com maior número de casos em todo mundo, em 2016. Nesta mesma relação o Brasil ocupava a 20ª colocação.

A tuberculose é uma doença infecto contagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch), que afeta principalmente os pulmões, mas pode ocorrer nos ossos, rins e nas membranas que envolvem o cérebro. Esta doença é uma das 10 que mais matam no planeta e, todos os anos, são registrados 10 milhões de casos.

No Brasil o Ministério da Saúde registrou em 2019 mais de 205 novos casos de contaminações por dia, mais de 73.600 casos por ano. Em 2018 foram registrados 4.490 óbitos por conta da doença.

Em caso de contaminação por Covid-19, os portadores de tuberculose podem ter o quadro de infecção respiratória agravada caso sua doença não estiver sendo adequadamente tratada.

Segundo a Agência Brasil, o principal motivo para a tuberculose provocar tantas mortes no país é justamente o abandono do tratamento. A doença tem cura e o tratamento oferecido no Sistema Único de Saúde dura, em média, seis meses. Apesar da melhora dos sintomas já nas primeiras semanas após início, a cura só é garantida ao final da terapia.

O que é e como se transmite

A tuberculose é uma doença bacteriana infecciosa e afeta principalmente os pulmões. A transmissão ocorre quando as bactérias são espalhadas por gotículas da tosse ou espirro. O maior problema é que a maioria das pessoas infectadas não apresenta sintomas e quando surgem as tosses (algumas vezes com presença de sangue), suor noturno, perda de peso e febre o quadro pode estar avançado. 

O tratamento é feito com antibióticos orientado por médicos e nem sempre é necessário para pacientes assintomáticos.


Como se previnir

- Alimentação com alimentos ricos em fibra e proteínas de legumes e peixes.
- Manter boa ventilação e luz natural em casa.
- Procure seu médico para orientações e ao espirrar/tossir, proteja a boca com um lenço.


Incidência de tuberculose no mundo
estimativa OMS 2016-2020*
País
População
Incidência em milhares
Percentual
Índia
1.310.000
2.840
27,3%
Indonésia
258.000
1.020
9,8%
China
1.380.000
918
8,8%
Nigéria
182.000
586
5,6%
Paquistão
189.000
510
4,9%
África do Sul
54.500
454
4,4%
Bangladesh
161.000
362
3,5%
Filipinas
101.000
324
3,1%
Congo
77.300
250
2,4%
10º
Mianmar
53.900
197
1,9%
11º
Etiópia
99.400
191
1,8%
12º
Tanzânia
53.500
164
1,6%
13º
Moçambique
28.000
154
1,5%
14º
Coréia do Norte
25.200
141
1,4%
15º
Vietnã
93.400
128
1,2%
16º
Tailândia
68.000
117
1,1%
17º
Rússia
143.000
115
1,1%
18º
Quênia
46.100
107
1,0%
19º
Angola
25.000
93
0,9%
20º
Brasil
208.000
84
0,8%
Número de casos nesses países
8.755
84,2%
Total global
10.400
100%
*Fonte: Global tuberculosis report 2016. World Health Organization. Dados organizados pelo CFM a partir das informações da Fig. 2.2 (pág. 12) e Tabela A4.1 (págs. 182-185) / Site do Conselho Federal de Medicina 

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