Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza
Atualizado em 12.06.2020
Atualizado em 12.06.2020
Dados do Ministério da Saúde, publicados por alguns jornais em junho de 2019, curiosamente não chamaram a atenção da população tão atenta hoje com o placar de contaminados e mortos pelo corona vírus: 200 mil brasileiros morreram de pneumonia, entre 2015 e 2017 e, destes, 80% eram idosos. O objetivo da divulgação, no ano passado, era chamar a atenção para a vulnerabilidade da população acima de 60 anos, mais afetada pelas complicações da pneumonia.
Porque 200 mil mortos por pneumonia no Brasil chamaram tão pouca atenção? Uma busca no Google mostra pouca referência da mídia, na época e nem recentemente, sobre o tema. Ao contrário do que ocorre hoje, o jornalismo criou placares de contaminados, suspeitos e mortos pelo Covid-19.
Até esta data - atualizado em 12 de junho de 2020 - , o Covid-19 ceifou a vida de 413 mil pessoas, em todo mundo e 41.058 no Brasil. Próximo de 115 mil morreram nos Estados Unidos, 41,1 mil no Reino Unido, 34,1 mil na Itália, 27,5 mil na Espanha, 29,3 mil na França, 8,9 mil na Alemanha, 6.7 mil na Rússia.
O quadro abaixo é um resumo das principais causas de mortes, mundo, em 2017, pesquisado pela Global Burden of Disease, da IHME e publicado em maio, pela BBC Brasil.
Pneumonia bacteriana e contaminação
As bactérias causadoras da pneumonia - Streptococcus pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae e Haemophilus influenzae - usam a gripe como porta principal de entrada para causar a enfermidade.
A pneumonia bacteriana não é contagiosa na maioria dos casos mas, os germes do streptococcus pneumoniae podem contaminar crianças ou adultos com baixa imunidade que tenham contato direto e mais prolongado com um paciente infectado.
A mycoplasma pneumoniae e chlamydophila pneumoniae são bactérias transmissíveis entre pessoas por secreções respiratórias tal e qual a propagação de viroses. Geralmente o quadro clínico é mais brando.
Pneumonia viral e transmissão
As chamadas infecções do trato respiratório, de causa viral, são as formas mais comuns que afetam a humanidade. As pneumonias virais mais comuns são provocadas pelos vírus influenza A e B, parainfluenza 1, 2 e 3, adenovírus e vírus sincicial respiratório. O primeiro é o agente infeccioso da gripe, já os três restantes são vírus que provocam resfriado.
Em pacientes susceptíveis, essas viroses podem ir além de uma virose respiratória simples, provocando uma pneumonia viral. Esta situação é muito comum em idosos, crianças pequenas e pessoas com imunidade comprometida. Na verdade a transmissão ocorre pela virose. Exemplo: caso tenha contato com um paciente portador de pneumonia por infuenza, o risco maior é você ficar resfriado mas, caso a imunidade estiver baixa, o quadro pode evoluir para uma pneumonia viral.
Na pneumonia viral os principais responsáveis são os vírus que causam gripes e resfriados como o Influenza A, B ou C, H1N1, H5N1 e o COVID-19. Outros, como vírus parainfluenza, vírus sincicial respiratório e adenovírus podem ser transmitidos nas gotículas de saliva ou tosse de secreção respiratória que ficam suspensas no ar.
Nas pneumonias virais, dependendo do estado imunológico do paciente e do agente infectante, haverá variação no nível do quadro clínico. Com grande letalidade, o mundo conheceu a família corona causadora da síndrome respiratória aguda grave (da sigla em inglês Sars) e síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers). O primeiro agente veio do pato e o segundo, do camelo. Os vírus Influenza, H5N1 e hantavírus mostraram-se muito letais.
Idade e comorbidade
- Além de uma imunidade naturalmente reduzida em relação aos mais jovens, os idosos costumam ter outros problemas de saúde que diminuem a capacidade do organismo de lutar contra agentes invasores. Com a idade avançada, o sistema imunológico já não responde tão bem como antes. Nos idosos, há mais diabetes, hipertensão, doenças cardiológicas e renais. Esses fatores também aumentam o risco de óbito. Outros sistemas não estão atuando, digamos, 100%” - explica o pneumologista Elie Fiss, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.As bactérias causadoras da pneumonia - Streptococcus pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae e Haemophilus influenzae - usam a gripe como porta principal de entrada para causar a enfermidade.
A pneumonia bacteriana não é contagiosa na maioria dos casos mas, os germes do streptococcus pneumoniae podem contaminar crianças ou adultos com baixa imunidade que tenham contato direto e mais prolongado com um paciente infectado.
A mycoplasma pneumoniae e chlamydophila pneumoniae são bactérias transmissíveis entre pessoas por secreções respiratórias tal e qual a propagação de viroses. Geralmente o quadro clínico é mais brando.
Pneumonia viral e transmissão
As chamadas infecções do trato respiratório, de causa viral, são as formas mais comuns que afetam a humanidade. As pneumonias virais mais comuns são provocadas pelos vírus influenza A e B, parainfluenza 1, 2 e 3, adenovírus e vírus sincicial respiratório. O primeiro é o agente infeccioso da gripe, já os três restantes são vírus que provocam resfriado.
Em pacientes susceptíveis, essas viroses podem ir além de uma virose respiratória simples, provocando uma pneumonia viral. Esta situação é muito comum em idosos, crianças pequenas e pessoas com imunidade comprometida. Na verdade a transmissão ocorre pela virose. Exemplo: caso tenha contato com um paciente portador de pneumonia por infuenza, o risco maior é você ficar resfriado mas, caso a imunidade estiver baixa, o quadro pode evoluir para uma pneumonia viral.
Na pneumonia viral os principais responsáveis são os vírus que causam gripes e resfriados como o Influenza A, B ou C, H1N1, H5N1 e o COVID-19. Outros, como vírus parainfluenza, vírus sincicial respiratório e adenovírus podem ser transmitidos nas gotículas de saliva ou tosse de secreção respiratória que ficam suspensas no ar.
Nas pneumonias virais, dependendo do estado imunológico do paciente e do agente infectante, haverá variação no nível do quadro clínico. Com grande letalidade, o mundo conheceu a família corona causadora da síndrome respiratória aguda grave (da sigla em inglês Sars) e síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers). O primeiro agente veio do pato e o segundo, do camelo. Os vírus Influenza, H5N1 e hantavírus mostraram-se muito letais.
Idade e comorbidade
Durante o período mais frio a propagação de vírus causadores de gripe, aumenta consideravelmente.
- Existe a sazonalidade do influenza e de outros vírus que circulam no hemisfério no inverno. Ambientes fechados em dias de muito frio propiciam a transmissão com facilidade de uma para a outra” - conclui Elie Fiss.
Mas não é preciso ter uma gripe para facilitar a infecção. Pessoas idosas tem mais dificuldades para engolir alimentos e isso provoca refluxos que podem facilitar a contaminação. O risco é maior quando idosos estão acamados.
Prevenção
Recomenda-se que, em caso de cansaço, falta de ar, febre, tosse, taquicardia, falta de ar e febre o idoso seja levado ao médico.
O Ministério da Saúde diz que a vacina contra a gripe pode reduzir até 75% o risco de morte. Adverte-se para uma boa higiene bucal e atenção maior com idosos com comorbidades.
A diferença entre pneumonia viral e bacteriana é o início mais repetino e alguns sintomas como catarro mais transparente, como congestão nasal, sinusite, espirros, irritação nos olhos. Exames que identifiquem o agente torna o tratamento mais eficaz.
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(*) O Estudo Global de Carga de Doenças é um programa de pesquisa regional e global abrangente sobre a carga de doenças que avalia a mortalidade e a incapacidade de doenças graves, lesões e fatores de risco. O GBD é uma colaboração de mais de 3600 pesquisadores de 145 países.
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